
O caso Severino
Não tenho dúvida de que o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, sonhou com o cargo mas nunca deu a conhecer a ninguém seu sonho.
Não tenho dúvida de que o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, sonhou com o cargo mas nunca deu a conhecer a ninguém seu sonho.
Justiça manda empresa indenizar funcionária chamada de "gordinha". O nome do trabalhador está incorporado ao seu patrimônio moral e, por isso, ele não pode ser chamado pelo chefe por um apelido pejorativo, segundo o entendimento dos juízes da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo). Os juízes condenaram a empresa Control Tower Assessoria Empresarial Ltda. a pagar indenização de R$ 8.000 a uma ex-empregada chamada de "gordinha" pelo diretor da empresa. Folha Online, 29 de agosto de 2005.
Lendo o livro de Jorge Semprun "O Morto Certo" (editora Arx, 2005), fiquei impressionado com a sucessão de misérias ocorridas no campo de concentração de Buchenwald, onde o escritor espanhol esteve durante os últimos anos da 2ª Guerra Mundial. Já conhecia o horror dos outros campos onde milhões de judeus foram massacrados.
Num de seus sermões o padre Antônio Vieira, S. J., trata do verbo roubar ou verbo rapio, conjugado pelos portugueses nas colônias de seu tempo e das quais tinha notícia.
Acabo de ler os jornais, não tenho por perto ninguém para conversar e pelo telefone até hoje não me ajeito bem, resolvo pensar sozinho mesmo. Já não sou um rapazinho, os neurônios rateiam diante da profusão estonteante de acontecimentos, mudanças de percepção e avaliação.
QUANDO NASCE O SOL, EU VOU trabalhar. Quando o sol se põe, volto para casa e descanso. Cavei o poço de onde tiro água para beber, e cultivo o campo que me dá o alimento. Agindo assim, estou em perfeita comunhão com o Criador - e nenhum rei pode fazer melhor que isso.”
A piada talvez não seja nacional, mas é carioca, tipicamente carioca. Como alguns podem recordar, durante séculos, anunciava-se a vinda de Frank Sinatra ao Brasil. E ele nunca vinha. Era um punhal cravado no coração, um espinho no orgulho nacional.
1) Responda sem tergiversações: onde Vossa Senhoria estava no dia 31 de fevereiro de 2002?
Já sabemos, desta vez, pelos scripts óbvios da irrupção moralista nacional não vamos aos desfechos de sempre. Talvez, de fato, por estar na fogueira, a carne do partido diferente. As cinzas já são outras no combustível das denúncias ao deixa-disso final que sempre convém ao País de sempre. Não está em causa apenas o Brasil dos cartolas, nem a demolição a que possa chegar o denuncismo como paixão em desenfreio sob o álibi moralista. Dos escândalos de libreto conhecido, passa-se por uma vez à interrogação de se o País que, pela primeira vez, foi ao poder com Lula se reconhece numa comoção tradicional do regime estabelecido, seus abusos continuados do poder como cosa nostra, e do remédio das CPIs sazonais para vociferar e esquecer.
Deu-me desejo de escrever sobre esse tema quando participei, em São José de Ribamar, cidade referência de peregrinação religiosa no Maranhão, de um festival de literatura -uma réplica pobre do de Parati- que reúne intelectuais e leitores para discutir e divagar sobre os temas da cultura, principalmente da criação literária.
Cresce no Brasil o número de rádios comunitárias, especialmente em regiões periféricas. A lei estima que elas devem operar em caráter secundário, mas o que está ocorrendo é uma brutal distorção no uso do canal 200, com interferências dramáticas em canais de radionavegação aérea.
Vou contar uma história que poderá parecer inverossímil, mas é verdadeira, embora fantástica. Um sujeito -cujo nome não importa, mas que viveu realmente, sendo inclusive vizinho de um tio que morava no Grajaú-, ali pelos 50 anos, decidiu fazer uma viagem pelo mundo, mas foi sozinho, sem levar mulher e filhos. Deixou dinheiro suficiente para os dois anos que passaria fora e uma instrução suplementar, diria que pétrea: em sua ausência, a família compraria, todos os dias, os jornais que ele habitualmente comprava, inclusive edições extras, se as houvesse.Tudo deveria ser guardado religiosamente, em ordem cronológica, e deviam ser tomadas cautelas de preservação, impedindo que baratas roessem os jornais e a poeira os maltratassem. Ele não podia prever que, estando em Lubeck, lá em cima, onde a Alemanha acaba, nas margens do Báltico, tivesse um mal-estar e fosse internado num hospital, onde passaria mais de dois anos.
É citado com freqüência nos livros sagrados o próximo, a quem o Cristo nos aconselhou a amar como a nós mesmos.
A caminho do terceiro mês de crise, e como se não bastassem a confusão nacional e a indignação da sociedade, setores mais entusiastas do "quanto mais cuspe melhor" criticam o silêncio dos intelectuais. Uma cobrança polêmica. Nunca os intelectuais falaram tanto, contra, a favor ou mais menos. Falaram e continuam falando mais do que os depoentes das CPIs, as autoridades, os inocentes e os culpados.
Lembro-me com nitidez do primeiro choque do petróleo. Foi em 1973; o bruto passou de US$ 2,50 o barril a US$ 12,00, de um dia para outro. O mundo ficou de joelhos diante dos potentados do ouro negro, esse óleo viscoso, mal odoroso, que domina o mundo. Pequenas nações, sem peso com os grandes problemas no mundo, como a Venezuela e a Colômbia, foram guindadas à altura de potências decisivas.