A guerra de Carajás
As minas de ferro de Carajás determinaram uma guerra entre o Pará e Maranhão.
As minas de ferro de Carajás determinaram uma guerra entre o Pará e Maranhão.
A reorganização partidária que já está em curso, com a fusão de algumas legendas devido às cláusulas de barreira introduzidas nas recentes eleições gerais, deve ser acelerada este ano, até seis meses antes das eleições municipais, prazo permitido pela legislação eleitoral para mudanças dos candidatos.
Primeiros dia pós Natal e Ano Novo. Ruas vazias, silenciosas. O que é estranho nesta cidade.
O novo ano começa como os últimos, com esperanças de que o país recupere sua capacidade de crescimento econômico.
Antes de viajar para passar fora o réveillon, e de decidir retornar a Brasília, o presidente Bolsonaro fez uma avaliação do seu primeiro ano de governo, anunciando, orgulhoso: “estamos terminando 2019 sem qualquer denúncia de corrupção”. Devido talvez à perda momentânea de memória por causa do tombo no banheiro, ele teve uma crise de amnésia ao fazer essa afirmação.
A lei anticrime sancionada pelo presidente Bolsonaro traz avanços importantes no combate ao crime organizado, com reflexos na segurança pública, não sendo estranho, portanto, que o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro tenha decidido dar mais ênfase a essa missão de seu ministério.
Ainda teremos muita discussão até a implantação do juiz de garantias, que vai dividir os processos criminais com um juiz de julgamento. Afinal, o diabo está nos detalhes, e é disso que tratam os membros do grupo de trabalho do Conselho Nacional de Justiça, reunidos pelo presidente Dias Toffoli para regulamentar a medida.
O Ano Novo pode marcar uma data histórica para o futuro e o progresso do Maranhão.
Foi a mais grave derrota do ministro Sérgio Moro, mas foi mais que isso. Foi a confirmação de que a luta contra a corrupção nunca foi um objetivo do presidente Bolsonaro, apenas uma desfaçatez eleitoreira que não resistiu a um ano de investigações sobre sua família.
As surpresas natalinas que Bolsonaro deu aos brasileiros, ao assinar indulto que, por vias tortuosas, coloca em vigor o excludente de ilicitude para os agentes de segurança, que fora barrado pelo Congresso, e também permitir a instalação do juiz de garantias que o ministro Sergio Moro havia pedido que vetasse...
O ano de 2019 semeou não pequenas surpresas. Diria ter sido aquela montanha russa do antigo parque de diversões.
Há 31 anos, às vésperas do Natal de 1988 — exatamente às 18h45m do dia 22 de dezembro —, o Brasil perdia um dos mais importantes personagens de sua História moderna: Chico Mendes, o líder seringueiro que mobilizou o país e o mundo para a defesa da Floresta Amazônica.
O presidente Jair Bolsonaro vai montando seu quebra-cabeças com vista à reeleição presidencial nas respostas sobre as indicações que poderá fazer para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Natal é hora de cultivar afetos e reconectar com amigos — mesmo meio afastados ultimamente, num país com os nervos à flor da pele, a multiplicar mensagens azedas e atitudes irascíveis. Na área da cultura, então, a julgar pelas nomeações recentes e delirantes manifestações dos nomeados, tudo indica que há um projeto político de terra arrasada contra intelectuais e artistas de todo tipo.
Estou me despedindo de 2019. Talvez ele não tenha culpa de nada do que me tenha acontecido, mas foi durante seu reinado que aconteceu. No plano geral e no close, um ano sombrio em minha vida. No público e no privado.