
A crise: do ridículo ao grotesco
As perplexidades da crise chegariam a esta complexidade-limite em que a corrupção sistêmica criou os mais variados cenários para a culpabilização, por que espera o País, mas como já a repartida nacional. O imperativo mais fundo do ir-se adiante estriba-se na lógica dessa expectativa primeira do País que levou Lula ao poder em 2002. E, de outra parte, no já conquistado na consolidação econômico-financeira e da credibilidade ética que lhe veio, inclusive, desta ponta do sistema. O debate aberto de Palocci com a imprensa brasileira trouxe à população o sentimento de confiança básica de Governo. O ministro desarmou as intrigas, expôs-se ao interrogatório mais radical, espancando as indecisões do pronunciamento de Lula, no recado cabal do que queira o PT que reclame o direito de ir adiante na sua promessa. Registrou-se, sim, um clima indiscutível de desafogo, a marcar uma sabedoria básica do partido, a que se associarão inclusive os inconformismos dos velhos donos do País bem e seus pruridos indignados.