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Artigos

 
  • A doação de Mindlin

    Diário do Commercio (SP), em 15/12/2006

    Tive o prazer de votar na Academia Brasileira de Letras em José Mindlin para sucessor do grande romancista Josué Montello. Mindlin foi levado à mais alta expressão da cultura brasileira pelo seu amor à bibliofilia e à leitura das obras acumuladas pelo seu gênio imprevisto em encontrar volumes necessários para uma biblioteca de consulta. Mindlin diz que todos passam, como passou sua carinhosa esposa, Dona Guita, menos os livros, que ficam para consulta de gerações e mais gerações que virão.

  • Violência e escola

    Jornal do Commercio (RJ), em 15/12/2006

    O Brasil vive todo tipo de violência. É um verdadeiro laboratório. Seja por motivos de desigualdade social, falta de empregos, vagas nas universidades para os mais pobres ou, como no caso de drogados da classe média, o avanço nos patrimônios alheios para promover ganhos que permitam a compra dos diferentes tipos de narcóticos.

  • Um Equador de surpresas

    Jornal do Commercio (RJ), em 15/12/2006

    A chegada de Rafael Correa à Presidência do Equador abre uma fresta nova neste calcinado ano de 2006, tão bloqueado de dilemas sobre o futuro do Continente. E o faz, fechado o pano desse dezembro, ao mesmo tempo em que a retumbante reeleição de Chávez pareceria ter ressaltado o cenário das leituras ao que sejam a polaridade contra o statu quo e o conformismo com a hegemonia americana. Venha ela de Bush ou da realpolitik, que já demonstram os democratas sem acenos a grandes mudanças e, especialmente, quanto ao seu modelo econômico. Esta inércia empurra para a área conservadora do continente a Colômbia ou o bom comportamento da concertação do Chile, somado à vitória milimétrica de Calderón no México.

  • Ricos e pobres

    Folha de S. Paulo (SP), em 14/12/2006

    RIO DE JANEIRO - Cito de memória: "Para os ricos, só existe um caminho para a conservação de sua fortuna: é se apoderar do Estado". A frase é de Lorenzo de Médici, exemplo de citação obrigatória do grande príncipe renascentista.

  • Bandeira: 121 anos depois

    Jornal do Brasil (RJ), em 13/12/2006

    No dia 19 de abril de 2007, se completarão 121 anos do nascimento do grande poeta Manuel de Sousa Carneiro Bandeira Filho, ou apenas Manuel Bandeira, aquele "menino doente", que se tornaria depois "o amigo do rei", ou, como certa vez dele disse Ribeiro Couto, o próprio "rei de Pasárgada". Veio à luz do mundo em Recife, na Rua da Ventura, que hoje se chama Joaquim Nabuco.

  • Opinião: Os sustos da democracia

    Jornal do Brasil (RJ), em 13/12/2006

    O Supremo Tribunal Federal tomou, nestes dias, duas decisões críticas sobre o progresso institucional de nosso regime político. Este que, para além da simples correção eleitoral, envolveu a melhoria da representação ou o controle entre os poderes. Os acórdãos vão agora mais longe e se referem aos limites desta mesma representação no Legislativo ou do que venha a ser a extensão efetiva da fiscalização externa do Judiciário garantido pela iniciativa nova e difícil do Conselho Nacional de Justiça.

  • A roda da história

    Folha de S. Paulo (SP), em 12/12/2006

    RIO DE JANEIRO - Há muito perdi o contato com um grupo de feministas que, nos anos 80, pregava a abstinência sexual das mulheres com um argumento irrefutável: "Como ter orgasmo enquanto Pinochet preside uma ditadura sangrenta e corrupta no Chile?".

  • A dura realidade

    Folha de S. Paulo (SP), em 11/12/2006

    RIO DE JANEIRO - O Instituto Mundial de Pesquisa sobre a Economia do Desenvolvimento, entidade ligada à ONU, revelou na semana passada que mais da metade da riqueza mundial está nas mãos de apenas 2% da população.

  • O verão do MSC

    Diário da Manhã (GO), em 10/12/2006

    Este verão, por enquanto, tem estado a cara das eleições. Muito chato e chuvoso, sem que nada de importante pareça0 estar acontecendo. Para o presidente, por exemplo, o ano já acabou e, portanto, presumo eu, só se deve esperar que ele trabalhe a partir do começo do ano que vem, ou seja, depois da Semana Santa. Mas isso, infelizmente, não pode acontecer com outras atividades não tão propícias ao lazer criativo quanto o bom governar. Não ficaria bem, por exemplo, que este jornal saísse hoje com vários espaços em branco, pedindo desculpas aos queridos leitores por não ter acontecido nada no dia anterior e com um editorial frisando que a direção não sabia de nada, não vira nada e nem sequer examinaria o jornal depois de impresso.

  • O barco e o sol

    Folha de S. Paulo (SP), em 10/12/2006

    RIO DE JANEIRO - Alguns leitores reclamam do cronista que usa o nobre espaço de um jornal para textos que nada têm a ver com a realidade e com o momento. Falando francamente, eu também me estranho e por mais que me estranhe, fico na minha.Não tenho saco para acompanhar com argúcia e interesse pessoal os fatos e fastos da política nacional, da nossa economia e da situação internacional. De vez em quando abordo um tema relativo a esses departamentos, que afinal, de certa forma fazem parte do meu cotidiano.O atentado ao WTC me espantou, a invasão do Iraque me irritou, o Brasil na Copa do Mundo me decepcionou. Foram acontecimentos abordados à exaustão por todos os jornais e jornalistas, cada qual com sua visão particular, inclusive a minha.Para dar exemplos: não tenho qualquer interesse em saber quem vai ser ministro disso ou daquilo, não torço por nenhum candidato e nenhum partido.Sou minimamente patriota para admitir que torço compulsoriamente pelo Brasil, pela paz universal, mas de tanto quebrar a cara, não o faço com arroubo e persistência.Ontem pela manhã vi um barco solitário na Lagoa. Os remos encharcados refletiam o sol da manhã. Um espetáculo bonito em sua banalidade, logo me deu vontade de escrever sobre barcos de remos encharcados de água e de sol.

  • Gastos e ganhos

    Jornal do Commercio (RJ), em 04/12/2006

    Leio nos jornais que o governo planeja diminuir a verba destinada à Saúde. Concretizada a medida, serão R$ 2 bilhões a menos no ano que vem. Da verba que sobrar, serão descontados os recursos destinados ao Bolsa Família, que será considerado investimento na área da saúde.

  • Os times de Lula

    Folha de S. Paulo (SP), em 29/11/2006

    RIO DE JANEIRO - Os entendidos garantem que o tempo mais feliz dos políticos que chegam a um cargo executivo é o período que vai da eleição aos primeiros dias de governo. Acredito que o Lula esteja vivendo este oásis de forma até dupla, uma vez que termina um mandato e está para começar outro.

  • Opinião: O papa à beira da guerra das religiões

    Jornal do Brasil (RJ), em 29/11/2006

    O repúdio popular entrevisto à visita do papa à Turquia põe em causa o temor expresso pela Comissão de Alto Nível das Nações Unidas, recém-reunida em Istambul, quanto à irrupção em nossos dias de uma crescente "guerra de religiões". É conflito brotado do inconsciente coletivo, em que explode no mundo islâmico uma percepção tardia dos limites a que chegou a dominação ocidental. E tal até uma verdadeira expropriação de sua identidade pela modernização e controle tecnológico e econômico da sua vida coletiva.