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Artigos

 
  • Crise federativa

    O Globo, em 27/11/2013

    O seminário “O Estado e a Federação: Crise e Reformas” que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado promove hoje – com transmissão on line pela internet – terá o tom geral, ao menos por parte dos especialistas, de que a Federação vive duas crises no Brasil, uma dos governos estaduais, que perdem sua influência à medida que o governo federal faz cada vez mais uma ligação direta com as prefeituras e, como conseqüência dessa nova política governamental, a crise da recentralização do poder decisório, mesmo em meio à democracia.

  • Tortura e torturados

    Folha de S. Paulo (RJ), em 26/11/2013

    Por motivos profissionais, sou obrigado a acompanhar o noticiário a respeito dos presos que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), detendo-me, sobretudo nas condições da carceragem, que, todos sabemos, não é das melhores. Os jornais publicam desenhos e croquis das celas, não esquecendo a metragem, que nunca é das maiores.

  • Contabilidade criativa

    O Globo, em 26/11/2013

    O projeto de lei aprovado pelo Congresso que desobriga o governo federal de complementar a meta não atingida pelos Estados e municípios na formação do superávit primário - a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida - é mais um desses truques para justificar a redução do superávit primário.

  • Perdemos feio para a Coreia

    Folha de S. Paulo, em 26/11/2013

    Como exemplo de que estamos indo mal na competição por uma boa educação, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), na Associação Comercial do Rio de Janeiro, lembrou que, 40 anos atrás, tínhamos o mesmo número de patentes da Coreia do Sul.

  • Mártires da democracia

    O Globo, em 24/11/2013

    Sabemos todos que a História muda segundo quem a observa. Para os contemporâneos dos fatos, a importância que lhes é dada frequentemente é bem distinta da que terá dentro de poucas décadas. O que era invisível aparece, o que não tinha importância a adquire, o que era básico se torna acessório, quem era tratado como gênio ou esperança nem mais é lembrado. E o anedotário de todos os povos armazena uma fartura de previsões hoje estapafúrdias, vaticínios que se demonstraram asneiras descomunais, afirmações definitivas cuja validade mal chegou a aniversariar. Mas isto não impede que continue irresistível a tentação de dar palpites sobre o chamado veredito da História, é uma espécie de jogo que pode até ser divertido, assim para um domingo ocioso, sem nada melhor para fazer.

  • China capitalista

    O Globo, em 24/11/2013

    O mais ambicioso plano de reformas sociais e econômicas da China, anunciado há uma semana, encaminha o país para o capitalismo de mercado, superando a fase de investimentos maciços e poupança para dar prioridade ao consumo interno.

  • A construção do mito

    Folha de S. Paulo (RJ), em 24/11/2013

    Quando um parente de John F. Kennedy morreu num acidente aéreo, o cronista José Carlos de Oliveira, o mais lido de seu tempo, escreveu: "Somos uma geração condenada a nos preocupar com a família Kennedy". Pouco depois (ou pouco antes), o mundo se espantou com o casamento da viúva Jacqueline Kennedy que dava direito a Aristóteles Onassis de dormir com ela quatro vezes por ano.

  • China para 100 anos

    O Globo, em 23/11/2013

    Fazendo um balanço dos últimos cem anos na história da França, a revista econômica L´Expansion mostra que já em 1913 os países então chamados de “novos”, e não de “emergentes” como hoje, eram considerados os eldorados, a ponto de Guillaume Appolinaire ser autor de uma poesia sobre os que esperam ganhar dinheiro na Argentina e retornar a seu país depois de terem feito fortuna.

  • Opinião da vaca

    Folha de S. Paulo, em 22/11/2013

    Não aprecio memórias, quando entendidas como gênero literário. Evidente que sou obrigado a respeitar os grandes momentos que Santo Agostinho e Rousseau nos deixaram. Mas é um respeito distante, formal. Que nada tem a ver comigo. Volta e meia me distraio com os memorialistas, e alguns são excelentes, podendo citar Gilberto Amado, Afonso Arinos, Humberto de Campos e Joaquim Nabuco, para citar autores nacionais. Mas há um esquema interior e anterior, estrutural, que me impede a total empolgação pelo gênero.

  • O recado de Jango

    Jornal do Commercio (RJ), em 22/11/2013

    As homenagens de Estado, nestes dias, a Jango, em Brasília, dão conta de uma primeira integração e de um primeiro reconhecimento da história política da nossa modernidade. Muito mais além do averiguar-se um eventual envenenamento do ex-presidente, faz-se, agora, o enlace simbólico do governo Vargas à política do Brasil antiestablishment, consagrado pela vigência do petismo.

  • Disputa de poder

    O Globo, em 22/11/2013

    O que está acontecendo hoje no Rio de Janeiro se resume a uma disputa de poder pelos espaços perdidos. Os bandidos, desde que o programa de polícia pacificadora foi colocado em ação, vêm perdendo o controle de grande parte do território em que atuavam, expulsos que foram das favelas, e buscam retomar o que já foi seu.

  • Deputados-presidiários

    O Globo, em 21/11/2013

    Duas questões andam juntas no caso dos deputados condenados pelo mensalão: a aprovação da mudança constitucional que termina com o voto secreto e a análise de cada caso pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. As duas instâncias decisórias têm divergências a serem superadas até uma decisão final.

  • Dura realidade

    O Globo, em 20/11/2013

    Nada mais peculiar às elites privilegiadas do que esse escândalo que parentes e apoiadores petistas da trinca de líderes condenados do mensalão fazem diante da dura realidade de suas prisões. Tudo indica que não acreditavam que o desfecho ocorresse algum dia, confiantes nas manobras protelatórias que sempre deram certo para os ricos e poderosos escaparem do cumprimento das penas atrás das grades.

  • Dentro da normalidade

    O Globo, em 19/11/2013

    Não foi dos mais exemplares o procedimento burocrático de prisão dos primeiros mensaleiros levados para a Penitenciária da Papuda em Brasília. Basta ver que os condenados com direito a prisão semi-aberta ficaram desnecessariamente em prisão de caráter fechado, pois no final da tarde de ontem foram removidos para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR), que fica no próprio complexo da Papuda.

  • A causa e o efeito

    Folha de S. Paulo (RJ), em 19/11/2013

    Pedindo vênia aos doutos ministros do Supremo Tribunal Federal que gastaram muito latim para julgar os réus do mensalão, vou gastar o meu pouco latim, que aprendi na lógica de Aristóteles em versão escolástica de Tomás de Aquino: