Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • O debate da Rocinha

    O Globo, em 16/11/2011

    A coluna de ontem sobre os próximos passos necessários para a consolidação da retomada, pelo poder público, dos territórios anteriormente ocupados pelo tráfico de drogas - que com a tomada da Rocinha ganhou ainda mais relevância - levou a que vários leitores enviassem seus comentários. Selecionei dois, um tratando de aspectos da formalização das atividades econômicas naquelas comunidades, e outro sobre um aspecto colateral interessante, a representação política de localidades como a Rocinha, com cerca de cem mil habitantes, incrustada na Zona Sul do Rio.

  • O gato e o rato

    Folha de São Paulo, em 15/11/2011

    Detalhes à parte, a operação policial-militar da Rocinha, no último domingo, foi positiva, mas não decisiva. Afinal, a questão do tráfico tornou-se uma guerrilha, uma luta por território, na qual o Estado é desafiado todos os dias pelo poder paralelo.

  • UPP social

    O Globo, em 15/11/2011

    A Qualidade das operações policiais de ocupação das favelas cariocas para a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) tem melhorado a cada nova ação, e a retomada da Rocinha agregou ao respeito aos direitos humanos um fator fundamental para o seu sucesso: o serviço de inteligência que possibilitou a prisão da cúpula do tráfico no morro, especialmente o chefe das operações, o traficante Nem.

  • Para além da ideologia ecológica

    Jornal do Commercio (RJ), em 14/11/2011

    Vem de se realizar, em Postdam, conferência sobre a dimensão ecológica das novas exigências da modernidade, diante da consciência emergente da preservação da natureza. O campo de provas concentrou-se, necessariamente, nas múltiplas pesquisas na Amazônia, sob nítida liderança alemã. Qual o sentido, por exemplo, da intocabilidade das reservas indígenas numa mitologia da conservação ambiental, diante do bem-estar dos próprios silvícolas? Qual o nível real de informação sobre os limites de ocupação da terra perante o denuncismo ecológico? Há que avaliar o avanço histórico entre o preservacionismo e os imperativos da mudança para a qualidade de vida das populações locais, atingidas por uma estrutura disfuncional de produção, como a do regime colonial, até os meados do século passado.

  • Nós compreendemos

    O Globo, em 13/11/2011

    Tive políticos próximos na família. Hoje em dia, para muitos brasileiros, dizer isso é pior do que se confessar descendente direto e admirador dos vendilhões expulsos do templo por Jesus Cristo. Mas acho que meu caso não é típico. Meu pai, que foi deputado estadual em Sergipe e vereador em Salvador, além de diversas vezes titular de secretarias estaduais ou municipais, tinha vocação de político, mas lhe faltava o talento para isso. Apesar de muito culto e bom orador, jejuava na arte e na matreirice necessárias ao político. E morreu depois de penar durante anos a construção de sua única casa, deixando somente a dita casa e uma pensão para a viúva. Portanto, não deve ter roubado e estou convicto disso, embora não possa dizer que ele tenha sido cem por cento infenso a mordomias, porque me lembro da gente passeando de carro oficial em Aracaju – e de nada mais, nesse departamento.

  • Em defesa do sistema ortográfico

    O Dia (RJ), em 13/11/2011

    A leitura das reflexões de Fernando Pessoa transcritas no artigo anterior marca bem as características da ortografia quanto à sua natureza cultural e à social. Pelo aspecto cultural, podemos grafar as palavras segundo nossa vontade ou prazer estético, ou ainda anseios expressivos. Essa liberdade não se limita à ortografia; estende-se a todo o material do idioma: a pontuação, ao uso de maiúsculas e minúsculas, à formação de palavras, ao vocabulário, à sintaxe.

  • Nem Nem nem ninguém

    Folha de São Paulo, em 13/11/2011

    Como sempre, a mídia fez o habitual espetáculo com a prisão do bandido Nem, considerado oficialmente o "capo" do tráfico na cidade -principalmente em alguns pontos tradicionais, como o da Rocinha, favela estratégica que divide topograficamente a zona sul (Leblon, Gávea, Ipanema) da mais profunda Barra da Tijuca, com seus condomínios emergentes e atalhos que abrem o caminho para São Paulo e para resto do Brasil.

