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Artigos

 
  • O papel dos partidos

    O Globo, em 24/08/2014

    Com o retorno da ex-senadora Marina Silva ao proscênio da vida política brasileira na disputa pela presidência da República, está em debate a importância dos partidos na democracia representativa. Marina, em reunião com aliados no primeiro dia de candidata, insistiu no descrédito do que chama de “velha política” junto à opinião pública e ressaltou que a aliança que importa neste momento da campanha é com a sociedade, não com os partidos.

  • Não vai ter eleição?

    O Globo, em 23/08/2014

    Diz-se em política que somente dois fatos são importantes: o fato novo e o fato consumado. O fato consumado da morte trágica do ex-governador Eduardo Campos produziu o fato novo da candidatura de Marina Silva, que mudou a eleição presidencial. Agora, outro fato novo pode interferir nas eleições de outubro. Atribui-se ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, a ameaça de que se abrir a boca, “não vai ter eleição”. Seria uma maneira de mandar um recado para seus muitos amigos políticos para que o tratassem bem, e à sua família.

  • A paz necessária

    Jornal do Commercio (RJ), em 22/08/2014

    Conheço o Estado de Israel de muitas visitas realizadas, a partir da primeira no ano de 1967.  Acompanhei de perto as atividades do Instituto Weizmann de Ciências, um dos grandes orgulhos da nação judaica.  Os seus feitos, em vários campos do conhecimento, servem de referência para a indústria internacional do conhecimento.  Diz-se até que a Jordânia, em termos reservados, é cliente do IWC sobretudo na compra de instrumentos de precisão.

  • Polarizações

    O Globo, em 22/08/2014

    Esta sem dúvida será uma eleição diferente das demais. Estamos vendo se configurarem duas polarizações, uma, a tradicional, entre PT e PSDB. Outra, uma novidade, entre a autointitulada "nova política" e a política tradicional, que se esboçou em 2010 mas chega madura à eleição deste ano, com a mesma protagonista, Marina Silva, disputando espaço prioritariamente com o mesmo partido, o PSDB, para enfrentar o PT, de onde veio e que está no governo há doze anos, sendo que praticamente oito deles tendo em Marina uma de suas estrelas.   É de se notar que as polarizações se colocam entre partidos, mas não no caso de Marina, uma liderança individualista que tanto faz estar no Partido Verde, como em 2010, ou no PSB agora, sempre terá que ocupar todo espaço de comando, como se já estivesse na sua própria Rede, criada a sua imagem e semelhança, até mesmo na incapacidade de organização demonstrada ao não obter o registro a tempo e hora de disputar a eleição presidencial, o que só conseguiu graças à "providência divina".   

  • Presença e não herança de Eduardo

    Jornal do Commercio (RJ), em 22/08/2014

    Marina não é a herdeira natural de Campos, nem a sua sucessora lógica. Surge numa sequência eleitoral e, mesmo, contundente, mas não programática, no horizonte aberto pelo candidato do PSB. O poder de votos da ex-senadora não exprime uma visão de mudança, mas revide ao cansaço da permanência inédita, em nossa história, de um partido no poder pelo voto por 12 anos. Disso se dá conta, desde já, o Planalto, num empenho de recambiar ao partido-máter tantos filopetistas, na militância próxima e hesitante do PSB. A crise desencadeada pela morte de Eduardo forçaria o retorno à opção fundadora, não obstante o desgaste do partido de Lula, nesta inevitável usura pelo poder.

  • Rede na cabeça

    O Globo, em 21/08/2014

    Marina Silva está acreditando que já é um fenômeno eleitoral e dispensa apoios de indesejáveis. Segue assim o caminho que Eduardo Campos decidira trilhar, só que ele escolheu a dedo os seus indesejáveis: Renan Calheiros, José Sarney, Fernando Collor. Marina adicionou à lista o PSDB e o PT, firmando assim uma imagem de terceira via pela confrontação, e não pela negociação.   Se abre mão antecipadamente do PMDB - que Campos queria colocar na oposição a seu governo - mas também PT e PSDB, com quem Marina irá governar? A decisão de Marina Silva de recusar o apoio do PSDB de São Paulo mesmo com a aliança feita pelo PSB sob comando de Eduardo Campos, mostra bem o rumo que sua candidatura tomará.   Se anteriormente não faria muita diferença que ela não aparecesse em comícios ou reuniões da coligação pois Campos apareceria, agora sua ausência é uma afronta política a um governador que deve se eleger no primeiro turno no maior colégio eleitoral do país. E a recusa a apoiar Lindbergh Farias do PT no Rio fecha a porta também ao partido que está no governo, marcando uma posição firme de alternativa "a tudo o que está aí".

