Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Lula vai a Davos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/01/2005

    Nos círculos empresariais, nos financeiros, nos bursateis, em suma, nos círculos econômicos, todos eles, Davos, a aprazível estação de ski da Suíça, sobressaiu no mundo como o centro por excelência do capitalismo realizador ou, simplesmente, como o capitalismo. A reunião de grandes magnatas, da imprensa especializada, dos observadores internacionais para as grandes empresas se reúnem em Davos e dali partem, depois de vários dias de encontros, com as diretrizes que o capitalismo vai seguir.

  • União Européia

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 13/01/2005

    Tomou posse, em novembro, na Presidência da União Européia, órgão executivo do bloco europeu, o ex-primeiro ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso, que assume as relevantes funções no instante em que estão sendo escritos os futuros capítulos da nova história e desenhados os mapas da geografia política e econômica do Século XXI, com grandes desafios, mas igualmente com imensas esperanças.

  • Converter os convertidos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/01/2005

    Continuo achando sem sentido a campanha que está sendo feita aqui no Rio contra a violência, baseada numa palavra de ordem: "Basta" -no momento, não sei se colocaram um ponto de exclamação, mas, com exclamação ou sem ela, a cruzada deve ser louvada pela boa intenção, não por sua eficácia.

  • Onde estão os homens bons?

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/01/2005

    Quem conhece e já consultou os documentos interessantes da história do município, tem familiaridade com a terminologia de épocas passadas. Uma delas é a terminologia do funcionamento da Câmara Municipal, a mais antiga instituição da representação popular em nosso país. As Câmaras foram logo depois do descobrimento instituídas nas fundações que iriam sendo preparadas para o povo estar preparado, a fim de ter a quem recorrer quando seus interesses foram esquecidos ou fraudados.

  • José Paulo, nesta epifania

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 12/01/2005

    A semana da epifania é a melhor moldura para a lembrança de José Paulo Moreira da Fonseca, falecido em começo de dezembro, deixando-nos a imagem plenária, na nossa geração, de uma vida do espírito chegada quase que à bem-aventurança. Não temos conjugação melhor do poeta e do pintor, numa incomparável conviviabilidade de perfil. Perpassa a obra, plástica e literária, o recado desta vigília de todos os amigos, reunidos na missa de 7º dia, no barroco de todos os mármores da Igreja de Santo Inácio. Vamos guardar esta presença leve, de scherzo, deste dom da comunicação, em que o reenvio entre o verso e a tela era a fórmula natural de um celebrar, da composição sempre luminosa de seu verso - traço, começado pela ''Elegia Diurna'' - ou das fachadas em que transformou em ícones o casario carioca.

  • Cervantes, O criador do romance

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 12/01/2005

    Há 400 anos Portugal e Brasil pertenciam à Espanha. Com a morte de D. Sebastião em Alcacer-Kibir e a subida do cardeal D. Henrique ao trono de Portugal, um dos herdeiros passou a ser Felipe II de Espanha, que, afastando outro herdeiro - D. Antonio, do Crato -, passa a ser o soberano de Espanha, Portugal, Brasil e toda a América Latina. Nessa época, em janeiro de 1605, sai em Madri o livro de Dom Miguel de Cervantes Saavedra, Don Quijote de la Mancha.

  • O tempo dos fármacos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/01/2005

    Fiquei alarmado quando perguntaram a meu pai se ele era rico ou pobre. O pai respondeu: "Sou remediado". Achei que ele estava mentindo, pois nunca o vira tomar qualquer remédio. Quando tinha dor de cabeça, botava na testa rodelas de batata molhadas em vinagre, amarrava-as com um lenço de seda, ficava parecido com um condenado à cadeira elétrica, cheio de eletrodos mortais.

  • São do Ramo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 12/01/2005

    Durante numerosos governos, creio que depois de 30, o Ministério da Agricultura era um lugar de despejo de apaniguados de políticos. Era regra que o Ministério não fazia nada pela agricultura, quanto mais não fosse para justificar o nome. Mas não ia além de uma denominação, que não atuava pela agricultura, e seus funcionários, protegidos de políticos com interesses eleitorais permanentes, contentavam-se em receber o salário no fim do mês, geralmente depositado em banco para facilitar o recebimento.

  • Sexo e morte em romance

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 11/01/2005

    Um dos maiores romancistas vivos do Brasil permanece desconhecido em Mato Grosso, com pelo menos seis romances inéditos guardados na gaveta. É o caso de Ricardo Guilherme Dicke. No fim do século passado (em 1999, exatamente), teve Dicke publicado, em Cuiabá, seu romance "O salário dos poetas", ríspida cavalgada em que tudo acontece, inclusive a bala de prata que mata os déspotas, com um dos personagens sendo coveiro e proclamando que nada existe além da "morte, morte, morte, simplesmente morte, será que existe algo mais?".

  • O grande culpado

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/01/2005

    Volta e meia me perguntam por que o Brasil não dá certo. Políticos, sociólogos, historiadores, economistas, filatelistas e columbófilos divergem nas causas, mas reconhecem os efeitos. Na realidade, tirante os otimistas e deslumbrados, todos admitem que, apesar de nossos avanços, de nosso progresso com ou sem ordem, alguma coisa atrapalha o Brasil.

  • O anjo da morte

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/01/2005

    O anjo da morte voejou nos últimos dias, ferindo-me, com seu bico, a minha sensibilidade. Morreu minha mulher. Foram quarenta anos de vida comum, sem um só atrito, como ocorre com freqüência entre casados depois de algum tempo prolongado. Levou uma das mais queridas amigas, a verdadeira amiga Dulce Simonsen. Desta guardamos a saudade dos fins de semana em sua fazenda no vizinho Jundiaí. Foram tempos inesquecíveis, fidalguia dos anfitriões e pela beleza da propriedade.

  • Nem tudo está perdido

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 10/01/2005

    Um dos nossos orgulhos é manter com o ex-ministro Ernane Galvêas uma boa relação de amizade. Embora ele seja predominantemente economista, com brilhante passagem pela Universidade de Yale, não descansa das suas preocupações, como brasileiro, pelo destino da nossa educação. É rara a semana em que não trocamos informações sobre o que se passa no mundo da pedagogia. Ora para discutir métodos de alfabetização de jovens e adultos, ora para orientar a posição da Confederação Nacional do Comércio no que se refere à reforma universitária. O presidente Antonio Oliveira Santos deseja colaborar com os esforços do MEC, mostrando um vigoroso empenho na valorização do setor terciário da economia.

  • As três frentes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/01/2005

    Notícias de Brasília informam que o governo do presidente Lula vai conduzir uma batalha em três frentes: na ONU, para o Conselho de Segurança, na Alca, por uma América unida, e o terceiro com a OMC. Serão batalhas duras, com adversários poderosos, mas o presidente Lula quer porque entende que, sem a incorporação dessas três frentes na política exterior brasileira, não nos imporemos como nação de primeira grandeza, que é o seu ideal, e não deixa de ser também brasileiro.

  • Diferencial Lula

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/01/2005

    Político com estrada na vida pública, o mais experimentado na selva do poder, costuma dizer que nada resiste a uma foto, nenhum fato deve ser levado a sério se não for documentado por uma fotografia.

  • Saudade sinistra

    Folha de São Paulo / Revista Mais! (São Paulo), em 09/01/2005

    Em "Considerações sobre a Nostalgia", Joaquim Manuel de Macedo, de "A Moreninha", mistura ficção e medicina de modo surpreendente