
Solidão cumprida
“A solidão faz a pessoa séria”, observou o grande Machado de Assis.
“A solidão faz a pessoa séria”, observou o grande Machado de Assis.
Meu projeto com os dinossauros foi um grande fracasso, eu sei. Quase me acabei de depressão. Mas vou começar essa história do princípio.
Um dos momentos mais marcantes da história do Globo foi capitaneado por Milton Coelho da Graça, então editor-chefe.
A esquerda brasileira está diante de um paradoxo que pode derrota-la ao promover passeatas como as de ontem, por todo o país, contra o governo Bolsonaro.
O vice-presidente general Mourão foi punido quando, comandante do Leste, se manifestou politicamente.
Estamos vivendo um cabo de guerra entre a anarquia e a hierarquia dentro das Forças Armadas, especialmente no Exército.
A maioria dos juristas que têm se pronunciado sobre o assunto acha que o Congresso não tem condições de convocar o presidente da República à CPI.
Bolsonaro está levando os militares a uma situação limite, como, aliás, fez constantemente enquanto estava na ativa.
Mia Couto, o grande escritor africano, num de seus livros, conta que , quando Ho Chi Minh saiu da prisão e lhe perguntaram como conseguiu escrever versos tão cheios de ternura numa prisão tão desumana, ele respondeu: “Eu desvalorizei as paredes. Essa lição se converteu assim na minha conduta”, explicava.
- Estou aqui pela palavra, disse. Não pelo silêncio.
Hoje de manhã, acordei cantarolando “My fair lady”, não sei o que me deu.
O presidente Bolsonaro, ao que tudo indica, conseguiu convencer os militares de que a política vive de aparências e de promessas vãs, que não precisam ser cumpridas.
Além das mentiras já comprovadas do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que o noticiário em tempo real já explora desde ontem, e os jornais de hoje estão certamente aprofundando, os depoimentos à CPI da Covid até agora estão desvelando a maneira primitiva com que as decisões não são tomadas no governo Bolsonaro.