  • Voto útil

    O Globo, em 20/08/2014

    A pesquisa eleitoral com a presença de Marina Silva suscita discussão interessante sobre o voto útil. A perspectiva de que a presidente Dilma seja derrotada no segundo turno, possibilidade que já se observava em várias pesquisas anteriores, que chegaram a dar a Aécio Neves, do PSDB, um empate técnico com ela e registravam um crescimento potencializado de Eduardo Campos, abre caminho não apenas para o movimento “volta Lula”, que parece inócuo a essa altura da campanha, como mesmo para um realinhamento de apoios na base aliada.

  • Foi dada a largada

    O Globo, em 19/08/2014

    A presidente Dilma dormiu um dia com a possibilidade de vencer a eleição no primeiro turno, ou sendo a favorita para o segundo, e acordou ontem com o segundo turno praticamente selado e a possibilidade de perdê-lo para Marina Silva, que não estava no páreo e transformou-se do dia para a noite na favorita da eleição presidencial.

  • Sugestões cívicas

    Folha de S. Paulo (RJ), em 19/08/2014

    E quando não há onda contra ninguém ou nada, inventam onda contra o hino nacional. Há tempos, já houve até comissão para apurar irregularidades no pátrio hino. Mestre Vila e outros mestres debruçaram-se sobre o corpo de delito, pesquisaram a honestidade das colcheias, a colocação das fusas e as relações públicas das semifusas. Depois da parte musical investigaram a letra. Ai o negócio complicou cismaram com o "deitado eternamente em berço esplêndido". Uns queriam tirar o "deitado", desejavam o Brasil em pé. Outros aceitavam o "deitado", mas implicavam com o "eternamente".

  • Sinais

    Folha de S. Paulo (RJ), em 17/08/2014

    "Caio verticalmente e me transformo em notícia." Foi assim que o poeta Carlos Drummond de Andrade terminou o poema "Morte no Avião", publicado no livro "A Rosa do Povo", em 1945. Ele viajava pouco, foi uma vez à Argentina para visitar a filha Julieta e os netos, evitava os aviões, mas, como todos os mineiros, gostava de trens e aceitava carros.

  • O novo grid

    O Globo, em 17/08/2014

    A corrida está apenas começando, o que mudou foi o grid de largada. Com essa imagem, um assessor do tucano Aécio Neves define o ambiente no PSDB a partir da nova realidade eleitoral que presumivelmente surgirá das próximas pesquisas, fortemente influenciadas pela comoção provocada pela morte do candidato do PSB à presidência da República Eduardo Campos.

  • A peculiaridade da autonomia da Fapesp

    O Estado de S. Paulo, em 17/08/2014

    Nesta semana, como uma prática regular, hoje contemplada pela Constituição paulista, irei, na condição de presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, à Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa para a prestação anual de contas do trabalho realizado pela Fapesp. Pretendo destacar como os resultados da atuação da instituição têm a sua base nos instrumentos legais que regem a sua governança, para as quais o Legislativo deu constitutiva colaboração em fecunda interação com o Executivo e a comunidade acadêmica.

  • Não desistam do Brasil

    O Globo, em 16/08/2014

    Quando um acidente fatal acontece instala-se um sentimento de absurdo. Aconteceu como poderia não ter acontecido. E, entre essas duas possibilidades, seja para uma família ou para um país, cava-se um abismo. A vida que poderia ter sido e a que, doravante, será. E, contra todas as expectativas, um aprendizado: o acaso tem sempre a ultima palavra.

  • O testamento de Campos

    O Globo, em 16/08/2014

    A oficialização da candidatura de Marina Silva à presidência da República pelo PSB está sendo encaminhada sem grandes turbulências, embora aqui e ali surjam boatos que ainda tentam inviabilizar a escolha, que tem praticamente a unanimidade não apenas nos partidos aliados como também na família de Eduardo Campos, empenhada em reafirmar seu legado durante a campanha eleitoral.

  • O que há de errado em nossa educação

    Correio Braziliense, em 16/08/2014

    Com muito prazer, fui convidado pela diretoria da Gol Mobile para participar do 12º Festival Literário de Paraty, a famosa Flip. Tinha por obrigação falar na Casa Libre (Liga Brasileira de Editores) sobre educação e cultura, para uma plateia entusiasmada.