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Artigos

 
  • Um bom cobrador

    O Globo, em 24/11/2022

    O presidente Bolsonaro demonstrou em diversas oportunidades ser resiliente, recuperando-se de situações políticas embaraçosas, como quando foi obrigado a entregar o Orçamento nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira, para sobreviver a um possível impeachment. Parecia um 'pato manco', mas sua prioridade nunca foi gerir o país, e sim atuar em setores ideológicos específicos, como costumes, religião, armamentos. Dedicou se a esses temas por meio das redes sociais e de suas lives e formou uma base de apoio que se mostrou forte na eleição presidencial.

  • A indústria criativa e o Ministério da Cultura

    Jornal Folha de S. Paulo, em 22/11/2022

    Com muito sentimento, criei no Rio de Janeiro o Coral de Cegos Sidney Marzullo. Iniciativa pioneira no país, teve o apoio institucional do Ciee (Centro de Integração Empresa-Es-cola). Lamentei o quanto pude a inexistência de um Ministério da Cultura para nos suprir de recursos financeiros para pagar a alimentação, o transporte e o maestro responsável. Somente a Fundação Cesgranrio, por intermédio do seu presidente, Carlos Alberto Seipa, foi sensível aos nossos apelos -e financiou as atividades iniciais do coral.

  • Ainda os militares

    O Globo, em 22/11/2022

    Georges Clemenceau, jornalista, médico e político, primeiroministro dafrança na Primeira Guerra Mundial, definiu:

    - A guerra! É uma coisa séria demais para ser deixada por conta dos militares.

  • Volta ao velho normal

    O Globo, em 20/11/2022

    O Brasil precisa voltar à normalidade, e os militares são parte importante desse retorno. Não é aceitável que as aglomerações em frente aos quartéis sejam consideradas normais, ainda mais quando pedem medidas inconstitucionais, como a intervenção militar, para não permitir que o presidente eleito tome posse. São as novas 'vivandeiras alvoroçadas' que incentivavam os militares a ações golpistas.

  • Enfim, o sol

    O Estado de S. Paulo, em 20/11/2022

    O choro incontrolável de Sand Mayara Giacomelli de Mello na biblioteca do Senac Araraquara quando ali entrei. Os 200 alunos de cursos profissionalizantes a me ouvir, eu, filho de modesto ferroviário. E as 500 pessoas que estavam na abertura da Primeira Festa Literária de Araraquara, a Fli Sol, para ouvir Zé Celso e eu foram suficientes para acreditar que vamos enfrentar democraticamente os tempos difíceis do novo governo, diante do ataque permanente dos 'manés fascistas' (obrigado ministro Barroso) derrotados em uma eleição sem fraudes.

  • Ressignificação brasileira

    O Globo, em 20/11/2022

    O “Fantástico” botou no ar uma “entrevista íntima” de Rosângela Silva, nossa nova primeira-dama, feita pela dupla de repórteres Poliana Abritta e Maju Coutinho. A carioca do Leblon e a negra de nossas tradições produziram um documento raro e indispensável da cultura política que torcemos para que esteja nascendo no Brasil, nesta fase alegre e iluminada de nosso país pós-bolsonarista.

     

  • Língua Turca: Ama Uzun!

    comunitàitaliana | novem, em 19/11/2022

    Entrei cedo na escola dos ventos, nas ondas frias e atrevidas. Não sei aonde me vou, se nas águas do Bósforo ou da Guanabara.

    Tecida de onda e vento, a língua de Istambul. Ouço rumores do livro didático: tekneler yavas geçiyor, nos barcos que deslizam vagarosos.

  • Manias de escritores

    Jornal do Commercio (PE), em 18/11/2022

    Lisboa. Seguem mais algumas, nesta breve série. Começando pelos charutos, que tiveram sempre seus devotos. Como Cabrera Infante, Carrol, Chandler, Conan Doyle, Conrad, Dafoe, Dickens, Freud, Hemingway, Lorca, Mallarmé, Mark Twain, Pessoa, Poe, Stefan Zweig, Stevenson, os irmãos Max. O café da manhã de Churchill era charuto e uma taça de champanhe. Cabrera Infante (Tristes tigres) falou dos momentos em que se sentia feliz, 'É quando fumo meu charuto em paz, tranquilo, na escuridão.

  • De volta ao futuro

    O Globo, em 17/11/2022

    A presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na COP27, no Egito, antes mesmo de ele assumir o cargo para o qual foi eleito em outubro, contrasta com a primeira decisão do atual presidente brasileiro, que cancelou a reunião do clima que seria realizada no Brasil em 2019.

  • Goldfajn é boa opção para Lula

    O Globo, em 17/11/2022

    Há assuntos que têm natureza de Estado, não de governos. É o caso da candidatura de Ilan Goldfajn à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Faço a observação na condição de quem foi persistente crítico do atual governo e declarou publicamente voto em Lula na eleição presidencial, em conjunto com muitos outros que não integram a família petista, mas entenderam que ele era a melhor alternativa para superar os desastres da era Bolsonaro.

  • As lágrimas de Lula

    Os Divergentes, em 15/11/2022

    O Padre António Vieira, em Roma, diante da rainha Cristina da Suécia, defendeu que o mundo era mais digno das Lágrimas de Heráclito que do Riso de Demócrito. Argumentava o já idoso jesuíta: 'Quem conhece verdadeiramente o mundo há de chorar; e quem ri, ou não chora, não o conhece.'

  • Equilíbrio social

    O Globo, em 13/11/2022

    Mesmo que Jair Bolsonaro tivesse vencido a eleição, seria inevitável essa negociação com o Congresso para a PEC que permite extrapolar o teto de gastos, porque as promessas dos dois candidatos tinham pesos semelhantes.

  • Segue o jogo

    O Globo, em 10/11/2022

    O mistério, com objetivos políticos, sobre o relatório de técnicos do Ministério da Defesa a respeito das urnas eletrônicas apenas explicita o retrocesso democrático que vivemos nestes últimos quatro anos, que precisa ser estancado. Em tempos normais, os militares não teriam sido chamados para auditá-las, tarefa que sempre foi delegada a universidades e institutos tecnológicos, além de aos próprios partidos políticos, que usavam seus especialistas para atestar a higidez do sistema.

  • Democracia sob ameaça

    O Globo, em 08/11/2022

    A democracia brasileira vive seu mais longo período de existência contínua, de apenas 34 anos, está sob ataque, mas resiste. Para tanto, está sendo preciso utilizar aforça da lei no seu limite, para que os que querem feri-la de morte não encontrem ambiente propício a seus avanços. Nesse período eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que inexiste na maioria dos países e era tido como mais uma das jabuticabas de nossa legislação, mostrou-se essencial para o controle dos antidemocratas que, vencidos nas urnas, tentam ainda tumultuar o país depois do jogo jogado.

  • O que mudou na cabeça do brasileiro?

    O Globo, em 06/11/2022

    De 2002 até hoje, que mudanças fizeram a cabeça do eleitor brasileiro? O cientista político Alberto Carlos de Almeida vai atrás dessa resposta 20 anos depois de ter feito a primeira pesquisa, que resultou no mais amplo levantamento sobre o que move o eleitor brasileiro. O PT sempre venceu o segundo turno por uma vantagem em torno de 60% a 40% contra o PSDB, exceção feita em 2014, quando Dilma venceu o tucano Aécio por três pontos percentuais. Em 2018 os conservadores cresceram, levando Bolsonaro à Presidência da República e agora dividindo o eleitorado, perdendo pela menor margem já registrada em um segundo turno.