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Artigos

 
  • A Copa e as eleições

    Folha de S. Paulo (RJ), em 01/07/2014

    A Copa já está na metade e as eleições estão cada vez mais próximas. Embora haja entusiasmo do povo e da mídia, ainda não houve um grande jogo e o futebol exibido é medíocre.

  • Confusões cronológicas

    O Globo, em 29/06/2014

    Rigorosamente, quando o amável leitor e a encantadora leitora lerem no jornal de hoje que algum fato se dará amanhã, estarão lendo uma mentira, não importa a veracidade da notícia. A mentira se encontra na feitura da matéria, porque o redator a escreve, por exemplo, na quinta, para que ela seja publicada na sexta. Portanto, para ele é quinta, mas, como o jornal sai na sexta, escreve “amanhã”, referindo-se ao sábado. 

  • Sugestões para novas Copas

    Folha de S. Paulo (RJ), em 29/06/2014

    Quando os ingleses começaram a chutar o crânio dos adversários criando, sem saber, o jogo mais popular do mundo, ninguém me consultou sobre as regras que deveriam ser obedecidas por todos os jogadores. Mais tarde, fizeram uma lista de proibições e direitos que deveriam dar régua e compasso, em níveis internacionais que, com raríssimas exceções, são obedecidas e, de certo modo, explicam a popularidade e a importância do chamado "esporte bretão".

  • O fator Paulo Skaf

    O Globo, em 29/06/2014

    A eleição de São Paulo está produzindo um fato político que pode ser determinante na disputa pela presidência da República sem que seu principal personagem, o candidato do PMDB ao governo Paulo Skaf tenha movido uma palha para que ele se produzisse. Falo da ajuda que sua coligação partidária, fortalecida na última hora pela adesão do PSD de Gilberto Kassab, pode dar à candidatura da presidente Dilma Rousseff à presidência. 

  • Bacanal na Justiça

    O Globo, em 28/06/2014

    A “bacanal partidária” que está em curso provocará efeitos colaterais que levarão esta eleição inevitavelmente aos tribunais. Todas as coligações heterodoxas que estão sendo feitas pelo país, e continuarão a ser anunciadas até a próxima segunda-feira, prazo fatal para as definições, embutem doses de traições partidárias que poderão ser impedidas de ter vantagem prática se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entender que as coligações nacionais têm valor mais alto do que as regionais, impedindo, como querem parcelas do PT, que partidos dissidentes usem seus tempos de propaganda eleitoral nos estados em favor dos candidatos oposicionistas.

  • "De profundis"

    Folha de S. Paulo (RJ), em 24/06/2014

    Aprendi por aí que não se deve chutar cachorro atropelado. Não vou chutar a seleção, Felipão e outros, apenas lamentar que não deram certo e alguma coisa precisa ser feita para não repetirmos o vexame. Oscar Wilde, quando foi preso por sodomia, escreveu alguns de seus melhores poemas, não apenas a célebre "Balada do Cárcere de Reading", mas o "De profundis", apoiado no salmo 120 incluído entre as preces penitenciais de todos os pecadores, incluindo a Comissão Técnica.

  • Orgia partidária

    O Globo, em 21/06/2014

    Os últimos dias para a definição das coligações partidárias estão produzindo um quadro esquizofrênico de alianças que tem na união do PSB com o PT no Rio de Janeiro seu melhor exemplo. Um candidato petista regional tendo o apoio de um candidato de oposição a nível nacional é uma mistura explosiva. Houve até quem pensasse num primeiro momento que a coligação seria um sinal de que há nos bastidores uma reaproximação entre Eduardo Campos e o PT, já que Lula, e não Dilma, é o fiador da candidatura de Lindbergh ao governo do Rio.

  • O resgate e o mito da raça

    O Globo, em 21/06/2014

    O impacto da aposentadoria prematura de Joaquim Barbosa vai ao crivo de uma interrogação em nosso inconsciente coletivo quanto à força simbólica do presidente do Supremo. No pleno advento de nossa democracia racial, Barbosa passa, ao mesmo tempo, à condição de herói e de desafiante. Repercute o gesto, num misto de elogio e de crítica, na medida em que se multiplicaram tanto o apoio quase mítico à sua figura, quanto o repúdio ao autoritarismo e à violência das diatribes do magistrado.

  • Festa

    O Globo, em 21/06/2014

    Uma explicação simples para a proliferação nas favelas e nos subúrbios de campinhos de terra batida: o futebol, no Brasil, é esse fenômeno que leva à gloria e à fortuna um menino pobre, quase sempre negro ou mulato, o que já o situa em um país que aboliu a escravidão mas não a sua herança.

  • Ciência e sensibilidade

    O Dia (RJ), em 15/06/2014

    Todas as vezes que falamos ou estamos construindo frases, estamos juntando palavras nocionais e relacionais devidamente hierarquizadas, cujos conjuntos constituirão mensagens a serem transmitidas e descodificadas a nossos semelhantes. A descrição e o estudo de tais princípios que regem a orquestração desse material linguístico em cada língua particular pertencem ao domínio da gramática chamado Sintaxe.

  • Favela é Cidade

    O Globo, em 04/06/2014

    Assisti a um debate memorável no Rio de Janeiro, promovido pelo XXVI Fórum Nacional, de que resulta o livro de Reis Velloso, Marília Pastuk e Ana Paula Degani que dá título ao presente artigo. A ideia é que a favela entre de forma definitiva na geografia e no orçamento da cidade. Que não se limite apenas a uma rubrica populista, assistencial, com projetos ao mesmo tempo frágeis e intermitentes. 

  • O selo do cinquentenário

    Jornal do Commércio (RJ), em 23/05/2014

    Desde garoto, estimulado pelos irmãos mais velhos, aprendi a admirar os Correios(ECT).  Eles achavam que colecionar selos era uma forma  de aprender mais depressa geografia, conhecer países com nomes  estranhos, e certamente história, principalmente a brasileira, em virtude do grande número de vultos homenageados a cada ano.                                       

  • De volta ao justiçamento selvagem

    O Globo, em 21/05/2014

    O massacre de Fabiane de Jesus, em Guarujá, exasperou esta nova marca de ruptura entre a sociedade civil e os aparelhos da segurança em nossos dias. Alastra-se o recurso à violência como forma de justiçamento selvagem pela população, somando o cansaço à espera da ação pública. Regressamos à violência imediata como torna ancestral ao “olho por olho’’ na vida coletiva. O linchamento consagra o anonimato da agressão como fosse um reclamo no gesto espontâneo e incontido de vizinhos e passantes por uma vindita coletiva.

  • Pedrinhas

    O Globo, em 07/05/2014

    As imagens apocalíticas do presídio maranhense, postadas na rede no início do ano, e acompanhadas pela sequência de mortes intramuros até a semana passada, refletem a condição inominável de boa parte do sistema carcerário no Brasil.