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Artigos

 
  • O anjo exterminador

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/09/2005

    Que cada um de nós, individualmente ou em grupos indignados, éticos, escolha os seus vilões preferenciais. Numa lista apressada, atual e incompleta, aí vão alguns nomes: Delúbio, Severino, Marcos Valério, Zé Dirceu, Roberto Jefferson, Paulo Maluf e prole, Zé Genoino, Lula, os hierarcas do PT, o Duda Mendonça -e por aí vai, ao gosto ou desgosto de cada um.

  • Variações sobre o tédio

    www.miguelreale.com.br em, em 10/09/2005

    É nas “épocas de nojo”, como a que estamos vivendo, como conseqüência da clamorosa e criminosa tentativa do PT de apossar-se, como partido único, da totalidade dos quadros administrativos da Nação, que devemos analisar o fenômeno do tédio.

  • Mulheres nuas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/09/2005

    Na semana passada, falei do mago do Tibete, que, além de mago, era magro e tinha poderes para explicar o passado e adivinhar o futuro, além de possuir outros tantos poderes para transformar pedras em pães, água em vinho e, no terreno das amenidades, fazer qualquer mulher, de qualquer raça, língua, cor e crença, despir-se, dançar e transar à vontade do freguês.

  • Implosão petista e teimosa premiada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Lula prova toda a força da sua intuição política, fazendo o certo para vencer a crise. No refazer o contato direto com seu eleitorado de base, vai ao provérbio da frase certa, ao abraço e se reforça do tumulto de sempre à sua volta. O fracasso, reconhecido pela Folha de S. Paulo, da manifestação contra o presidente pela Força Sindical tornou também nítido o tira-teima dos prós e contras dos movimentos de massa começados nos últimos dias. Vencendo os contornos chapa-branca, o que apoiou Lula em Brasília deixa intocado o capital de mobilização popular que entra em jogo na superação da crise e no confinamento do escândalo ao Brasil oficial ou ao despeito e ao desencanto dos neolulistas no seu seio, os últimos a referendar a avalanche da chegada do PT ao Planalto.

  • Crise política e reforma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Se é verdade que a democracia, como observara atiladamente o senador Milton Campos, "começa no reino da consciência", seu fortalecimento, contudo, pressupõe uma conduta cotidiana da qual deve brotar a seiva que a robustece e propicia o seu ininterrupto aperfeiçoamento. Isso exige, pois, tanto do conjunto dos cidadãos quanto e sobretudo dos que transitoriamente estão investidos da titularidade do poder, o imprescindível concurso para que o nosso país venha a consolidar a República, enquanto "res publica", convertendo-a em sinônima da cidadania.

  • Da democracia e seus sonhos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Há 2.600 anos , os gregos tentaram uma forma de auto-governo. Os cidadãos escolheriam os governantes e seriam responsáveis pelos rumos de sua cidade. As reformas de Sólon são a matriz da experiência a que se deu o nome de democracia. Depois ela desapareceu. Teve séculos de sombra. Ressurgiu algumas vezes até que se impôs definitivamente como a forma avançada de concluir-se a história.

  • O PT o mesmo e o autêntico

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 09/09/2005

    Poucas datas parecem mais críticas para o nosso futuro imediato que o da eleição da nova Presidência do PT. O cenário mais provável, há poucos dias, seria o de uma tripartição entre a persistência do Campo Majoritário, a purga dentro do partido pela iniciativa de Tarso Genro e o possível esfacelamento pelas dissidências, à busca de legendas sucessoras. Mediante a acomodação do Presidente interino a tendência dominante já vai à refundação, sem maior mossa, mantendo na chapa as figuras do situacionismo, a partir de José Dirceu. E como fica, diante do mesmo, a reivindicação pelo autêntico PT - à pique de dispersar-se em multifrações?Neste desenrolar, a atitude padrão parece ser a de Aloísio Mercadante, assumindo francamente o conflito, de par, entretanto, com a caução de permanência, e a expectativa de reassegurar a torna identitária primordial, até a Convenção. Desapareceu a síndrome efetiva, de ruptura imediata, criando-se sim, a partir inclusive das bancadas federais e a afirmação de um estado de rebeldia à disciplina partidária, sem entretanto chegar à desfiliação. Cristovam Buarque epitomizou esta atitude de descarte, como ainda limitada pelo afeto ao partido, fiel à ressonância de sua convocação original.

