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Artigos

 
  • Emoções em Valença

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 24/12/2004

    A cidade fluminense de Valença, no Vale do Paraíba, tem excepcional valor histórico. Abrigou grandes fazendas de café, que atingiram o auge da produção entre 1830 e 1870, com reflexos na presença de nobres e escravos, além dos valentes índios coroados dos seus primeiros tempos.

  • Caiu o CFJ

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/12/2004

    Finalmente, uma boa notícia, no meio das milhares de más ou sofríveis ou quase boas: caiu na Câmara dos Deputados a tentativa de se criar no Brasil um Conselho Federal de Jornalismo, pelo qual a imprensa e os meios de comunicação, em geral, ficariam submetidos ao governo presidencial, e seus sequazes. A tentativa de ser criado esse organismo, evidentemente soprado a Lula pelos comunistas que dominam seu governo, essa tentativa tinha de abortar, desde logo por ter repercutido mal no mundo inteiro.

  • Poesia: Genealogia do Simbolismo

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 22/12/2004

    O que é um símbolo? Como, por que e a partir de quando o homem começou a se valer dos símbolos para expressar-se no âmbito do sistema da língua? Estas são questões cruciais quando abordamos o simbolismo literário, que, na verdade, é tão antigo quanto a própria origem da linguagem. Do grego symbolon, que significa também ''marca, signo ou contra-senha'', o símbolo é, em sentido lato, um objeto natural, como o peixe, que simboliza Cristo, ou a coruja, que representa a filosofia.

  • O Mercosul em questão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/12/2004

    A idéia de um Mercosul partiu dos presidentes Sarney e Alfonsin, que tiveram a iniciativa de firmar um acordo alfandegário entre o Brasil e a Argentina, tendo obtido a adesão do Uruguai e do Paraguai. Seria o começo de uma união, a exemplo do que conseguiram realizar as nações européias que firmaram o acordo de Roma em 1950, hoje União Européia, notavelmente aumentada.

  • Uma história do amor

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 21/12/2004

    Belo e estranho livro, este de Mário Divo. Amor e Paixão são temas permanentes sobre os quais nos curvamos, inquietos às vezes, outras na maior esperança e a maioria delas na incerteza. Os milhares de livros já escritos sobre os dois assuntos (serão sinonimamente únicos ou todo um mundo os separa?) nem sempre nos ensinam como lidar com eles.

  • A crise da aviação comercial

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/12/2004

    Faz poucos dias, o presidente Lula da Silva exclamou, creio que tinha sinceridade na sua exclamação: "Salvem a Varig". O atual presidente do BNDES, por seu turno, afirmou que só financia as empresas de aviação comercial se derem garantias sólidas. Uma inversão de valores, como se vê. Afinal, o presidente quer a salvação da Varig e de outras empresas de aviação comercial, dentro das normas adotadas pelo banco oficial para fazer empréstimos.

  • D. Quixote e San Thiago

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 20/12/2004

    Foi realizado um Seminário intitulado "Atualidade de San Thiago Dantas", na Associação Comercial do Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e do Instituto San Thiago Dantas, a propósito dos 40 anos da morte daquele grande homem que nos deixou prematuramente aos 53 anos de idade.

  • O despertar da China

    Diário do Comércio (São Paulo), em 20/12/2004

    Dentre as muitas frases de efeito de Napoleão, cito esta, que tem enormíssima atualidade: "Quando a China despertar, o mundo tremerá". A China estava, então, presa de uma de suas crises intermitentes, e ninguém fazia prever que, um dia, como anteviu Napoleão, ela, o colosso, despertaria e poria o mundo em tremedeira. O mundo, ou, de preferência os Estados Unidos. Pois o dia em que a China despertou já chegou, e o mundo se prepara para conhecer, cada dia mais, o novo gigante.

  • Circulação Zero

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/12/2004

    Têm aparecido nos jornais, com certa freqüência, excelentes notícias sobre como algumas cidades brasileiras vêm minorando de forma notável seus problemas de segurança e violência, através de medidas singelas e de fácil execução. Tão marcante parece o êxito dessas providências que possivelmente serão propostas para outras cidades. Ou impostas, o que se pratica muito aqui, pois que vivemos numa ditadura, apenas do tipo “com direito a chiar” - se bem que estejam querendo tirá-lo, mas acho que vão deixá-lo de enfeite, aqui e ali, até porque cai sempre bem para mostrar às visitas e nas inspeções e classificações a que estão sempre nos submetendo.

  • Da comunidade com os homens

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/12/2004

    O TÍTULO DESTA COLUNA É TAMBÉM o título de um hexagrama do I Ching, o livro chinês das mutações humanas: a comunidade com os homens sempre traz boa fortuna. A seguir, algumas histórias a respeito.

  • Novas variações sobre religiosidade

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 18/12/2004

    Norberto Bobbio, falecido em janeiro do corrente ano, concedeu a um de seus discípulos, Raffaele Luine, memorável entrevista que vem esclarecer uma série de questões relativas à fé, aos poderes da razão, à heterodoxia e à religiosidade.Bem poucos têm escrito sobre a religiosidade, apresentada pelo grande pensador piemontês como o estado de espírito em que o ser humano se sente "imerso do mistério", na agonia insaciável da procura da verdade, sem saber dizer sim ou não às perguntas que emergem do íntimo de seu ser.

  • O risco de ser capivara

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 17/12/2004

    Sentei-me no computador na ilusão de tratar das surpresas econômicas que estão sendo anunciadas neste fim de ano: o crescimento inesperado mas bem-vindo do PIB em 5%, os dois milhões de novos empregos e outras conquistas que o leitor está cheio de ouvir.

  • A comunidade Sul-Americana

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/12/2004

    Foi sobre a América Latina o meu primeiro livro, lançado pela saudosa Companhia Editora Nacional de Octalles Marcondes. Para surpresa minha, os exemplares impressos pela editora se esgotaram em pouco tempo. Restaram para meu arquivo alguns exemplares, um dos quais, o que sobrou, está em minha biblioteca. Foi uma estréia sobre assunto que há muito me preocupava, que era a América Latina, um imenso território, com numerosas repúblicas, todas mais ou menos em decadência ou com problemas.

  • Mario Soares de aquém-mar

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 17/12/2004

    Completa 80 anos, nesta semana, Mario Soares, fundador dos tempos de modernidade portuguesa. Da Revolução dos Cravos, à plenitude do mandato presidencial, sua reeleição e do assento definitivamente civil da República, para além das fardas da transição democrática. De Mario Soares, estadista, o reconciliador e o garante da mudança, plantada sem fissuras sobre o país das nostalgias possíveis nesta emancipação de dentro, do sentido verdadeiro da comunidade, sobre o além-mar, que tem, no cidadão-presidente Mario Soares, seu dom do colóquio, sua indignação, sua vigília pelos direitos humanos, a personalidade legitimamente internacional da nossa fala.

  • O problema das indenizações

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/12/2004

    O Brasil oferece ao estudioso e aos observadores, sobretudo os da mídia, peculiaridades que não preocupam governo, representação política, instituições políticas e administrativas, como ocorre aqui, nesta terra de tantas oportunidades, em grande parte perdidas. Uma dessas peculiaridades é fazer difícil o que é fácil. Ou complicar excessivamente os problemas que devem ser resolvidos num período de tempo limitado. É o caso das indenizações.