  • Brasil no G-6

    O Globo, em 12/11/2011

    Ao mesmo tempo que somos afetados pela crise internacional que se agrava a cada dia, ameaçando reduzir nosso crescimento a níveis medíocres, somos beneficiários dela e da transformação do quadro de relações de poder e de interesses globalizados num mundo multicêntrico que a duras penas vai abrindo caminho para os países emergentes que têm sua melhor expressão nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e a recém-chegada África do Sul, o S de South Africa), acrônimo criado por um banco de investimento para facilitar a compreensão das transformações que ocorriam no mundo e que se tornou quase que uma instituição de vida própria. Mesmo crescendo  apenas 3% ao ano, o PIB brasileiro aumentará mais que o dos países europeus e o dos Estados Unidos nos próximos anos, o que colocará o país no G-6 da economia mundial, à frente da França e da Inglaterra.

  • Um dia especial

    O Globo, em 11/11/2011

    Ontem foi um dia especial para o Estado do Rio, e não apenas porque estava lindo, um daqueles dias de luz, festa do sol, da canção de bossa-nova que nós cariocas gostamos de afirmar que só mesmo uma cidade como o Rio pode proporcionar. Havia razões concretas, palpáveis, para transformar o dia em especial, e não apenas vantagens intangíveis.

  • Uma surpresa em Campinas

    Jornal do Commercio (RJ), em 11/11/2011

    Foi uma agradável surpresa a visita feita à cidade de Campinas (SP), para falar na Academia de Letras local, com um tema que me é extremamente familiar: a escritora Rachel de Queiroz, conferência, proposta pelo presidente Agostinho Tavolaro, foi desenvolvida para os acadêmicos campinenses, presentes em sua grande maioria, e um público que não arredou pé, apesar da ameaça de temporal. Foi uma noite extremamente agradável.

  • A vaca

    Folha de São Paulo, em 11/11/2011

    Leitora indignada envia um e-mail contando que, com uma crise na região lombar, foi procurar um médico que lhe indicaram.

  • Caça aos talentos

    O Globo, em 11/11/2011

    Como era esperado, o polo de Resende, que abrange os municípios de Itatiaia e Porto Real, está bombando. Cresce a procura por uma riqueza tão importante quanto o pré-sal: recursos humanos qualificados. Como as nossas escolas, lamentavelmente, não estão dando conta do recado, as indústrias automotivas, têxteis, siderúrgicas e de cosméticos, entre outras, recorrem ao que é mais natural, nessas horas: mão de obra estrangeira.

  • O abuso das algemas

    Folha de São Paulo, em 10/11/2011

    Não acompanhei o caso da morte de Michael Jackson em seus detalhes, tampouco me emocionei com o resultado do julgamento do médico Conrad Murray na última segunda-feira.

  • Sintonizado

    O Globo, em 10/11/2011

    O ministro Luiz Fux, que foi o voto decisivo para impedir que a Lei da Ficha Limpa entrasse em vigor já na eleição do ano passado, frustrando o anseio majoritário da sociedade, ontem, como relator de processos relacionados a sua aplicação, mostrou-se claramente preocupado em estar sintonizado com a opinião pública.

  • Um Brasil desconhecido

    Jornal do Commercio (RJ), em 10/11/2011

    Conheci, a convite do Clube da Aeronáutica, e na companhia de inúmeros pesquisadores do grupo do "pensamento brasileiro", o que, como a maioria dos cidadãos, eu ignorava. O trabalho anônimo, perseverante, heroico, das Forças Armadas na defesa das fronteiras geográficas e do espaço aéreo nacional. E mais, os centros de controle do gerenciamento do tráfego dos aviões. E foi para todos uma experiência nova, a descoberta desse Brasil diferente, escondido, desafiador, solitário e injustiçado, onde o esforço de nossos militares mal chega ao conhecimento do povo, na política demagógica de alguns que tentam solapá-los. E isso começou, entre nós, na lúcida análise de Vera Lúcia Borges, em seu livro A batalha eleitoral de 1910, a partir da luta civilista de Rui Barbosa (que perdeu a eleição à presidência), contra o Marechal Hermes da Fonseca. Na época escreveu o escritor Carlos de Laet, contra o que chamou de" candidato pseudo civilista": "Francamente, porém, mais espero do soldado honesto e sincero que da velha raposa, ultra-preparada para os assaltos ao galinheiro político, e que no dizer do seu próprio panegirista, sr. Medeiros de Albuquerque, costuma ter por ano trezentas e sessenta e cinco opiniões, todas retoricamente fundamentadas(...)". Sem entrar no barco das paixões eleitorais, sim, foi com a visão de soldados honestos, íntegros e sinceros, dedicados ao dever, na obediência à hierarquia, longe do raposismo político que permeia abominável corrupção, que reativei em mim, o sentimento de pátria, tão relegado, como coisa ancestral, quando é o princípio de nacionalidade.