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Artigos

 
  • Divisão de tarefa

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/07/2005

    São mesmo os maridos que mais atrapalham a inserção da mulher no mercado de trabalho. Mesmo em tempos de igualdade entre os sexos, a divisão das tarefas ainda sobrecarrega as mulheres. Folha Cotidiano, 11.07.2005 

  • A crise é Lula

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/07/2005

    No último sábado, em palestra promovida pela Clam, abordei a crise política que engolfou o governo e o partido do qual se originou. Pessoalmente, embora não descarte o imponderável, acredito que ela ficará mais ou menos no nível em que se encontra, com novas revelações que assombrarão a sociedade, mas circunscritas aos elementos que nela já estão comprometidos.

  • Aparência e prisão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 18/07/2005

    Esse João Baptista da Silva, deputado pelo PFL, e "bispo" pela Igreja Universal, ou é idiota ou mora no mundo da lua. No momento em que o Brasil está mergulhado na maior crise política de sua história, quando cada mala preta, modelo 007, é suspeita de transportar dinheiro sujo, ele sai a público na capital da corrupção com várias pastas contendo dez milhões e duzentos mil reais. Se é de partido, portanto de fraude, ou da sua Igreja, é do portador a responsabilidade de esclarecer a polícia, que cumpriu o seu dever.

  • Tv por assinatura e pirataria

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 17/07/2005

    Dentro dos princípios democráticos do nosso tão falado e obscuro projeto de nação, ninguém pode ser contra o acesso de famílias carentes aos benefícios da TV por assinatura. O que não se pode é generalizar a conquista por intermédio de um volumoso processo de pirataria. Milhares de antenas são instaladas ao arrepio das operadoras, o que não nos parece lógico.

  • Agora ficou claro

    O Globo (Rio de Janeiro), em 17/07/2005

    Provavelmente já enchi a paciência de vocês, que, aliás, deviam escolher melhor suas leituras, com minha perplexidade, diria mesmo obtusidade, diante das alegações de que há um esquema da direita (cartas sobre como ninguém mais sabe o que é isso para o editor, por caridade) para alijar do poder o presidente Lula e, simultaneamente, arruinar o projeto de um Brasil socialista, igualitário e democrático, ora em andamento. Pessoalmente, vou dizer de novo, não admito a idéia de “fora, Lula”, que considero irresponsável, inconseqüente, leviana e estúpida. Mas quem me lê sabe o que tenho falado do governo e, acho eu que com menor ênfase, do presidente. Isso me incomodava, porque assim eu fazia parte da conspiração - e a parte do besta, pois nenhum dos conspiradores jamais sequer me deu a ousadia de passar instruções. Não era necessário, era tudo construído num nível que se dispensa de dar maiores satisfações ao baixíssimo clero, como a maioria de nós, inclusive eu.

  • Laranjeiras de hoje e de ontem

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/07/2005

    Acredito que ninguém mais duvide da existência do "mensalão". A CPI vai apurar apenas os detalhes do escândalo: quem pagou, quem recebia, quando e quanto.

  • A alternativa

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/07/2005

    Lulistas radicais começam a armar a teoria da conspiração das elites contra o governo do PT inconformadas com a subida ao poder de um operário, um homem saído das camadas mais pobres da população.

  • Em Paris, nossa universidade de corpo inteiro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 15/07/2005

    Poucas vezes a viabilidade de um encontro como o do Ano França-Brasil, no plano da educação superior, permitiu uma abertura tão larga de experiências e visão prospectiva entre os campi dos dois países. Sob o patrocínio da Sorbonne III e o entusiasmo de seu presidente, Bernard Bosredon, o lingüista que hoje se volta, repetidamente, sobre o nosso país, o "Grand Salon" ouviu não menos que uma dúzia de nossos reitores, a marcar toda diversidade da atual oferta do ensino superior do País. Em sintonia com seus homólogos franceses - que devemos ao trabalho e ao denodo de Martine Dorance e René Lestienne -, percebeu-se a vastidão do interesse e, sobretudo, das engrenagens e do trabalho a seguir, que tornaram os encontros de 27 e 28 de junho muito mais que uma prestação de contas e um sucesso retórico. Mesmo porque, ao lado das exposições estritamente acadêmicas, o empenho do reitor Paulo Alcântara permitiu os encontros de Paris e Marselha, e a agenda densa da cooperação tecnológica, assentada sobre a estratégia-chave: a criação das redes - como bem salientou o reitor Melfi, da USP - que asseguram o entrelaçamento entre o campus e o sistema empresarial.

