Manias de escritores
Escritores, e grandes personagens, tem suas manias. Ou vícios, como preferirem. E é sempre bom lembrar La Rochefoucauld (Reflexões), 'o que impede de nos entregarmos a um único vício é ter vários'. Beethoven, por exemplo, tomava café enquanto compunha sua 9º Sinfonia. Como tinha refluxo, separava 60 grãos. O suficiente para fazer uma úinica xícara que ia bebendo, aos poucos, até a noite. Já com Voltaire eram 8o xícaras. Dizia sempre 'claro que é um veneno lento' (a frase está em todas as suas biografias), mas morreu só com 83 anos - para sua época, um feito notável. Balzac bebia mais de 50, por dia; e ainda mastigava os grãos, depois, como se fosse amendoim. Monteiro Lobato misturava tudo com farinha de milho e rapadura. Joyce preferia chocolate. E Alexandre Dumas (pai), maçã. Quando tinha prazo para finalizar um trabalho, pedia à empregada para sair de casa levando todas as suas roupas, dado que só nu podia se concentrar e escrever.