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Artigos

 
  • A verdaderia tentação de Bush

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 24/03/2006

    Rumsfeld se soma agora a Bush em dar o recado, por entre as entrelinhas, sobre a paz mundial. Os Estados Unidos, diz, vão resistir à tentação de sair de vez do Iraque. O caminho do bom senso político seria o de retirar-se por força da alegada "síndrome do Vietnã", repetida hoje no governo Bush.

  • PMDB, 40 anos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/03/2006

    Sem liberdade , não há democracia, e esta não funciona sem partidos. A história dos partidos políticos é lenta, mas foram eles o grande instrumento de estabilidade dos governos. Repito a definição clássica de que, numa sociedade pluralista e aberta, constituída de grupos de pressão, o partido político é classificado como um destes, diferenciado dos outros porque, em vez de influenciar o poder, ele quer exercer o poder. No Brasil, talvez pela sua dimensão, de realidades regionais diferenciadas, nunca tivemos uma tradição de partidos políticos. Nosso modelo foi mais de facções estaduais que se reúnem a nível nacional em termos de governo e oposição. Assim foi no Império, na República e é até hoje. Por isso, quando um partido político em nosso país completa 40 anos, é um feito significativo para as instituições.

  • Museu do idioma

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/03/2006

    Foi inaugurado segunda-feira última, na reformada Estação da Luz, marco de nosso desenvolvimento em parceria com a Inglaterra, o Museu da Língua Portuguesa, obra louvabilíssima do operoso governador Geraldo Alckmin.

  • Direita e esquerda

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/03/2006

    É sabido que existem na França duas correntes históricas, a dos Anais e da Action Française. Para primeira, a Revolução Francesa já encerrou seu ciclo; para a segunda, ainda não encerrou. Admirador que fui de Charles Mauras e Leon Daudet, concordei com suas teses, que me pareciam e que ainda parecem vivas, não obstante o pensamento em contrário de letrados eruditos na história da França.

  • A greve nepotista

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 22/03/2006

    Minas Gerais não merecia ser o cenário do espetáculo mais constrangedor de resistência do terceiro poder à abolição do nepotismo, confirmado pelo Supremo Tribunal Federal e pela consciência cívica do país. Não precisava o Tribunal de Belo Horizonte passar da caricatura ao grotesco, na greve contra a Resolução 7 do Conselho de Justiça, que já hoje passa à história do avanço das instituições brasileiras. A próxima Conferência Internacional de Gotemburgo, dedicada aos modelos políticos do nosso tempo, já anotou esta conquista, como índice do amadurecimento irrevogável de nosso Estado de Direito. Trata-se do avanço desse controle externo, entre os poderes como garantia, exatamente de evitar-se o seu endurecimento como corporação. Ou fazer do serviço público a cosanostra, e em proveito por empregos e benefícios.

  • Maledeto Imbroglio

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/03/2006

    Nas pegadas de Antonio Palocci está sendo jogado agora um caseiro, personagem nova nesse romance policial digno de Sherlock Holmes ou o inteligente, simpático e sagaz Padre Brown. Já escrevi aqui dois ou três artigos sobre Palocci, a quem tenho simpatia embora não o conheça nem de vista. Se nos lembrarmos, a título de suposição, de que Palocci entrou para o círculo dos políticos, que não é pacífico nem avesso a intrigas, nos daremos conta dos seus embaraços e perigos, ainda que o presidente Lula o queira salvar.

  • Esse Okamotto

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/03/2006

    É sabido que os orientais são dotados de paciência invencível e que atrás de cada sorriso pode sempre ter uma recusa inabalável. Sempre os tive como pacientes sem medida, isto para homens e mulheres. São mestres da paciência e com ela enfrentam o mundo. Um dos melhores exemplos japoneses está na educação e no desenvolvimento econômico, com sua ofensiva pelo mercado dos automóveis nos EUA.

  • Guerrilha capilar

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/03/2006

    A Polícia Federal (PF) apreendeu 250 kg de cabelos que entraram no Brasil ilegalmente em um hotel em Curitiba, na manhã deste domingo. O material havia sido trazido da Índia. Três pessoas foram presas. O contrabando foi descoberto por acaso: agentes da Polícia Federal estavam hospedados no mesmo hotel e suspeitaram quando a carga era descarregada de uma caminhonete. De acordo com a PF, todas as mechas de cabelo eram pretas e tinham entre 40 e 70 centímetros de comprimento. A carga seria revendida para salões de beleza.

