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Artigos

 
  • Paixão de ler

    Tribuna da imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 06/11/2002

    Pela décima vez consecutiva (foi lançado em novembro de 1993), chega o movimento "Paixão de Ler" a uma abrangência que engloba toda a cidade numa série de iniciativas que aproximam crianças e adultos do livro como objeto mágico e do hábito da leitura como necessidade básica do ser humano. É principalmente através do livro que saímos de nós mesmos porque neles se acha a raiz inteira do pensamento e da emoção: a palavra. Não só a palavra pura e simples (pensada ou falada), mas a palavra escrita, que preserva a memória dos tempos e das pessoas.

  • O vernáculo pede socorro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/11/2002

    Os acadêmicos Evanildo Bechara, Arnaldo Niskier e Josué Montello desfraldaram no plenário da ABL uma bandeira honrosa e nobre: a bandeira da defesa da língua portuguesa. Porque a verdade é que ela está correndo sérios riscos, desde quando, nos currículos escolares, foram extintas disciplinas que enriqueciam a cultura humanística dos nossos estudantes.

  • Guerreiro da educação

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 03/11/2002

    Como faz todos os anos, o Ciee/SP, em parceria com o jornal "O Estado de S. Paulo, entrega a uma personalidade brasileira o troféu "Guerreiro da Educação". Este ano, a láurea coube ao professor Hélio Guerra, ex-reitor da Universidade de São Paulo e figura eminente da Escola Politécnica da USP.

  • Presença de Drummond

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 30/10/2002

    Às 16 horas de hoje, no calçadão da Avenida Atlântica do Rio de Janeiro, será inaugurado um monumento a Carlos Drummond de Andrade, semelhante ao de Fernando Pessoa num café de Lisboa. Uma estátua do nosso poeta nacional, de tamanho natural, mostrar-se-á sentada num banco do Posto 6, o mesmo que o poeta usava, diante do mar.

  • Faz favor

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 30/10/2002

    Nos bondes de antigamente, a figura máxima, autoridade suprema, era a do cobrador. Equilibrava-se precariamente nos estribos superlotados, vestia farda de casemira com colete de infinitos bolsos, sua função - como o nome indicava - era cobrar. Cobrar o preço das passagens.

  • A triste experiência eleitoral

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 26/10/2002

    A esta altura do processo eleitoral, tão cheio de surpresas e de incorrigíveis enganos, que nos conduzem a um preocupante quatriênio presidencial, torna-se escancaradamente evidente o erro em que incorremos, deixando de dar caráter prioritário à reforma política, reclamada pelos maiores politicólogos e constitucionalistas do País.

  • Curumim é um ser livre

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 26/10/2002

    Diz que índio não educa filho. Aliás, não é propriamente isso: o que se conta é que índio não disciplina as crianças, não as castiga. Curumim é um bicho livre, faz o quer, com muito poucas restrições. Os pais são os mais condescendentes do mundo e muito carinhosos. Apenas quando uma criança, por acaso, faz qualquer coisa que irrite ou incomode pai ou mãe, o pai encolerizado passa a mão no primeiro objeto contundente que tiver próximo e o atira contra o filho. Uma pedra, um pau, uma mão de pilão, e até mesmo um facão. Se não pegar, muito bem, se pegar, azar do menino.

  • Impaciência, mais que medo

    Jornal do Commercio (RJ), em 25/10/2002

    O segundo turno nas eleições presidenciais assumiu claramente o sentido de plebiscito. Está-se pró ou contra o governo, numa distância de votos que dá a Lula capital único de legitimidade política para enfrentar a turbulência da globalização transformada em mercado hegemônico e sem volta. Toda imprensa mundial reconhece o impacto deste pleito como a cunha inesperada no alinhamento das periferias aos receituários internacionais para ainda serem punidos até pelo excesso de ortodoxia que só fez exasperar as contradições do neoliberalismo. Aí está a Argentina, como fantasma nada camarada, a mostrar que é invariável a bula, não obstante esteja o país in extremis, da viabilização econômica. A enorme legitimidade da avalanche do sufrágio permite ao futuro governo nova prospectiva. Dá-lhe o direito, no cenário internacional, de contrapor aos riscos econômicos clássicos, os trunfos da nação gigante que ofereceu, pela mais irrepreensível vitória democrática, um esforço cabal à primeira das exigências da normalização como a vê o Primeiro Mundo, frente à desestabilização pirata em que insista o capital especulativo.

