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Artigos

 
  • Nazismo na América: Duas visões

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 19/01/2005

    Sob o título acima, a Academia Brasileira de Letras e a Editora Record promoveram um debate público no Teatro R. Magalhães Jr., na ABL, entre mim, na condição de autor de Crônica de uma guerra secreta - Nazismo na América: a conexão Argentina, e o pesquisador argentino Uki Goñi, autor de A verdadeira Odessa.

  • Barulho por nada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 19/01/2005

    Tanto a classe política como a mídia que cobre os movimentos do setor passaram as duas últimas semanas em estado de excitação causada pela expectativa da reforma do ministério, que, na realidade, não chega a ser reforma, mas simples acomodação no enlameado terreno da próxima sucessão presidencial.

  • Esta democracia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 19/01/2005

    No mesmo dia que o O Estado publicava o artigo de meu colega de imprensa José Neumanne, a democracia brasileira está podre na raiz, o presidente da Câmara dos Deputados brindava seus colegas da Câmara com milhões de reais, para que eles engordem a conta bancária e passem dias melhores do que já passam, com os salários - antigamente subsídios - sem nenhuma consideração para com o povo que o elegeu, com maioria passando necessidades, como é fartamente sabido.

  • "DOM QUIXOTE": 400 ANOS

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 18/01/2005

    No mês de janeiro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1605, saiu em Madri um livro chamado "El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha", composto por Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616). Ao longo dos 400 anos seguintes descobriu-se que Cervantes havia, com ele, inventado um gênero literário: o do romance, tal qual o entendemos hoje.

  • Formação de quadrilha

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/01/2005

    Gilmar Mendes, que apareceu na vida pública trazido por Collor e, como advogado do governo de FHC, foi pedir aos bispos apoio para impedir a CPI que apuraria casos suspeitos na época, teve a paga pelo serviço: foi indicado para o Supremo.

  • Leão faminto

    Diário do Comércio (São Paulo), em 18/01/2005

    Foi o Diário do Comércio o primeiro jornal a denunciar o impostismo como forma de sacar do bolso dos habitantes do país, ricos, remediados e pobres, as receitas com que preenchem os rombos dados pelas más administrações e pela corrupção que campeia desenfreada, no vasto amparo fiscal do Brasil. O arranco do Diário do Comércio repercutiu e hoje estão acorrilhados ao mesmo movimento todos os órgãos de comunicação do país. Uma vitória pela qual rendemos graças aos nossos colegas.

  • Taj Mahal voador

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/01/2005

    José Sarney lembrou, em crônica da semana passada, a grita que a oposição da época fez contra JK por ocasião da compra de um avião Viscount para a Presidência da República. Sarney fazia parte do grupo chamado Bossa Nova, que era o mais radical na oposição ao governo. Lembro-me dessa campanha, que achava pueril. O avião não pertenceria a JK, e sim ao governo brasileiro -serviria a outros presidentes, inclusive àqueles que cassaram JK e o prenderam.

  • Efeito do regime

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/01/2005

    Não tenho dúvida nenhuma, nem a mais remota, que um empresário grande ou médio, pequeno em evolução para médio, não entregaria a direção de seus negócios à sra. Marta Suplicy. Uma senhora madura, com seus quase sessenta anos, que ocupou seu tempo em tratar de questões sexuais e a apresentar-se com o marido de grande família paulistana nos salões da cidade, não merecia confiança para ocupar um cargo de direção numa empresa, com empregados, produção, distribuição, propaganda de outros afazeres.

  • O fim da história

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/01/2005

    Filme de Billy Wilder absorveu um fato real ocorrido há tempos, na época em que a Guerra Fria vivia momentos de tensão. Um alto funcionário do Departamento de Estado vai se hospedar num hotel italiano famoso. Honrado pela deferência, o gerente informa que Benjamim Franklin também ali se hospedara, seus aposentos foram transformados em museu. Convidou o importante hóspede a visitá-lo. O maioral do Departamento de Estado recusou o convite. E explicou: "Para os nossos padrões, Franklin não passou de um comuna desprezível".