  • Meu tipo inesquecível

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/03/2006

    QUANDO EU ERA CRIANÇA, costumava ler uma revista que meus pais assinavam; tinha uma seção chamada “Meu tipo inesquecível”, na qual pessoas comuns falavam de outras pessoas comuns que haviam influenciado suas vidas. Claro que, àquela altura, com 9 ou 10 anos, eu também havia criado o meu personagem marcante. Por outro lado, tinha certeza de que, no decorrer dos meus anos, este modelo iria mudar. Portanto, resolvi não escrever à tal revista submetendo minha opinião (fico imaginando hoje como eles teriam recebido a colaboração de uma pessoa com a minha idade na época).

  • Por quem tocam os tambores de São Luís

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/03/2006

    Josué Montello era um narrador excepcional. O autor da frase é Alceu Amoroso Lima, por muitos considerado o maior dos nossos críticos literários. De fato, o escritor maranhense, autor de mais de cem livros, foi uma das mais férteis e bem-sucedidas carreiras da literatura brasileira.Conseguiu o milagre de aliar a sua inequívoca vocação literária com uma série de belas incursões na vida pública, em que acumulou bons serviços a Juscelino Kubitschek na Presidência da República, na direção da Biblioteca Nacional e na Embaixada do Brasil na Unesco, em Paris. A que se pode agregar os dois anos de presidência da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Austregésilo de Athayde, e realizando uma obra fundamental de restauração da Casa de Machado de Assis.

  • A morte de Josué

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/03/2006

    A morte de Josué Montello não me surpreendeu, mas muito me comoveu. Depois de minha eleição para ilustre companhia, eu e Josué tornamo-nos muito amigos, falávamos quase que diariamente pelo telefone, sendo a Academia um dos assuntos que ele conhecia. Josué foi um grande acadêmico, tinha a Academia na alma e na sua paixão.

  • Velhos rastilhos, novos gatilhos

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 17/03/2006

    A reunião recém terminada em Doha, da Aliança para as Civilizações, com a presença de Kofi Annan, evidenciou o nível em que a hegemonia mundial pode, nestes dias, repetir o quadro do pós-setembro de 2001. O Governo Bush não deixa nenhuma reserva quanto ao estar pronto a todas as soluções, caso não se componha a dita ameaça nuclear, vinda na escalada de confronto com o Irã.

  • A liberdade de expressão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/03/2006

    Não se deve confundir liberdade com liberalidade de imprensa. A imprensa - denominada o Quarto Poder, depois do governo, do clero e do exército - nem sempre está a salvo de críticas. Já em 1920, numa conferência agora lançada em livro, A imprensa e o dever da verdade , Rui Barbosa declarava, falando com endereço certo: “Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é portanto um país cego e um país miasmado, um país de idéias falsas e sentimentos pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não poderá lutar com os vícios que lhe exploram as instituições .”

  • Sozinho na guerra

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/03/2006

    A influente revista inglesa The Economist dedicou o editorial de capa a um assunto da maior importância e mostra que o presidente George W. Bush está sozinho na guerra do Iraque. Creio que esta solidão deve muito incomodar o presidente americano, mas a responsabilidade por sua presença no Iraque sem companhia advém da decisão de partir para a guerra aparentemente sem consultar supostos parceiros. Lembremos que a guerra começou de um momento para outro, com um intenso bombardeio em Bagdá, deslocando-se para outras áreas da terra de Saddam Hussein.

  • Schmidt: Centenário

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 15/03/2006

    Se vivo fosse, o poeta Augusto Frederico Schmidt estaria completando, no próximo dia 18 de abril, o primeiro centenário do seu nascimento, porque nascido em igual data do ano de 1906. Justamente em sua homenagem foi lançado aqui no Rio o livro Quem contará as pequenas histórias?, uma biografia romanceada de Augusto Frederico Schmidt, escrita por Letícia Mey e Euda Alvim.