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Artigos

 
  • A longa caminhada

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 25/09/2002

    No mesmo ano em que Wilson Martins conquista o maior prêmio literário do País - o Machado de Assis, para conjunto de obra, da Academia Brasileira de Letras - a mesma Academia lança um livro definitivo sobre o modernismo brasileiro, do próprio Wilson Martins, chamado "A idéia modernista", depois do qual não mais se poderá falar do movimento de 22 e de sua profunda influência no pensamento do país sem que se vá às suas páginas.

  • Um bom produto político

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 24/09/2002

    Estamos perto das eleições presidenciáveis de 2002. Quatro candidatos disputam a honra de dirigir o País, ainda às voltas com problemas de inquestionável importância, como a segurança, o modelo econômico, a saúde, os transportes e - sobretudo - a educação.

  • Votar em quem e para quê?

    O GLOBO (Rio de Janeiro - RJ) em, em 22/09/2002

    Suspeitamos, muita gente e eu, que uma grande percentagem dos eleitores brasileiros, maior talvez do que se subestime na base do palpite, iria para a praia, o piscinão, o clube ou à pracinha, se não fosse obrigada a votar. Direito estranho esse, criação surrealista de nossa imaginação política, ou adaptação do que vigora, ou vigorou, em algum país que consideramos exemplar, ou seja, quase todos. É direito, mas, ao mesmo tempo, dever. Na verdade, esse “direito” seria perfeitamente dispensável, já que, de acordo com o que ouvimos, não se pode nem ir ao banheiro sem estar quites com a Justiça Eleitoral, ou seja, sem poder brandir o papelucho que recebemos depois de votar.

  • Dom Lucas, o apóstolo

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 18/09/2002

    Tínhamos um apóstolo entre nós. Perdemo-lo. A missão apostolar de Dom Lucas Moreira Neves, exerceu-a ele na sua vida normal de sacerdote, mas também no haver levantado, nos seus escritos, a memória de sua terra e de seu povo. Memória é base, sem ela caem as estruturas que nos fazem gente. A memória ilumina a sombra, passa por cima da nossa temporalidade, país sem memória está morto, e não sabe. A memória, guardamo-la em pedra ou música, em pergaminhos, pinturas, pontes, castelos ou catedrais. Guardamo-la, principalmente, na palavra.

  • Réquiem para Dom Lucas

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro- RJ) em, em 17/09/2002

    Há dois anos, dia 9 de julho de 2000, recebi uma das minhas primeiras missões na ABL, que foi justamente a de representá-la, e ao seu então presidente, o Acadêmico Tarcísio Padilha, nas comemorações do Jubileu da Ordenação Sacerdotal de Dom Lucas Moreira Neves, realizadas na sua cidade natal de São João del Rey. Quando lá cheguei, a convite de D. Risoleta, participei de um jantar, no Solar de Tancredo Neves, oferecido por Dom Lucas a um grupo de cardeais brasileiros, entre os quais, Dom Eugênio Sales, Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Aloísio Lorscheider.

  • Os aprendizes

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 14/09/2002

    Esse caso passou-se, faz tempo, pouco depois de nos mudarmos para o Leblon, que era ainda um bairro amorável e tranqüilo, sem grades nos edifícios - aliás, poucos edifícios e ainda muitas casas com jardim e quintal. Hoje, não sei se foi o Leblon que mudou, mas quanto a mim, sei que mudei muito, quase não saio de casa e, em sã consciência, não posso dizer se é melhor agora ou era melhor então.

  • Cultura e linguagem

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 14/09/2002

    O problema da linguagem, desde Saussure, adquiriu um papel singular na história das ciências até culminar na afirmação de que cada ciência tem a sua linguagem e, mais ainda, que, no fundo, ela se confunde com a sua própria linguagem.

  • Fonte da saudade

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 10/09/2002

    Não ia para aqueles lados há muito tempo. À direita do prédio em que moro, há uma rua que desemboca na Lagoa. No final dela, antes que uma curva a transforme em outra rua, tem uma fonte que, não sei por que, se chama "da Saudade".

