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Artigos

 
  • Elogio do Inacabado

    O Globo, em 23/04/2012

    Leonardo Boff escreveu um livro denso com a leveza de uma prosa luminescente, minimalista e breve. Em Cristianismo: o mínimo do mínimo, Boff dá mais uma vez provas sobejas do alcance de seu fazer teológico, nos limites de uma cultura da paz e da emancipação. 

  • Políticas da Memória

    O Globo, em 21/03/2012

    A notícia do fim da Enciclopédia Britânica, em formato real, foi recebida pela imprensa com um misto de triunfalismo e saudade. Se, para muitos, o oráculo de Delfos da Wikipédia levou Apolo e Atenas para a fila dos deuses desempregados, para outros teve início a cerimônia de adeus. 

  • Diário de Drácula

    Valor Econômico, em 16/03/2012

    Nesses dois últimos anos houve uma devastadora  epidemia de vampiros, que assolou nosso mercado editorial. Monstros aparentados com Drácula ou com a brigada dos diabos dantescos, sob os raios canônicos da lua e os não menos clássicos e afiados  caninos. Podemos tomar tranquilamente um bom café na companhia do conde romeno e de suas variedades: um sem-número de figuras ambíguas, vagantes, filhas do reino das trevas. 

  • Bárbaros na Grécia

    O Globo, em 22/02/2012

    Há quem julgue insuficiente explicar o mundo que nos cerca, a partir da ideia da modernidade líquida, cujo ponto de vista parece ter cumprido seu destino crítico. As metáforas também envelhecem. Se com as novas  leituras de Marx havíamos  detectado a passagem do estado sólido para o estado líquido, a interpretação das dinâmicas do mercado seria mais legível no estado gasoso.

  • Arte de Naufragar

    O Globo, em 25/01/2012

    A cem anos do naufrágio do Titanic, o Costa Concórdia não chega a ser um texto forte, mas uma nota de pé de página. Um deplorável libreto em preto e branco – sem o drama da metáfora daquela branca montanha de gelo – cheio de lances absurdos, dignos de uma opereta de gosto duvidoso, ou de uma velha história em quadrinhos, definida com repetidos traços maniqueístas. 

  • O vermelho e o negro

    Folha de São Paulo, em 30/12/2011

    Creio ter violentado uma das regras fundamentais do ofício que exerço por equívoco há mais de 60 anos. Equívoco meu e dos outros. Por vontade própria, jamais seria jornalista ou escritor. A soma de circunstâncias desfavoráveis é que me levou a ser o que sou.

  • A Reforma política

    O Globo, em 28/12/2011

    Se é verdade que a sociedade civil é fruto de uma utopia do Iluminismo e, por isso mesmo, habitada pela incompletude e pela incessante revisão de seus princípios, no caso brasileiro as lacunas parecem abismos e reclamam maiores cuidados. O ano termina  com a sofrida renovação das pastas ministeriais,  a criação do PSD e a volta de conhecido representante do Pará ao Senado Federal. 

  • Galeria Alaska

    Folha de São Paulo, em 27/12/2011

    Encontro um amigo por acaso, em Copacabana, havia muito que não nos víamos, começamos a contar o que estávamos fazendo ou o que pretendíamos fazer. Nisso passou por nós um conhecido comum, cumprimentou-nos à distância e se perdeu no turbilhão da Galeria Alaska.

  • O partido no poder

    O Globo, em 25/12/2011

    Um grande diferencial entre os governos Fernando Henrique e Lula, detectado pelo estudo da cientista política Maria Celina D"Araujo, professora do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, está relacionado ao tema partidário.

