Alpiste para os rolinhas
O Globo (Rio de Janeiro), em 03/07/2005
Sei que está bastante fora de voga faz algum tempo, mas sou dos que acreditam que, se fizemos uma promessa, devemos procurar cumpri-la. Quem teve o estoicismo, ou que outra razão atraia algum leitor, para ler esta coluna na semana passada deve recordar que prometi descrever o que esperava, com toda a honestidade, ser uma tarde empolgante, jogando alpiste para as rolinhas da Rua Dias Ferreira, aqui no Leblon. Tenho pouquíssima experiência no assunto, mas, depois de décadas numa profissão em que saber observar é indispensável, não vou dizer que sou bom repórter, não sou nem repórter mediano, mas conheço uns dois macetes operosamente aprendidos ao longo do tempo, peruando o trabalho dos craques e fazendo perguntinhas importunas.