Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • A linguagem do verso

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 27/11/2007

    Sabemos que a poesia é a linguagem primeira do homem. Primeira, primária, primeva, primitiva. Nem por outro motivo os primeiros livros religiosos do homem surgiram sob a forma de versículos, isto é, pedaços da linguagem com um sentido completo, ganhando cada palavra que deles, versículos, faz parte, uma concentração de significados e ao mesmo tempo uma clareza de mensagem que a transforma em ensinamentos de como se deve agir e pensar diante de uma realidade conhecida. Tivemos versículos desse tipo tanto na Bíblia como nos livros sagrados da índia, no Kalévala da Finlândia, nos textos morais de Confúcio.

  • "O Aprendiz do Tempo"

    Folha de S. Paulo (SP), em 27/11/2007

    RIO DE JANEIRO - A Nova Fronteira está lançando a nova obra de Ivo Pitanguy, "O Aprendiz do Tempo", histórias vivas e vividas pelo famoso cirurgião plástico, um dos cinco brasileiros conhecidos mundialmente pelo valor com que exercem a profissão.

  • Reflexão da Vida

    Extra (RJ), em 27/11/2007

    Do monge Thomas Merton: “O reino de Deus é o reino do amor. Mas onde não existe a possibilidade de um nível de vida decente, como podemos edificar este reino? Um homem faminto não está em condições de pensar em Deus, a não ser como uma fuga para os seus próprios problemas, e isso não é um ato de fé. Há santos que superaram suas adversidades. Porém, o reino de Deus não se limita aos santos. Temos que cuidar de construir um mundo melhor: nosso desespero diminuirá, nossa vida passará a ter mais sentido, e a convivência com pessoas alegres fará tudo mais fácil para nós mesmos.

  • Mudança na alma

    Extra (RJ), em 26/11/2007

    Trecho de obra do poeta Langston Hughes: “Eu conheço os rios. Eu conheço rios tão antigos como o mundo e bem mais velhos que o fluxo de sangue nas veias humanas. Minha alma é tão profunda como os rios. Eu me banhei no Eufrades, na aurora de nossa civilização. Eu fiz minha cabana na margem do Rio Congo e suas águas me cantaram uma canção de ninar. Eu vi o Nilo e construí as pirâmides. Eu escutei o canto do Mississipi quando Lincoln viajou até Nova Orleans e vi suas águas tornarem-se douradas com a tarde. Minha alma se tornou tão profunda como os rios”.

  • Porque amamos os homens (final)

    Revista O Globo (RJ), em 25/11/2007

    Neste caso, o título da coluna é impróprio. Como no primeiro artigo eu disse que me recusava a escrever sobre as razões pelas quais os homens amam as mulheres (seria considerado um escritor sul-americano machista, que despreza os movimentos de libertação do sexo oposto), uma leitora chamada Julia resolveu fazê-lo por mim. Assim, temos a versão feminina de porque nós amamos as mulheres. Evidente que não concordo com tudo, mas essa é uma tribuna (relativamente) livre. Vamos ler o que Julia tem para nos contar:

  • A legião do diabo

    Folha de S. Paulo (SP), em 25/11/2007

    RIO DE JANEIRO - O financiamento das campanhas eleitorais é o pecado original que a classe política herda ao nascer para a vida pública. Uns mais, outros menos, sob disfarces ou escancaradamente, o cidadão que se habilita a um cargo eletivo, de vereador a presidente da República, de uma forma ou outra se submete ao esquema da corrupção em seus diversos graus e modos.

