Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Sem comentário

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/06/2005

    Do noticiário da semana passada: "Levantamento feito pelo Banco Central revela que, no primeiro trimestre deste ano, os bancos lucraram no país R$ 6,335 bilhões, valor 52% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O crescimento do lucro do setor se explica pelo aumento dos ganhos com tarifas e com juros".

  • Ocorre com a pessoa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/06/2005

    Citei várias vezes o padre Antônio Vieira, uma nota de psicologia humana, que vemos, com, freqüência reproduzida, principalmente na vida pública, no Estado-espetáculo que é o característico da política de nosso tempo.

  • Tempo de poesia

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 07/06/2005

    É com palavras que se fazem poemas. Com palavras e com letras, sons, riscos, traços, mas também com o silêncio. Há um silêncio que segura versos, cesuras, ritmos, tornando-os mais significativos. Sob esse aspecto, a boa prosa e a boa poesia se ligam intimamente quando buscam pelo ser.

  • Antônio Carlos Vilaça

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/06/2005

    É assim mesmo. Morreu Antônio Carlos Vilaça, no sábado, 28 de maio. Apenas uma pequena informação, na seção dos anúncios fúnebres, noticiando o seu falecimento, providência de anônimos que o admiravam. Estava abrigado no asilo São Luís, destinado a idosos sem família e sem recursos, em fase de doença terminal. Durante algum tempo, por iniciativa de Marcos Almir Madeira, ocupava um quarto na sede do PEN Club do Brasil. Com a morte de Madeira, acho que foi despejado e foi parar num asilo.

  • As enchentes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/06/2005

    As enchentes são desses assuntos que, entra ano e sai ano, são presentes na vida dos paulistanos desde a chegada dos jesuítas ao planalto predestinado, que é este, onde vivemos.

  • O não de franceses

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/06/2005

    Foram dois franceses, Jean Monet e Robert Schuman, que tiveram a idéia do mercado comum europeu, hoje União Européia.

  • Continente e conteúdo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/06/2005

    Uma frase pronunciada pelo presidente Lula durante um jantar na embaixada do Brasil em Tóquio quase provocou outra tensão diplomática entre Brasil e Argentina. O principal jornal do país vizinho, o "Clarín", reproduziu informações da coluna do jornalista Fernando Rodrigues, na Folha, de que o presidente brasileiro disse a interlocutores que "temos de ter saco para aturar a Argentina". A frase, entretanto, foi traduzida pelo diário como "hay que tener bolas para bancar a los argentinos", o que pode ser interpretado não no sentido que tem a expressão em português, de ter paciência, mas sim algo parecido com "temos de ser machos para agüentar os argentinos". Folha Brasil, 31.05.2005 

  • Casos à parte

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/06/2005

    Entendendo cada vez menos de política, tampouco compreendendo a vida pública, não posso responder aos leitores que me cobram um comentário sobre a crise provocada por mais um escândalo que motivou a criação de uma CPI.

  • A gíria que está na moda

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 05/06/2005

    Muitos jornais repetiram a frase de Fernando Henrique Cardoso: "O PT está mais bêbado do que peru na véspera de Carnaval." Eu sabia que, em nossa terra, costuma-se embebedar o peru na véspera de Natal, mas o ex-presidente, que pensa que pode tudo, mudou a época. Recebeu críticas de todo lado. Abstraindo-se o fato de ser ex-presidente, o que exige um certo recato na linguagem, FHC valeu-se de um lugar comum para exagerar no ataque ao partido adversário. Teria utilizado gíria?

  • Sentença e piada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/06/2005

    A juíza que, recentemente, tentou tornar inelegível o casal Garotinho, na semana passada teve sua sentença suspensa por instância superior. Sem entrar no mérito da questão, critiquei por duas vezes, aqui neste pé de página, o tom panfletário que ela imprimiu à sua decisão, extrapolando sua função de magistrado, emitindo comentários que ficariam adequados num artigo de jornal, numa mesa-redonda de rádio ou de TV, numa carta de leitor, num discurso em qualquer comício eleitoral.

  • Que elites, cara pálida

    O Globo (Rio de Janeiro), em 05/06/2005

    Hoje eu não ia falar do governo. Tem gente, acho que a maioria, que não acredita, mas a verdade é que não gosto de ficar falando mal do governo, como, aliás, já disse em outras ocasiões. Não só me lembra meu votinho de otário, dado a um partido que acreditava diferente dos demais, como é chato pegar no pé dos homens o tempo todo, ainda mais em nosso querido Brasil, onde nos acostumamos a que tudo tenha por trás armação ou mutreta. Já me acusaram de envolvimento com não sei quantos esquemas, que nem consigo entender direito, tamanha a complicação. O ouro de Moscou, do qual peguei muito para penhorar na Caixa Econômica lá na Bahia (vinha em saquinhos com cifrões impressos, como nas histórias em quadrinhos, se bem me lembro), infelizmente não mais complementa meu modesto orçamento de agente das forças do Mal e das ideologias exóticas. Os dólares manchados de sangue provenientes de Wall Street tampouco têm pintado. Enfim, é uma situação bastante apertada para nós, os que enganam o povo por dinheiro e poder.

  • Coisas que acontecem

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/06/2005

    Não é para bagunçar o coreto da história, mas já me garantiram que quem está sepultado no Memorial JK, em Brasília, não é o ex-presidente, mas um indigente anônimo. Não chega a ser novidade. Outras fontes afirmam que Napoleão não está em Paris, naquela suntuosa tumba que ergueram para ele. Ali repousa, esperando a ressurreição dos mortos, um sargento inglês que integrava o grupo de Hudson Lowe, o responsável pela guarda do prisioneiro na ilha de Santa Helena.

  • A outra América Latina

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 03/06/2005

    Ninguém discutirá que o maior trunfo até agora do Governo Lula é o do novo protagonismo internacional do Brasil. Largou-se, de vez do Prata, empolgou a América do Sul, chega até à mediação das Farc, contém e apóia Chavez, e se lança ao maior desdobramento intercontinental. Mas fica fora de tudo isso o México e este novo portento que, na prática, criou uma condição cada vez mais bipolar - senão contraditória - nesta latinidade do novo mundo. Tem demorado o contato do presidente com esta Norte-América talvez a esperar a mudança do Governo Fox, e a eventualidade de que seu amigo de décadas, Cuauhtémoc Cárdenas, represente um outro caminho entre o PRI e o liberalismo de Salinas, herdado pelo atual regime. Ou que dependa o futuro do avanço do prefeito da megalópole, López Obrador, figura também a ganhar uma outra dimensão de identidade e mobilização que a do populismo ou das máquinas de poder em que se cristalizou a enorme força sindical do país.