  • Panorama eleitoral da ilha

    O GLOBO (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/09/2002

    Estive em Itaparica até o fim de semana passada e receio que não temos grandes novidades em relação ao assunto que parece ocupar todo o noticiário, ou seja, as eleições presidenciais. Quanto às estaduais, há um certo movimento, com carros de som desfilando e tocando jingles e praticamente todas as paredes pichadas, como recomenda a boa democracia, inclusive no Rio e São Paulo. Nesse ponto, nos igualamos a todas as grandes metrópoles. Em relação à Presidência, contudo, receio que não haja paixões desenfreadas. Mas participei de debates eventuais no Mercado Municipal Santa Luzia, principal centro de negócios da cidade, e de lá trago algumas lembranças, bem como do bar de Espanha, um dos mais importantes centros de reuniões na nossa zona central.

  • A vida em pedaços

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 07/09/2002

    Essas moças e moços - quase sempre muito jovens -, que de vez em quando aparecem para me entrevistar, perguntam sempre - quase sem exceção - como foi que comecei a escrever. Esperam que eu diga o momento exato em que me apareceu a vocação, se foi de dia ou de noite, se comecei a escrever o livro, direto, e fui até o ponto final, e por aí vai. Perguntam muito também sobre a minha vida, o que aconteceu, e depois, e depois, e depois... Tento explicar, na medida do possível, que a vida da gente não é uma seqüência, como numa história em quadrinhos, em que um fato acontecido num quadro tem a sua lógica no quadro seguinte; e que a nossa memória também não é uma coisa contínua, uma lembrança sucedendo a outra. Eles ficam meio decepcionados, mas procuro satisfazê-los contando alguma coisa da minha vida. Pelo menos os pedaços de que me lembro.

  • Todos falam no professor

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 04/09/2002

    Não se pode exigir harmonia de pensamentos entre os candidatos à presidência do nosso País. Cada um vem de uma escola, tem determinada experiência, e sonha com soluções que podem ou não ser exeqüíveis. Algumas idéias são coincidentes, o que é natural, pois sofremos influências do revelo de outras nações, fato que se agravou com a ilusão de que a globalização nos levaria ao melhor dos mundos.

  • Campanha presidencial

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 04/09/2002

    Está muito bem que os candidatos à sucessão do sr. Fernando Henrique Cardoso sigam as determinações, ou ordens mesmo, de seus marqueteiros, pois foram contratados exatamente para esse fim. É o que estamos observando. Quem acompanha o périplo dos candidatos, pelo Brasil inteiro, um no Rio Grande do Sul, outro no Amazonas, outro no Rio de Janeiro, outro em Minas e assim por diante, vê-se que devemos considerar duríssima uma campanha política como a da sucessão presidencial.

  • Eles têm razão

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 04/09/2002

    O debate da segunda-feira com os quatro candidatos presidenciais se engalfinhando num palavrório que beirou o baixo calão, lembrou um pouco aquelas lutas de vale-tudo, onde vários brutamontes se enfrentam e, na base marmelada, em certo momento três deles resolvem encher de bolachas o quarto, que faz papel de vítima.

  • Memória de um repórter político

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 03/09/2002

    Já está nas livrarias o novo livro do jornalista Villas-Boas Corrêa, "Conversa com a memória", que nele faz um retrospecto e dá um autorizado depoimento acerca dos últimos 50 anos da política brasileira.

  • A nave em perigo

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 31/08/2002

    Já se vão dez anos daquela reunião ecológica, codinome Eco-92, que nos deixou tão vaidosos com a cara limpa e florida do Rio. É verdade que precisou botar canhões do Exército apontando para a favela da Rocinha. Mas como mudou a Rocinha! Hoje já tem a categoria de bairro, um bairro operoso e próspero, que até já exporta moda e modelos para o exterior.