  • Da arte de falar mal

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Durante anos, em minhas primeiras andanças no ofício de cronista, mantive no "Correio da Manhã" e quase simultaneamente na "Folha de S. Paulo", onde revezava com Cecília Meirelles dia sim, dia não, uma seção assim intitulada: "Da arte de falar mal". Não chegava a falar mal de ninguém, mas, genericamente, de tudo, o que até hoje faço, sem o mesmo vigor, é certo, mas com igual dose de razão. De lá para cá, o tempo não conseguiu melhorar nem a mim nem ao mundo.

  • Tragédia americana

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/09/2005

    Tomo de empréstimo o título de romance de Sinclair Lewis, se não me engano, pois li o romance há muitos anos. O que acaba de ocorrer nos Estados Unidos foi, exatamente, uma tragédia americana, que abalou o orgulho da grande potência de nossos tempos.

  • As bruxas e a chuva

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/09/2005

    Os vilões se sucedem nesta temporada de caça às bruxas que a ilibada sociedade brasileira está promovendo em defesa dos sadios princípios que a regem e guiam. Nada tenho contra. Existem bruxas, são vilões mesmo, traíram a confiança dos eleitores, meteram dinheiro vil no bolso e nos paraísos fiscais (ouvi dizer que o Severino tem a mania de guardar dinheiro no colchão, que é lugar mais quente e seguro).

  • O preço dos medicamentos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/09/2005

    Creio não errar ao afirmar ser o Brasil o país com o maior número de drogarias e farmácias no mundo. É esse um sinal de que comercializar medicamentos é um bom negócio.

  • qual é o problema dos militares

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 07/09/2005

    Já se passaram 40 anos desde que, sob o impacto do golpe de 1964, escrevi o primeiro texto sobre Forças Armadas e política. Desde então, muita coisa mudou no país e nas minhas preocupações. Em 1964, a pergunta que me fiz foi ''por que não estudamos os militares?'', na suposição de que um maior conhecimento da corporação teria contribuído para evitar o golpe. Hoje, pergunto: ''por que continuar estudando os militares dentro das novas conjunturas nacional e internacional?''.

  • Trajes menores

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/09/2005

    Na primeira legislatura do Congresso Nacional após a ditadura do Estado Novo, o primeiro deputado cassado por falta de decoro parlamentar foi Barreto Pinto. Não tenho certeza se havia "mensalão" naquela época, talvez houvesse, mas sem dar tanto na vista. O que deu na vista é que o deputado, que vivia com uma milionária num palacete na avenida Oswaldo Cruz, foi fotografado de cueca.

  • Moralismo e dever petista

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 07/09/2005

    As reuniões do ''Plantão da Crise'', no centro do Rio de Janeiro, permitem, talvez, um primeiro corte do que seria nossa interrogação diante da crise, com resposta de um público universitário, independentemente dos clichês ou dos fatos consumados que tomam conta da dita opinião pública. Perguntamo-nos em que medida os choques clássicos do moralismo ameaçam a lógica mais profunda da chegada de Lula ao poder. O processo das CPIs pode ter descarrilado e as convenções de sempre talvez não mais regulem, afinal, o seu clímax. De toda forma a dita pressão popular desemperrou os relatores das CPIs, juntando à ida de Jefferson ao patíbulo - e já por unanimidade da Comissão de Ética - os 19 outros possíveis perdedores de mandato.

  • Os anéis e os dedos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/09/2005

    Três comissões de inquérito no Congresso, centenas de declarações bombásticas contra a corrupção, outras tantas promessas de cortar fundo na carne e ir até o fim das investigações, punindo na base de doa a quem doer, pressão da mídia (mais do que da opinião pública) -e a crise aí está, não exatamente em feitio de pizza, que precisa de forno bem quente, mas de uma pasta informe cozida em banho-maria.