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Artigos

 
  • Gil, sem Jorge você talvez fosse só uma hipótese

    O Estado de S. Paulo (SP), em 14/10/2007

    Acho que tenho de dar umas explicações antes de começar, principalmente para os que não gostam muito de baianos. O que vou escrever pode parecer até uma carta - e, de certa forma, é -, mas uma carta de interesse público. E interesse de todo o Brasil, razão por que ela não merece ser tida como apenas um papo da baianada, que devia ficar circunscrito a ela, sem chatear quem não tem nada com isso. Mas podem crer que todos os brasileiros têm alguma coisa com isso, até mesmo os que não a enxerguem ou admitam.

  • A vida e o filme

    Folha de S. Paulo (SP), em 14/10/2007

    RIO DE JANEIRO - "Era gente sem perna, parecia um filme". Foi a manchete de um jornal no dia seguinte ao desastre de caminhões em Santa Catarina, na última quarta-feira. Em setembro de 2001, eu estava no aeroporto de Curitiba, um sujeito chamou minha atenção para a televisão, exclamando admirado: "Nunca vi um filme como este!". Olhei e também ia concordando com o desconhecido quando notei que estávamos vendo o atentado ao World Trade Center.

  • O monumento mutante

    Revista O Globo (RJ), em 14/10/2007

    Já visitei muitos monumentos neste mundo, que procuraram imortalizar as cidades que os coloca em lugar de destaque. Homens imponentes, cujos nomes já foram esquecidos, mas que ainda permanecem montados em seus lindos cavalos. Mulheres que estendem coroas ou espadas para o céu, simbolizando vitórias que já não constam mais nem em livros escolares. Crianças solitárias e sem nome, gravadas em pedra, a inocência para sempre perdida durante as horas e dias em que foram obrigadas a posar para algum escultor que a história também esqueceu.

  • Dois deuses

    Extra (RJ), em 14/10/2007

    Existem dois deuses. O Deus que nossos professores nos ensinaram e o Deus que nos ensina. O Deus sobre o qual as pessoas costumam conversar e o Deus que conversa conosco. O Deus que aprendemos a temer e o Deus que nos fala de misericórdia.

  • A pressa e as almas

    Extra (RJ), em 13/10/2007

    Um explorador branco, ansioso para chegar logo ao seu destino, foi capaz de pagar um salário extra para seus carregadores andarem mais rápido. Durante dias e dias, semanas e semanas, o grupo teve que apertar o passo.

  • O STF deve avançar

    Jornal do Brasil (RJ), em 12/10/2007

    NOS ESTADOS Unidos, a Corte Suprema cumpriu função extraordinária para a harmonia e a estruturação da sociedade americana. Ela consolidou a Constituição interpretando o seu espírito. Foi assim no caso dos direitos civis, no acesso dos negros às escolas. Na ausência da lei, ela cumpriu sua parte. Não estou defendendo que o STF assuma o poder de legislar, mas, já que entrou para fazer avançar a reforma política que o Congresso não fez, deve prosseguir em outros temas.

  • Os desafios do Amazonas

    Jornal do Commercio (PE), em 12/10/2007

    Foi muito bom ter ido a Manaus para conhecer de perto o que pensam as suas autoridades a respeito dos problemas da educação. Os secretários José Dantas Cirilo e Gedeão Timóteo sintetizaram o que os anima: “Que as crianças possam crescer felizes, com maiores investimentos em educação e pesquisa.” Defenderam a ocupação do espaço existente no nível intermediário, para a oferta de bons empregos, tomando como exemplo o que na região representam os investimentos da Escola Nokia.

  • Guevara

    Folha de S. Paulo (SP), em 11/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Os 40 anos da morte de Guevara estão provocando matérias na mídia internacional, a maioria a favor do mito, outras, em menor número, apresentando o outro lado do herói, sua crueldade para com os adversários, sua incompetência como administrador.

