Bolsonaro está acuado
O presidente Bolsonaro está claramente a perigo, se sentindo acuado pelos relatos que estão surgindo na CPI da COVID.
O presidente Bolsonaro está claramente a perigo, se sentindo acuado pelos relatos que estão surgindo na CPI da COVID.
‘É verdade que o Renan é muito amigo do Lula?’, teria perguntado o presidente Bolsonaro ao ex-presidente José Sarney, para quem bateu continência na entrada e na saída, em respeito a quem, como ele é, já foi comandante em chefe das Forças Armadas.
Ao participar há dias de um debate sobre utopia, não foi difícil constatar que estamos vivendo justamente o contrário, uma distopia como nunca vivemos: um acúmulo de crises — sanitária, política, econômica, ética, social, ambiental.
Assim como ninguém sabe quando e como vai acabar a praga desse vírus no planeta, ninguém pode saber o que será o mundo depois que ele for embora.
Nesses depoimentos, o que mais se ouve são duas palavras: liderança e governança.
O Brasil atingiu, esta semana, um número de mortos pela pandemia de Covid-19 que não pode ser ignorado: passaram de 400 mil as vítimas.
Além do erro primário de ter deixado para comprar vacinas de última hora, ficando exposto à vontade do vendedor e do mercado mundial, o Palácio do Planalto, justamente por desdenhar a vacinação em massa como solução para a pandemia de Covid-19, deixou de planejar ações, não apenas de logística, mas também geopolíticas, que nos levaram a ser um país pária num mundo globalizado, quer queiram os Bolsonaros da vida ou não.
O presidente Bolsonaro, em seu modo radicalizado de fazer política, sobretudo acuado como está agora pela CPI da Covid, volta a usar o Exército como mero instrumento de sua ação e, por meio de metáforas rotas pelo mau uso, diz que “está chegando a hora de o Brasil dar um novo grito de independência”.
O governo está formando um grupo de trabalho que busca respostas técnicas aos questionamentos da CPI da COVID, com o objetivo de neutralizá-la.
O canto é o mesmo de manhã, de tarde e, às vezes, à noite também.
Ao ler que o prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa declarou apoio a Keiko Fujimori na disputa presidencial do Peru, alegando ser ela “o mal menor” diante o candidato de esquerda Pedro Castillo, fui tomado por uma sensação desalentadora de futuro adiado que experimento há anos, em relação ao Brasil e à nossa região.
O Coronavírus não é o primeiro vírus da era digital.
O julgamento do STF que decidiu pela suspeição do juiz Sergio Moro foi uma grande vitória política do ex-presidente Lula e uma grande derrota do combate à corrupção do Brasil, que não cansa de regredir.
A novela do julgamento de Lula pode chegar a um fim hoje, se o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entender que a Segunda Turma, que decidiu pela suspeição do então juiz Sergio Moro, poderia fazê-lo mesmo antes de ser definida a questão da competência da Vara de Curitiba nos julgamentos da Lava-Jato.