  • A verdade na política

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 23/10/2002

    Teve o chefe do Judiciário paraibano, Desembargador Marcos Antonio Souto Maior, a excelente idéia de, em comemoração aos 111 anos do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, organizar um seminário sobre seis paraibanos ilustres na palavra de seis membros da Academia Brasileira de Letras.

  • Patrulhas nunca mais

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 22/10/2002

    Os xiitas do PT pretendem decretar a morte de Regina Duarte enquanto personagem do mundo artístico. Manifestação explícita do patrulhamento, que começou no período totalitário e que agora ameaça voltar, no melhor estilo da "não-pessoa" que vigorou nos tempos mais duros do stalinismo.

  • Livro, televisão, internet

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 19/10/2002

    É dizer como o outro: já que o homem não vai ao livro, que vá o livro ao homem. Multipliquem-se as feiras de livros pelas praças da cidade, e não só desta, como de todas as cidades do interior. Ah, o interior! As livrarias são poucas, a distribuição das editoras não é boa. Nunca se pisa em cidade do interior sem escutar dos interessados a queixa de que livro de fulano, que está muito falado, não apareceu à venda na terra. Talvez fosse um êxito inesperado a inauguração de feiras de livros por este Brasil afora: o pessoal ver os livros assim de cara como a farinha e os legumes. Poder mexer, palpar, olhar as figuras, se interessar. Seria talvez uma revolução.

  • A universidade brasileira em Cabo Verde

    Jornal do Commercio (RJ), em 18/10/2002

    Em 11 de outubro, foram inauguradas pelo primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, as novas instalações, onde funcionará, em Mindelo, junto ao Instituto Isidoro da Graça, a Universidade Candido Mendes. No seu Centenário, a instituição dá início a uma política de expansão internacional naquele arquipélago, em meio ao Atlântico. No ato de sábado último, o Governo caboverdiano definiu a envergadura do esforço que o associa cada vez mais ao Brasil e, ao mesmo tempo, define a maturidade com que encarna a implantação do sistema integrado de educação no país. Tanto se inaugurava, junto ao pioneiro Instituto caboverdiano, a Ucam, quanto se acolhia um esforço educacional privado para prover, localmente, a fome da especialização no terceiro grau do ensino. Santos Neves mostrava como a inovação vinha de par com a formal promessa de se instalar a primeira universidade pública, ainda no presente Governo, em primeiro ano de exercício.

  • O dólat e as rosas

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 17/10/2002

    O presidente da República e sua equipe econômica estão reclamando daquilo que chamam de especulação. Entenda-se por especulação a norma existente em qualquer mercado que visa ao lucro maior e mais rápido. É uma das leis irrevogáveis, como a da gravidade e da própria globalização, sob as quais somos obrigadas a viver.

  • E assim era e foi

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 16/10/2002

    Como base primeira e mais forte da memória, costuma a infância povoar, com sua mistura de encanto, mistério e medo, uma boa parte das narrativas que o homem faz para inventar a vida. Ou entendê-la. Quem reler o livro de James Joyce, "Retrato do artista quando jovem", descobrirá (às vezes, a primeira leitura não é suficiente para tanto) o muito que se concentra nos movimentos iniciais do corpo e da mente jovens, em busca do entendimento de si mesmos e do resto do mundo. As palavras do começo da história são claramente infantis e fazem pensar que o livro se destina a crianças (o que não deixa de ser verdade). Ei-las:

  • Pesquisando as pesquisas

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/10/2002

    Falaram, falam e continuarão falando horrores das pesquisas. Quem as inventou? Para quê? Em época eleitoral, elas influenciam os indecisos? Em suma: elas são um bem ou mal?