  • Cumprindo a sina

    O Globo (Rio de Janeiro), em 16/01/2005

    Alvíssaras, irmãs e irmãos, alvíssaras para todos os lados. Agradaria minha vaidade que fossem mais alvíssaras para mim do que para vocês, mas receio o contrário. São mais para mim, que hoje, depois de muito tempo, entro em férias e só volto daqui a quatro semanas. Desta vez pretendo dar o melhor de mim para não fazer nada, coisa difícil para quem se viciou em trabalhar. Não fazer nada requer estudo e experiência e talvez uma dose acentuada de fatores genéticos. Estou um pouco fora de forma, mas acredito que, com uma semana de recondicionamento intensivo, lá na ilha, posso almejar quem sabe uma menção honrosa, entre tantos conterrâneos ilustres em disputa. Quanto a vocês, melhores notícias ainda - um mês inteiro sem dar de cara comigo por estas bandas. Espero que gestos deste quilate sejam lembrados com gratidão no futuro, em que pese a ingratidão da vida.

  • Manual para subir montanhas

    O Globo (Rio de Janeiro), em 16/01/2005

    A) ESCOLHA A MONTANHA QUE DESEJA subir: não se deixe levar pelos comentários de outros, dizendo “aquela é mais bonita”, ou “esta é mais fácil”. Você irá gastar muita energia e muito entusiasmo para atingir seu objetivo, portanto, é o único responsável, e deve ter certeza do que está fazendo.

  • Variações sobre competência

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 15/01/2005

    Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso acusam-se, reciprocamente, de "incompetência", fundamentando sua assertiva com a invocação de medidas falhas ou contraditórias. A bem ver, ambos podem ter razão, pois a administração pública é um acervo complexo de atos e providências, que somente pode ser apreciado em conjunto.A esta altura do mandato de Lula, não creio que se lhe possa negar competência, tendo razão o prezado amigo e confrade Antonio Ermírio de Moraes quando reconhece que ele representou uma "saudável surpresa", ao ter a coragem de abandonar algumas idéias econômico-financeiras, pleiteadas pelo PT na linha de um reformismo populista, para uma série de felizes decisões exigidas pelo desenvolvimento sustentado.

  • Salão de Paris

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/01/2005

    Mais uma vez, o mundo se curvará diante do Brasil. O mundo é Paris, onde teremos um salão dedicado ao Brasil. Governo e particulares já estão se preparando para o evento, quando se realizarão shows, mostras e palestras da efervescente cultura nacional.

  • Ação afirmativa e democracia madura

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 14/01/2005

    O começo da diferença do presente governo põe em causa a oportunidade da discussão das ações afirmativas. Remetem a uma condição típica da contemporaneidade quando o peso dos aparelhos coletivos e seus controles via de regra coíbem a expansão de novos avanços sociais. À inércia do já conquistado opõe-se à consagração de exigências subseqüentes de um fruir coletivo a que responde, basicamente, a idéia da realização universal da democracia.O que estaria em causa pois é a crise da visão tradicional da representação, pela qual um imaginário coletivo suporia sempre a flexibilidade desse duto, ou a ajustagem inevitável à pulsão de novas demandas de mudança. Um sentimento de maior justiça se deslocaria do liminar da sociedade à superestrutura das suas organizações de poder e da moção da máquina pública. A dita ação afirmativa porta a cunha da ruptura, em que a pressão social desborda um statu quo de melhoria coletiva, definida sempre em melhor repartição dos direitos humanos, individuais ou sociais, e novo grau de realização concreta de um estado generalizado de bem-estar.

  • Chegou o A-319

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/01/2005

    Em 1956, Juscelino comprou um avião para transportá-lo nas suas andanças. Eu era da gloriosa UDN, que combatia ferozmente o governo. Milton Campos contava que foi abordado por uma senhora já idosa: "O senhor não é o Milton Campos?". "Sim, senhora". "Pois eu, dr. Milton, sou da UDN roxa. Da nossa UDN da calúnia". Milton sorriu e disse: "Persevere."