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Artigos

 
  • Incenso, ouro e mirra

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/01/2005

    Hoje é dia dos Reis Magos - história ou lenda que foi absorvida no calendário cristão, mencionada nos textos evangélicos, mas comum a diversas culturas e tradições. Pelo que se sabe, não chegavam a ser reis de qualquer reino da Terra, mas reis de um território sem fronteiras nem donos, o da magia. Ao contrário dos sábios pagãos que olhavam as tripas de aves e répteis, eles olhavam o céu e viam sinais -tal como o Paulo Coelho, que também é mago e vê sinais nas areias de Copacabana.

  • Aprovadas as PPS

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/01/2005

    Escrevi nesta coluna que, num de seus discursos, Rui Barbosa, que era dono de um dos mais belos estilos da língua portuguesa, detestava tanto a palavra privada - e tinha ele razão para isso que nunca a usou, segundo afirmou quando discursava. Mas, com a palavra Parceria Público Privada, temos uma organização para estabelecer ou fortalecer a infra-estrutura - palavra também detestável - do país, com vistas ao desenvolvimento, que está atrasado, sobretudo o do Nordeste, sempre abandonado.

  • A real dimensão do Padre Vieira

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 05/01/2005

    Não há como estranhar a repercussão de qualquer trabalho, literário ou não, que seja feito a respeito da vida e da obra do padre AntônioVieira. Mesmo não tendo nascido no Brasil, ele aqui desenvolveu ações tão intensas - e por muitos anos - que se tornou uma das figuras estelares da nossa cultura.

  • Financiamento do cinema

    Diário do Comércio (São Paulo), em 05/01/2005

    Sempre fomos caudatários dos Estados Unidos, a começar pelo decreto número 1 do governo provisório, responsável pela proclamação da República. Obra de Rui Barbosa, denominou o Brasil unitário da época pela denominação adequada na origem dos Estados Unidos. Um erro do grande Rui Barbosa, que desejava para o Brasil um sistema semelhante ao dos Estados Unidos, prova de que o grande homem não conhecia suficientemente o Brasil, para nos comparar com a República do norte.

  • Cidade fantansma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/01/2005

    Semana passada, cheguei ao Galeão, vindo de Roma. Antes, havia enfrentado o Leonardo da Vinci, o aeroporto romano. Fizera escala em Frankfurt e São Paulo. A impressão que tive, ao olhar pela janelinha do MD-11, foi a de chegar a uma cidade fantasma. Nada parecia existir além da imensa estrutura de concreto armado. Nem mesmo uma vila, um aglomerado de casas e vidas.

  • As elites e o poder

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 04/01/2005

    Hoje é a primeira terça-feira do terceiro ano de Lula no poder. O que foi feito, o que não foi feito, o que poderá ainda ser feito, o que com toda a certeza não se fará mais - tudo aparece nos muitos estudos sobre o assunto publicados recentemente em livros, jornais e revistas. Entre as análises de maior profundidade, atente-se para o livro de Cândido Mendes, "Lula entre a impaciência e a esperança".

  • O animal teimoso

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/01/2005

    A recente tragédia na Ásia causou um impacto mundial e, ao mesmo tempo, uma surpresa. O trauma foi terrível e atingiu a todos nós, que mais uma vez ficamos conscientes da fragilidade do nosso mundo e de nossas vidas.

  • A dívida de Marta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 04/01/2005

    Noticiou o Diário do Comércio que Marta Suplicy deixa uma dívida de mais de l bilhão de reais, ferindo, com essa divisa, a Lei de Responsabilidade Fiscal. É grave, portanto, a situação da ex-prefeita, que estava certa, no exercício do cargo, primeiro que venceria a eleição para outro mandato e, segundo, que estava acima de legislação como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que não deve pegar somente os pequenos, prefeitos de cidades sem o peso da capital paulista.

  • Grandes esperanças

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 03/01/2005

    Entre as frases do ano que passou, os resenhistas destacaram uma confissão de Lula: "Não somos tão ruins quanto alguns nos acusam nem tão bons como pensamos que somos" (a frase exata pode não ser essa, mas o sentido é esse mesmo). Boa frase, mas que pode se aplicar não apenas ao governo atual mas a todos os governos passados e futuros. Mais: em escala individual, pode se aplicar a cada um de nós, que nunca somos tão ruins como os outros pensam nem tão bons como julgamos de nós mesmos.

  • Próprio da época

    Diário do Comércio (São Paulo), em 03/01/2005

    Estamos em época de festas. Milhares de compradores invadiram as lojas, principalmente nos shopping centers e na rua 25 de Março, para trocar presentes com os amigos e os darem a crianças, que ainda acreditam em Papai Noel e põem o sapato atrás da porta, como também eu fiz na minha infância já longínqua. Não há, que me conste, um só brasileiro que não esteja em estado de otimismo sobre o Brasil e seu futuro, ao menos por alguns meses de 2005. É a época.

  • Loucura e lucidez

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 02/01/2005

    O lugar-comum e a má informação generalizada colaram em cada ano que se inicia o adjetivo "próspero". Desejam a todos nós e nós desejamos a todos um próspero Ano Novo. Não nos custa nada formular este voto, e nada custa aos outros que nos desejam a mesma prosperidade.

  • As duas gotas de óleo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 02/01/2005

    ÀS VEZES O GUERREIRO DA LUZ TEM A impressão de viver duas vidas ao mesmo tempo. Em uma delas, é obrigado a fazer tudo que não quer, lutar por idéias nas quais não acredita. Mas existe uma outra vida e ele a descobre em seus sonhos, leituras, encontros com gente que pensa como ele.

  • O dilúvio e a pomba

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 01/01/2005

    O ano terminou bem, como se espera das coisas que acabam. Respeito os mortos e feridos pela onda que surgiu das profundezas e devastou ilhas e terras. Se dependesse de mim, não teria havido a tragédia, a do tsunami e as outras que andaram por aí e seguramente vão andar no próximo ano.

  • Ano novo, ano velho

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 31/12/2004

    É sempre o mistério do tempo. Ao ano velho todos ridicularizam. As atenções são concentradas no ano que vem, a adulá-lo com mensagens e gestos que pedem que seja bom e generoso. A justiça nos manda em primeiro lugar agradecer que o ano velho nos tenha preservado a graça da vida. Viver, diziam os latinos, depois a gente confere o resto. E a cada ano que passa, vivemos.