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Artigos

 
  • Não sabiam de nada

    Folha de S. Paulo, em 12/10/2012

    Leigo e bota leigo nisso em matéria de política e direito, volto a comentar, a meu modo e circunstância, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Sem condições para analisar o mérito de um dos casos mais complicados do nosso tempo, vou limitar-me a algumas considerações praticamente marginais ao processo em si.

  • Queremos medalhas de ouro

    Jornal do Commercio (RJ), em 12/10/2012

    Na série Brasil, Brasis, realizada na Academia Brasileira de Letras, realizei palestra no seminário “O esporte, além do futebol”, coordenado pelo acadêmico Domício Proença Filho.  Trouxe à baila a instigante dúvida sobre a pequena quantidade de medalhas de ouro que trouxemos das Olimpíadas de Londres (somente três).  E de novo perdemos no futebol de campo, que é o nosso esporte mais popular. Dessa vez, fomos vitimados pelo México, que nem é tão forte assim.                                      

  • O pensador de primeira página

    Jornal do Commercio (RJ), em 12/10/2012

    Não temos precedentes de um intelectual e pensador ter ocupado a manchete da primeira página dos principais jornais brasileiros, à ocasião de sua morte. Eric Hobsbawn vai a este impacto, trazendo ao nosso País a mesma repercussão universal nas nações ocidentais. Marca-se, por aí, ao mesmo tempo, um avanço de uma consciência generalizada do mundo contemporâneo quanto à reflexão e ao compreender do nosso tempo. Não é, aliás, outra a qualificação que Horkheimer empresta para o avanço da contemporaneidade no seu entendimento radical, e no que seja este “ser-no-mundo”, em todo o peso da nossa história. Não se conhece arco mais amplo dessa aventura de espírito do que a de Hobsbawn, na consciência do universo após o Renascimento e o “Século das Luzes”, e de seu tempo interior de apreensão. Dos tempos longos aos concentrados, na capacidade única de entender o mais crítico dos conceitos, qual o de revolução, e mantê-la na dialética do reenvio de seus extremos. Hobsbawn manteve a enciclopédia do marxismo, no reenvio exemplar entre a razão e a militância, no empenho de transformação permanente de seu contexto. Jamais abandonou o compromisso partidário, nem a minudência no acompanhar a realidade, e trouxe, inclusive, à sua vivência, a experiência brasileira e, a partir do jazz, todo o cursivo de sua expressão popular.

  • Golpe contra a democracia

    O Globo, em 11/10/2012

    A democracia foi o centro da sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal que formalizou a condenação do núcleo político do PT por corrupção ativa com resultados que não deixam dúvidas da decisão do plenário: apenas dois ministros absolveram o ex-ministro José Dirceu; só um absolveu o ex-presidente do PT José Genoino, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares foi condenado por unanimidade.

  • Livro impresso X livro digital

    Folha Dirigida (RJ), em 11/10/2012

    Com mais de 700 inscrições, o Congresso Rio de Educação, realizado no Hotel Sofitel, em julho, foi um sucesso completo, para alegria do seu inspirador, o professor Victor Notrica, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio (Sinepe). Tive o ensejo de coordenar a primeira das suas mesas, que tratou de um tema atualíssimo: "Do livro de papel ao livro digital: uma reflexão sobre o exercício de leitura."

  • Elogio da Transparência

    Valor Economico,, em 11/10/2012

    Do ponto de vista da energia poética, podemos dizer essencialmente que em nossa língua chegamos a Dante sempre e somente na companhia do próprio Dante. Quem deve pagar a conta dessa redundância é o generoso decassílabo da Divina comédia, que ordena, aperta e fixa o decasílabo de Camões. Mas é um fixar que move, é um apertar que desamarra.

  • Dirceu faz História

    O Globo, em 10/10/2012

    O dia histórico em que o ex-todo-poderoso ministro petista José Dirceu foi condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal foi marcado pelas atitudes de dois ministros, ambas marcantes no transcurso do julgamento. Dirceu entra para a História desta vez pela porta dos fundos, enquanto a ministra Cármen Lúcia diz que não está a julgar o passado de Genoino, também condenado, mas sua atuação nos crimes relatados nos autos.

  • Liberdade de expressão?

    Jornal do Commercio, em 28/09/2012

    Quem não conhece o assunto em profundidade pode ser levado a cometer equívocos de interpretação.  A Academia Brasileira de Letras, como faz há cinco anos, cede seus espaços gratuitamente ao filólogo Adauto Novaes para a  realização de seminários sobre o pensamento.  Dessa vez, o tema era “Arte, sexo e pornografia”, com a conferência do professor Jorge Coli, da Unicamp.

  • Guerra da luz divina

    Jornal do Commercio (PE), em 22/09/2012

    Toda nação deve cultuar seus líderes e os fatos marcantes de sua história, sem o que não cria entre os nacionais o sentimento patriótico. O Livro dos heróis da pátria, de acordo com a Lei 11.597/07, destina-se ao registro perpétuo do nome dos brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com dedicação e heroísmo. A distinção só pode ser concedida no mínimo 50 anos depois da morte do homenageado.

  • Dante e a Justiça

    O Globo, em 19/09/2012

    Participo em Ravenna de um encontro sobre a Divina comédia. Os restos mortais do poeta encontram-se aqui, na basílica de São Francisco, e, a quase setecentos anos de sua morte, sua obra alcançou dimensão planetária, traduzida para as mais impensáveis línguas do mundo. 

  • A ópera do Mercosul

    O Globo, em 22/08/2012

    As declarações descabidas e previsíveis de Federico Franco, presidente ad hoc do Paraguai, lembram as linhas de um frágil libreto de ópera. As personagens são sempre as mesmas, não trazem sinais de novidade, com monótono desfecho, seguido de aplauso protocolar. 

  • Depois do Inferno

    O Globo, em 18/07/2012

    O Instituto Moreira Salles abriu neste fim de semana duas exposições dedicadas ao trabalho memorável de Nise da Silveira. Salta aos olhos a coragem da ”psiquiatra rebelde”, como propõe o itinerário de leitura de Luiz Carlos Mello, sendo impossível não sair de lá emocionado. Não sair arrebatado com as obras realmente fascinantes de Emygdio e Raphael, considerados, por Heloísa Espada e Rodrigo Naves, “dois modernos no Engenho de Dentro”.

  • A Longa Noite Síria

    O Globo, em 20/06/2012

    As notícias da Síria não podiam ser mais dolorosas.  Como se a lógica do pior não tivesse escrúpulos em progredir, alimentada pelo ódio irreversível das facções no auge da guerra civil. Assusta o número de mortos, alguns dos quais com sobrenomes que recordam o das famílias que me abriram suas casas de forma tão generosa naquele país.

  • A cidade dos vivos

    O Globo, em 23/05/2012

    Enquanto a presidente Dilma Rousseff anunciava em Brasília a mais que esperada Comissão da Verdade, um velho sobrado, na rua do Lavradio, desabava de modo irreversível. Segundo as estimativas do Crea,  uma centena de prédios antigos corre o mesmo risco de naufragar nas ondas do descaso. 

  • Universidade Democrática

    O Globo, em 25/04/2012

    O Ministério da Educação abre uma janela para a universidade brasileira, ao estender para a graduação a modalidade de estudos no exterior, a conhecida bolsa-sanduíche.