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Artigos

 
  • Melhor não adoecer

    O Estado de São Paulo, em 18/12/2011

    Acho que, como eu, pelo menos alguns de vocês às vezes resolvem, embora saibam que não dará certo, não ler mais jornais, nem querer saber de noticiários. É tanta desgraça acontecendo, tanta catástrofe, tanta monstruosidade, tanta gente sofrendo adversidades tão medonhas que ou desviamos os olhos e o pensamento, ou perdemos de vez a fé na humanidade e até mesmo qualquer esperança no futuro. Mas não adianta. Jornal e noticiário são vício e necessidade, no meu caso redobrados, porque me enfiaram numa redação de jornal aos dezessete anos e, de certa forma, jamais saí dela inteiramente.

  • Singapura ou Cingapura?

    O Dia (RJ), em 18/12/2011

    Recebemos de um leitor desta coluna que atua na imprensa carioca a seguinte pergunta: “Como o novo Acordo resolveu a grafia do nome da República da Ásia meridional, integrante da Comunidade britânica: Singapura ou Cingapura?”

  • Pressão política

    O Globo, em 17/12/2011

    O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, fez bem de usar a prerrogativa do voto de Minerva para desempatar a decisão a favor da posse de Jader Barbalho no Senado, mesmo que a consequência seja ruim para o já baixo nível de qualidade política do Congresso.

  • Os vazios da Educação Média

    Jornal do Commercio (RJ), em 16/12/2011

    A briga pelo aperfeiçoamento da educação brasileira não se limita mais a meia dúzia de abnegados.  Hoje, há o generalizado convencimento de que é preciso mudar – e para muito melhor.  Os discursos não são originais e esperar por milagres improváveis é deixar o sistema caminhar para um nó  inexorável.  Quem ganharia com isso?Alunos dispostos como se estivessem num ônibus lotado; aulas expositivas ao estilo “magister dixit” dos velhos tempos, com gosto dos tradicionais trivium e quadrivium  da educação clássica – eis o quadro encontradiço na grande maioria das escolas brasileiras de ensino médio. Modernidade? Só naquelas que, a duras penas, conseguiram a doação de computadores solitários.

  • O pensador do Rio

    O Globo, em 15/12/2011

    André Urani faz parte de uma geração de economistas "cariocas" que começou a se debruçar sobre os caminhos e descaminhos da sua própria terra. Exemplo dessa dedicação é a coletânea "Rio de Janeiro: A hora da virada", de Urani (nascido na Itália e criado em São Paulo) e Fabio Giambiagi (filho de argentinos, criado lá), cariocas por opção.

  • Torre de Babel

    Folha de São Paulo, em 13/12/2011

    Dias desses, desci do meu escritório, no largo do Machado, ia direto para a garagem pegar o carro, mas me deu vontade de tomar um sorvete na carrocinha bem em frente ao prédio onde era antigamente o cinema São Luís.

  • A alma da Cabala

    Correio Braziliense, em 12/12/2011

    No nível filosófico, a Cabala, escrita originalmente em aramaico, procura explicar a relação entre Deus e a criação, a existência do bem e do mal, e mostrar o caminho da perfeição espiritual. Movimento de início aristocrático, tornou-se depois religioso e popular no século 16, passando a atrair multidões, até chegar ao chassidismo.

  • Gandhi e Confúcio

    O Globo, em 11/12/2011

    A Prefeitura do Rio de Janeiro está desenvolvendo um trabalho de complementação do Bolsa Família, sob a coordenação do economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, que mostra como um programa assistencial pode ter, ao mesmo tempo, função educacional relevante, preparando uma futura geração para dias melhores de inclusão social.

  • Bem-feitos e malfeitos

    Folha de São Paulo, em 11/12/2011

    Em crônica anterior, comentei o esforço de Dilma em anunciar programas quase todos os dias, embora seu tempo mais precioso esteja comprometido com as faxinas internas, que colocam seu governo numa espécie de marca do pênalti. De uma hora para outra, pode surgir um malfeito que escape da faxina, e aí, sim, teremos uma crise tamanho família.

  • Perigo de vida ou perigo de morte?

    O Dia (RJ), em 11/12/2011

    Mais complexa, porém não menos interessante, é a explicação para entendermos a infundada rejeição que modernamente se tem feito entre brasileiros à tradicional advertência‘ perigo de vida’, que se quer desbancada pela expressão ‘perigo de morte’, também correta, ouvida e lida vitoriosa na mídia. 

  • Abaixo Chapeuzinho

    O Globo, em 11/12/2011

    Como temos visto, parece estar na moda o Estado se meter cada vez mais na vida privada dos cidadãos. Na convicção de que existem, universalmente, comportamentos "certos" ou "corretos", tecnocratas fazem tudo para impingir-nos essa correção. É comum que sejam alegadas bases "científicas" para definições do normal e do desejável, com frequência misturando-se asininamente a neutralidade da ciência com valores que não têm, nem pretendem ter, fundamento científico, mas cultural, filosófico ou religioso. Acaba-se gerando - e suspeito que isso se vem intensificando - a expectativa de que todos assumam diante da vida a mesma atitude "normal" ou "sadia" e ajam sempre de acordo com ela. Se alguém não se encaixa nessa fôrma, não só padecerá de culpa e estresse, convencido de que, de alguma maneira, é um réprobo anormal ou doente, como, em atos cada vez mais numerosos, o Estado força o cidadão a proteger-se do que é oficialmente considerado danoso ou inapropriado, cerceando-lhe, "no seu próprio interesse", a liberdade. O Estado sabe o que é bom para nós e não temos o direito de contestá-lo.

  • Universos paralelos

    O Globo, em 10/12/2011

    O distanciamento entre o que querem e pensam a sociedade e os políticos é um fenômeno da nossa pós-modernidade que surge a cada momento em diversas partes do mundo. Agora mesmo, temos exemplos desse divórcio tanto no plano nacional, com o caso do (ainda) ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, quanto no internacional, com as dificuldades que estão surgindo na reunião de Durban sobre meio ambiente.

  • O sequestro da memória

    O Globo, em 30/11/2011

    Na semana da incontornável, e de há muito esperada, cerimônia do início da Comissão da Verdade, o silêncio a Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, foi a nota dissonante do evento, para que se "evitasse constrangimento" aos comandantes militares ali presentes.