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Artigos

 
  • À beira da irrelevância

    O Globo, em 04/01/2015

    O novo ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira terá uma tarefa árdua pela frente: tirar o Brasil da quase irrelevância nas relações políticas e econômicas internacionais. Ele destacou no discurso de posse a necessidade de ampliar o comércio internacional, o que parece indicar que o Itamaraty dará mais atenção ao comércio exterior - uma necessidade - do que à política, que pode vir a ser uma consequência. A quase irrelevância política brasileira, dentro e fora dos BRICS, foi confirmada em recente pesquisa do Ash Center para Governança Democrática e Inovação, da Harvard Kennedy School, que perguntou a cidadãos de 30 países suas opiniões sobre 10 influentes líderes nacionais que têm impacto global.

  • O Velho e o Novo

    Folha de S. Paulo, em 04/01/2015

    2014 – Custou mas chegou! E olha que não foi mole: pensei que minhas desgraças não teriam fim. Ainda bem que você está aí!

  • Mal na fita

    O Globo, em 03/01/2015

    O Brasil começa 2015 em situação descendente, em que pese a enganosa euforia da presidente Dilma em seu discurso de posse no segundo mandato. A despeito de sermos a sétima economia do mundo, tudo indica que perderemos esse posto para a Índia este ano, segundo a consultoria britânica Economist Intelligence Unit, ligada à revista econômica The Economist.

  • O amanhã do Rio

    O Globo, em 03/01/2015

    Feliz Ano Novo, leitores. Afinal, vivemos nesta cidade que vai fazer 450 anos, que nos oferece na passagem do ano uma chuva de ouro e onde o pôr do sol é aplaudido de pé por uma multidão maravilhada. A cada ano cai também uma chuva torrencial, assassina e, em pleno alumbramento no Arpoador, alguém pode ser apanhado em um arrastão de meninos assaltantes. Tudo isso, a chuva de ouro e a chuva assassina acontecem aqui. O pôr do sol no Dois Irmãos e os meninos selvagens. Luminosa, terna, corpo quente, essa cidade é a senhora dos sentidos. Violenta, é também a senhora da dor. Decidi nestes primeiros dias do ano acreditar na felicidade carioca que “é como a gota de orvalho numa pétala de flor”.

  • Pra vaca não ir pro brejo

    O Globo, em 03/01/2015

    Já que foi a própria presidente que escolheu a imagem — talvez por identificação com o universo rural de sua afilhada de casamento Kátia Abreu — vamos continuar com ela. Como se recorda, a candidata Dilma assegurou que não mexeria nos direitos trabalhistas e, para não deixar dúvida, repetiu uma expressão popular que acabou invadindo de forma viral as redes sociais — “nem que a vaca tussa” — e com a hastag #em direito meu ninguém mexe.

  • Cada vez pior

    A Gazeta (ES), em 02/01/2015

    Toda vez que se aborda um plano de governo, em que nível for, surge a expressão qualidade do ensino. Com razão, pois temos tido alguns êxitos no que se refere à quantidade, sobretudo no ensino fundamental, mas é lamentável a questão da qualidade, por motivos diversos. Chegamos a ser a sexta economia do mundo. Fica difícil melhorar de posição, com o atual panorama da educação. Há quem não goste das sucessivas avaliações a que é submetida a educação brasileira. Os argumentos são em geral ridículos. Já houve quem dissesse que é uma forma fascista de levar nossos alunos a esses testes, o que é um evidente exagero.

  • Delação e consciência cívica

    Jornal do Commercio, em 02/01/2015

    Viraremos o ano com as intermináveis denúncias de corrupção da Petrobras, acrescidas do inventário dos dinheiros desviados, num somatório que já não comove mais o imaginário coletivo. Teríamos chegado ao teto da possível indignação cívica que comporta a nossa cultura. Não obstante, fica a indagação: se antecipado o conhecimento desse tsunami, comprometer-se-ia de vez a reeleição de Dilma? De toda forma, já se esteriliza o aguardo de novas revelações no labirinto dos desmandos da nossa maior empresa.

  • Equipe equivocada

    O Globo, em 01/01/2015

    Para ampliar a base aliada no Congresso em termos nunca antes vistos, a presidente Dilma aumentou para 39 o número de ministérios em seu primeiro mandato. Havia uma explicação nunca explicitada para tamanho despautério, a montagem de uma maioria defensiva que impedisse a criação de CPIs e, principalmente, qualquer tentativa de impeachment por parte da oposição, uma preocupação obsessiva do ex-presidente Lula desde que escapou por pouco no episódio do mensalão.

  • O interesse por Ariano

    Jornal do Commercio (PE), em 01/01/2015

    O que mais chamou minha atenção, na conferência realizada no Sesc/Osasco, em São Paulo, foi o grande interesse despertado na plateia pela biografia do autor de Auto da compadecida. As perguntas do auditório foram em número apreciável e de boa qualidade, como a que se referiu à forma debochada como Ariano tratava os que, para impressionar, falavam palavras ou expressões em inglês, para ele.

  • Tiroteio

    O Globo, em 10/12/2014

    Pelo segundo dia consecutivo uma autoridade da Republica faz críticas públicas à falta de transparência e controle nas contas da Petrobras. Na segunda-feira o ministro chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage criou embaraços ao Palácio do Planalto ao despedir-se do cargo lamentando que as estatais brasileiras estejam protegidas dos controles governamentais, fora do sistema de acompanhamento de gastos das contas oficiais.

  • Nostalgia perversa

    Folha de S. Paulo (RJ), em 09/12/2014

    O pior de um governo em crise é a sucessão ou o golpe. E pior do que o golpe é a esperança absurda de que uma solução autoritária que, além de atrasar o país, oprime o povo.

  • De lupa

    O Globo, em 09/12/2014

    O que o PT tanto teme, um temor, aliás, altamente suspeito que conta com a defesa prévia de blogueiros chapa-branca, caiu no colo do ministro Gilmar Mendes, considerado um inimigo que os azares da sorte colocaram como relator na análise da prestação de contas da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff.

  • Impasse

    Folha de S. Paulo (RJ), em 07/12/2014

    Não entendo nada de economia, finanças e de coisa pública. E obro bem em nada entender. Pois o que me passa pela cabeça é justamente o óbvio: se o governo sabe que só há dois caminhos, um deles injusto e outro minado pela corrupção, há que reinventar todo o processo político e ideológico.

  • Arte sem concessões

    Folha de S. Paulo, em 07/12/2014

    Enquanto o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta uma exposição das obras do escultor Amilcar de Castro (1920-2002), em Porto Alegre, na Fundação Iberê Camargo, e em São Paulo, na Pinacoteca, realizam-se duas mostras comemorativas dos cem anos de nascimento do pintor Iberê Camargo (1914-1994).

  • Dilma cai na real

    O Globo, em 05/12/2014

    Devemos aplaudir o gesto sincero do governo de rever suas previsões para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, mas não há como não ficar preocupado com os números “realistas” com que a nova equipe econômica se compromete. O primeiro governo Dilma, que parece não ter fim, foi caracterizado, entre outras coisas, pelas previsões otimistas que acabaram sempre atropeladas pela realidade.