  • Protegendo as crianças

    O Globo, em 25/12/2011

    Uma vez falei aqui contra a chamada lei da palmada e fiquei com medo de sofrer uma tentativa de linchamento. Falei contra a lei e não a favor da palmada, mas fui amplamente descrito como um primitivo nordestino, defensor da tortura de criancinhas. Então acho que devo esclarecer que apanhei bastante em pequeno e até admito que o muito que há de torto em minha cabeça possa ser ligado a essas tundas, que iam bastante além de palmadas, em detalhes que não me dá gosto lembrar. No meu currículo, arrolam-se chinelos, tamancos, cabos de escovas, palmatórias (não só em casa, mas também na escola da professora Madalena, em Itaparica), cinturões de todos os materiais, beliscões, puxavantes de orelha, um ocasional cachação e aparentados.

  • Noite infeliz

    Folha de São Paulo, em 25/12/2011

    É possível que muita gente tenha recordações do Natal. Não faço exceção à regra. Passei um Natal preso numa cela do Batalhão de Guardas, em São Cristóvão. Lembro de um pôster enorme que o comandante me mandou, um Papai Noel muito gordo e risonho. -o bom velhinho me desejava felicidades e me aconselhava a tomar um refrigerante que detesto.

  • Singapura ou Cingapura? Cont

    O Dia (RJ), em 25/12/2011

    Acerca da grafia dos nomes geográficos, os topônimos, assim se pronuncia Gonçalves Viana, no livro “Ortografia Nacional” (Lisboa, 1904): “A maior parte da antiga nomenclatura que usaram os nossos escritores desde o século XV, e mesmo antes até o princípio do século passado, vai caindo em desuso ou sendo menosprezada, não se tendo na devida  conta que esse vocabulário e as formas genuinamente  portuguesas de nomes próprios de mares, de rios, de terras, de povoações, de quaisquer localidades enfim, fazem parte essencial do léxico nacional, tão essencial como as demais dições da língua pátria. A  maioria, senão todos os compêndios empregados no  ensino geográfico vêm inçados de denominações estrangeiras ou estrangeiradas, malformadas umas, falsas outras,  ilegíveis muitas delas, e não poucas inúteis  por já existirem na língua outras, ou melhor autorizadas  por bons escritores nossos, ou mais conformes com a índole e particularidades de pronúncia do idioma que falamos e sua ortografia tradicional, cujas feições típicas são característico nacional de tamanha  valia como outro qualquer dos que nos diferençam  dos demais povos.”(p.227).

  • Retrato da burocracia

    O Globo, em 24/12/2011

    A cientista política Maria Celina D’Araujo, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-RJ, analisando a composição dos altos cargos públicos no Brasil tendo como foco o perfil político, econômico e social dos ocupantes de cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) níveis 5 e 6, nos governos Fernando Henrique e Lula, chega à conclusão de que, embora a partidarização tenha sido maior no governo Lula, e a conexão entre serviço público, filiação sindical e partidária reflita-se mais intensamente na nomeação dos dirigentes públicos quando o PT está no poder, em ambos os governos “é alta a qualificação técnica e acadêmica dos dirigentes públicos, bem como sua experiência profissional”.

  • Brasil x EUA: afastamento gradual

    O Globo, em 23/12/2011

    Tomando por base a taxa anual de convergência com os Estados Unidos nas votações realizadas na Assembleia Geral da ONU, em mais de seis décadas e 18 mandatos presidenciais, o cientista político Octavio Amorim Neto, da Fundação Getulio Vargas do Rio, apresenta um interessante panorama do processo histórico que moldou nossa política externa, levando-a a um progressivo distanciamento em relação aos Estados Unidos.

  • Mal começa o fundamentalismo americano

    Jornal do Commercio (RJ), em 23/12/2011

    No decorrer deste ano só se reforçaram os perigos da expansão do fundamentalismo americano, em contrapartida às ameaças da radicalidade islâmica, ou do terrorismo, brotado há uma década, com a derrubada das torres de Manhattan. Não o aplacou a execução de Bin Laden, nem a de um dos seus principais lugares-tenentes, entregue, também, ao fuzilamento americano pelo governo do Iêmen, e em troca da conservação do status quo do país.