  • Complexo de Cachoeira

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/07/2005

    Carlos Lacerda , em famoso discurso, ao tempo em que os discursos ainda tinham nomes, com o título de "Corrida dos Touros Embolados", falou sobre a arte do debate no Parlamento. Dizia ele que, em tempos de paixão e crise, todos eram possuídos do desejo de brilhar e, então, passavam ao exercício de fingir. Depois de esgotar o tema, virou-se para os adversários que o atacavam com rudeza e afirmou: "Aqui até o ódio é fingido".

  • A mulher que ressuscitou em Cabo Frio

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/07/2005

    Aos 22 anos, Aparecida Menezes era uma jovem mais feia do que bonita, mas todos concordavam que ainda valia a pena. Tanto valia a pena que um coletor federal de 62 anos, confessando que perdera a cabeça, deixou mulher e prole em Madureira e fugiu com Aparecida para Cabo Frio, que era então uma cidade quase deserta.

  • Operação Narciso

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/07/2005

    Essa Operação Narciso foi executada aparentemente sem preparação. Por que o grande número de policiais para invadir uma casa comercial de luxo, cujos preços interessam somente aos seus clientes? Para evitar, supostamente, a evasão de divisas? Para mostrar que não há privilégios, quando sabemos que os há, de fortuna e posição social ou política? Nenhuma dessas razões fica de pé. Alguém, um curioso qualquer, um estranho ao meio social, que deseja a sua extinção, uma utopia, como sabemos? Qual o resultado prático e próximo da bulhenta Operação? O resultado da expedição policial foi insignificante e, certamente, não abalou o prestigio da casa de luxo da burguesia paulista, dos Jardins e do Morumbi.Não conheço a Sra. Eliana Tranchesi. Minha falecida mulher não era sua cliente, por ser cliente dos costureiros franceses. Mas, pelo nome, integrou a família do professor Tranchesi, já falecido, ao qual Paulo Maluf deu o nome de um viaduto que abreviou a ligação entre duas partes da Bela Vista.

  • Genealogia do pires

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/07/2005

    Depois da tentativa do governo FHC de impor à nação um pensamento único, tendo como núcleo o neoliberalismo e a globalização, temos agora não um pensamento, mas um assunto único: a corrupção, em suas diversas manifestações, mas todas centradas num único eixo, que é o do financiamento das campanhas eleitorais.

  • Sabem, sem dúvida

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/07/2005

    O trabalho da historiadora Maria Celina d’Araújo é plausível. O leitor que dele tomar conhecimento vai ficar informado, mais do que já é pela mídia, de todos os escaninhos do poder, ao menos dos últimos anos, a partir de Getúlio Vargas. E da carta de testamento, que Victor Costa me disse que não era dele, mas de um jornalista amigo de Perón, dono ou diretor, apenas, de um jornal no Rio de Janeiro. Os demais sabiam, muito, até com detalhes.

  • As CPIs, às gargalhadas

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 13/07/2005

    O que significam para uma virada de página frente à nossa corrupção sistemática, as gargalhadas e os tapinhas nas costas, o tutta buona gente em que terminaram as dez horas da vociferação anunciada de Roberto Jefferson, entre seus hematomas e rangeres de dentes? A catarse pedida por mais uma erupção do óbvio em nossa vida parlamentar? O anticlímax, até antes do tempo, ou já, de fato, a exaustão da farsa periódica, em que o país das clientelas se exorciza de seu fantasma camarada? Modernizou-se a corrupção, ou mudou o Brasil? O erro do PT, agora inescapável, é o de ter-se seduzido pelo imediatismo do sucesso, aceitando a realpolitik apertando o nariz para consolidar as suas maiorias parlamentares. Do corpo a corpo suarento para entrega dos cargos passou à compra segura dos votos no mensalão, à distância, da mala de Marcos Valério.