  • Aqui da minha toca

    O Estado de S. Paulo (SP), em 25/11/2007

    Já escrevi duas vezes aqui a respeito de como acho que está em andamento um golpe a ser dado pela situação, mais especificamente através do uso do apetite imoderado do presidente da República pelos gozos do poder. Para ele, não há diferença entre parlamentarismo, presidencialismo, socialismo, comunismo, fascismo, democracia, caudilhismo, peronismo, fujimorismo, esquerda, direita, nada disso. Não me refiro à sua dele ignorância teórica, pois que esta é tão vasta que ele jamais lhe vislumbrará os limites e corresponde ao porte de sua esperteza, ausência de escrúpulos (praticante de Realpolitik, dirá um dos membros do seu serralho moral), sinceridade duvidosa e apetite por tudo a que tiver direito, inclusive ao que não tem direito ainda, mas certamente quererá, se lhe for oferecido. E, claro, se chamado a dar uma definição dessas palavras aí em cima, seguramente encontrará dificuldades, até porque é assunto que nunca lhe interessou muito, a não ser numa necessidade prática aqui e ali. Não lhe interessam rótulos e ideologias. Interessa o poder.

  • Jardim

    Extra (RJ), em 25/11/2007

    Um grande amigo meu, músico famoso, comprou um apartamento térreo em Ipanema. Transformou o terraço, na parte de trás do apartamento, num jardim. As árvores cresceram e, com isso, as trepadeiras se espalharam. Na reunião do condomínio, disseram que as raízes podiam afetar a estrutura da construção e que as trepadeiras iriam enferrujar a grade divisória. Depois de dois anos de luta, meu amigo foi obrigado a destruir seu jardim e cimentar o terraço. Tempos depois, o síndico comentou com ele: “Na verdade, o problema não era bem o jardim. O que aconteceu foi que os outros moradores se sentiam bastante frustrados porque eles não tinham um igual. Preferem ver uma paisagem cinza da janela a um jardim que não é deles”.

  • Pedro II, monarca republicano

    Jornal do Brasil (RJ), em 24/11/2007

    Não é por acaso que o livro do acadêmico José Murilo de Carvalho sobre D. Pedro II - Ser ou não ser está tendo enorme repercussão, porque lançado num tempo de tanta corrupção, escândalos e mensalões, justamente o contrário daqueles anos do Segundo Reinado.

  • Pesquisa científica: a polêmica

    Zero Hora (RS), em 24/11/2007

    Há uma polêmica em curso e ela está tendo repercussão nacional, com várias pessoas, algumas muito conhecidas, manifestando-se através da mídia. A polêmica é: pode, ou deve, a ciência abrir mão de experiências com animais de laboratório?

  • Os três elefantes

    Extra (RJ), em 23/11/2007

    Uma certa tarde, dois materialistas estavam sentados na beira de uma estrada, quando de repente passa um elefante voando, calmamente. Um dos materialistas não se vira para olhar para o outro porque, é claro, os elefantes não voam. Aquilo não poderia ter acontecido. Cinco minutos depois, passa outro elefante voando. Desta vez, os dois se olham, mas não comentam absolutamente nada. Talvez estejam sendo vítimas de alguma espécie de alucinação coletiva, ou coisa do gênero. Afinal, materialistas só acreditam no que sabem explicar. E aquilo eles não explicavam. Até que passa o terceiro elefante voando. Agora não dá mais para evitar. “Por acaso você viu os elefantes?”, pergunta um. O outro, com medo de parecer ridículo, concorda afirmativamente com a cabeça. “Mas tem uma explicação. O ninho deles é aqui perto”, conta o mais sábio. Pronto. Está explicado. Eles podem continuar sendo materialistas.

  • O povo é mestiço

    Jornal do Commercio (PE), em 23/11/2007

    Grandes autores têm estudado o Brasil, para procurar entendê-lo. Não tem sido fácil. Deve-se lembrar a frase que se tornou livro de sucesso, de Roger Bastide, “O Brasil é um país de contrastes.”

  • Cearense, sim senhor

    Folha de S. Paulo (SP), em 23/11/2007

    ESTIVE em Fortaleza para uma feira de livro. Revivi lembranças do Ceará, principalmente da mocidade, nos Congressos de Escritores e de Poesia, no Grupo Clã e com velhos amigos intelectuais -muitos já se foram.