  • Uma lição no metrô

    Extra (RJ), em 11/10/2007

    Terry Dobson viajava num metrô em Tóquio quando um bêbado entrou e começou a ofender os passageiros. Dobson encarou o homem, e o bêbado perguntou: “O que você quer?”. Dobson se preparou para atacá-lo. Neste momento, um velhinho que estava sentado gritou: “Ei! Eu também costumo beber. Sento com minha mulher e tomamos saquê. Você tem mulher?”. O bêbado respondeu, desnorteado: “Não tenho ninguém. Só tenho vergonha de mim”. O velho pediu que o bêbado sentasse ao seu lado. Quando Dobson desceu, ele estava chorando.

  • Entendimento cordial

    Diário do Comércio (SP), em 10/10/2007

    No período entre a Primeira Guerra Mundial, em 1914, e a Segunda Guerra, em 1939, comentou-se muito nas chancelarias européias - com adesão dos EUA - a Enténte Cordiale , para que se evitasse uma nova hecatombe, acarretando mudanças insuspeitas em todos os pensadores políticos, alguns deles de muito renome nos círculos literários. Findou a Enténte Cordiale na Europa com a vitória de Adolf Hitler e do Nacional Socialismo Alemão , que pôs fim a todos os entendimentos para evitar a guerra, pois seu plano era fazer, exatamente, a guerra total.

  • Filosofias diferentes

    Extra (RJ), em 10/10/2007

    Uma escritora budista enumera as seis principais dificuldades de uma casa: é difícil construir, mais ainda pagar, precisa ser consertada, pode ser confiscada, recebe hóspedes ruins e esconde atos condenáveis. E há seis vantagens de morar sob uma ponte: é fácil de ser encontrada, o rio mostra como é passageira a vida, não estimula a cobiça, não precisa de cerca, sempre passa alguém novo, não tem que pagar aluguel. De fato, esta é uma bela filosofia de vida. Mas, ao vermos as pessoas morando debaixo das pontes, logo percebemos que essa filosofia está errada.

  • O ano da mágica

    Diário da Manhã (GO), em 31/12/2006

    Feliz ano-novo para todos nós. Houve um tempo em que o réveillon era conhecido também como ano-bom, mas acho que décadas e mais décadas de experiência nos levaram a abandonar gradualmente a expressão, a ponto de os jovens talvez nem a conhecerem. Desta vez, contudo, encaro este teclado com a missão autoconferida de passar uma mensagem de otimismo e confiança e tentar levantar nosso ânimo. Vocês podem pensar que estou sendo irônico, mas garanto que não, pois a verdade é que preferia que todos os domingos fossem alegres e despreocupados, inclusive nesta coluna. É difícil, como acho que vocês imaginam. Cronista, colunista, articulista, o que lá seja, dependem muito do que acontece. E o que acontece a gente lê na imprensa noticiosa e vê na televisão, é só ladroagem pra lá, vigarice pra cá, tiros alhures, seqüestros algures e desgraças sortidas.

  • "Eis aqui um vivo"

    Diário de Pernambuco (PE), em 30/12/2006

    Estávamos, Carmo e eu, em Bruxelas para a inauguração de uma galeria de arte em honra de Marcantonio e, após o ato que tanto nos emocionou, fomos ao show de Lenine, em teatro famoso. Um teatro lotado e enlouquecido no aplauso.

  • Uma esquerda pela própria natureza

    Jornal do Commercio (RJ), em 29/12/2006

    A entrevista de Fernando Henrique Cardoso, domingo passado, é a da clara palavra do estadista, além do presente imediato, para confrontar o segundo mandato de Lula. Reflete um misto de realismo político com um claro "mea culpa" dos caminhos do seu PSDB, após a derrota de outubro. A visão de fundo é a da nova conjuntura que se abre para o continente diante da globalização, propícia a uma expansão brasileira, muito ao contrário do começo do governo tucano, e do que enfrentava Lula em 2002. Mas esse futuro repete o modelo anterior, ou vai à condição de uma efetiva redistribuição de renda e de um desenvolvimento social sustentado?

  • O direito ao conhecimento

    Jornal do Commercio (RJ), em 29/12/2006

    Não podemos criticar os que somente teorizam sobre educação, sem ter a mínima experiência prática. Há lugar também para eles. Nada melhor, no entanto, do que ir a uma escola, compulsar a agitação dos professores no momento das matrículas, visitar sua biblioteca, cheirar a tinta das reformas indispensáveis.