
Não era de nosso feitio sofrer
Segundo o que escreveu Joaquim Ferreira dos Santos, em “Feliz 1958 — O ano que não deveria terminar”, aquele foi o ano que marcou o início de um novo Brasil que, na minha opinião, assumia o que já era desde muito tempo. “Niemeyer levantou as colunas do Alvorada, o Teatro de Arena levantou o pano e Tom Jobim levantou a tampa do piano”, diz a citação que Ricardo Cota faz, na magnífica biografia de Niomar Moniz Sodré, brasileira danada. “Ao fundo, levantando a voz, JK gritava: pra cima com a viga, moçada”. E a gente continuava a levantar o Brasil.