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Artigos

 
  • Fernanda Montenegro, um nome que vem iluminando o Brasil

    Estadão Online, em 05/11/2021

    Há uma frase que tenho repetido como um mantra e que funciona em minha trajetória. A vida lança no espaço vários pontos que parecem desconexos e depois liga um a um. Numa noite de 1958, eu ainda me adaptava a São Paulo e uma jornalista do Última Hora, Yvonne Fellman, me convidou para ir ao TBC assistir à estreia de Pedreira das Almas, de Jorge Andrade.

  • Fora de controle

    O Globo, em 04/11/2021

    Além dos dados econômicos, há aspectos político-jurídicos que mostram o absurdo representado por essa emenda constitucional que pretende autorizar o governo a dar um calote em parte dos precatórios já autorizados pela Justiça. Os dados mostram que o governo não precisaria furar o teto de gastos se, em vez de ter cedido às pressões políticas para a reeleição de Bolsonaro, realocasse despesas com, por exemplo, uma reforma administrativa para enxugar um pouco a máquina pública e obter a verba necessária a instituir o Auxílio Brasil.

  • No papel de penetra

    O Globo, em 02/11/2021

    A imagem que simboliza o isolamento do Brasil na cúpula do G20 está no vídeo em que Jair Bolsonaro aparece perambulando pelo amplo salão onde os principais líderes confraternizavam em vários grupos. Completamente deslocado, ele parece um penetra. Só se sente mais à vontade quando se refugia no bar e passa a puxar conversa com os garçons por meio do intérprete.

  • Seleção natural

    O Globo, em 02/11/2021

    A tese de que o eleitor fará a seleção natural para escolher quem será capaz de derrotar Bolsonaro e Lula no ano que vem tem mais credibilidade para esta eleição do que em 2018, quando a maioria queria mesmo era impedir que o petismo voltasse ao poder. Hoje, a maioria quer que apareça algum candidato capaz de derrotar o presente infame e o passado recente que não quer ter de volta.

  • Ele não quis o celular

    O Estado de S. Paulo, em 31/10/2021

    Todos o conhecem pelo apelido, Dono. Quando se pergunta sobre o nome, ele diz que um dia alguém assim o chamou e assim continuou pela vida toda. Deve ter 50 anos. Quando você estende a mão, ele abre um sorriso, feliz por te ver. É cordial, parece que tudo está sempre bem. A menos que uma de suas plantinhas, como ele as chama, da horta da Sueli e do Ivo não esteja se desenvolvendo como ele pretende. Ou como devia. Fica ali um tempão a olhar para ela, tentando descobrir a razão. Pouca água? Ou muita? Agrotóxicos não existem em seu vocabulário. Realmente não foi uma muda bem tirada? Muda boa tem de ser conseguida com jeito e carinho. Dono sabe o temperamento de cada verdura, flor, fruta.

  • A fome

    Os Divergentes, em 31/10/2021

    As imagens têm se sucedido Brasil afora: as pessoas catando lixo e descartes de comida em busca de superar o drama terrível da fome. Quando isso acontece é sinal de que atingimos uma linha de alerta para a qual é necessária a mobilização de toda a sociedade.

  • Sem lugar de fala

    O Globo, em 31/10/2021

    A ida de Bolsonaro à reunião do G20 não tem a menor importância. O importante é ele não ir à reunião mundial do clima na Escócia, da qual depende nosso futuro, e o do mundo. Tanto no G20 quanto na COP26, ele não tem lugar de fala, não tem nada a dizer. Não ir à COP26 é sinal de que o assunto não é prioridade do país. Como explicar que acabou de dar uma pedalada para mudar o critério de emissão de carbono, para poder poluir mais ?

  • Os 100 anos de Paulo Freire

    O Correio da Manhã/ RJ, em 28/10/2021

    A perseguição ideológica é capaz de verdadeiros abusos, como aqueles que atingem o educador Paulo Freire. Autor de algumas das obras mais importantes de alfabetização, no país, reconhecido internacionalmente, o Brasil tem negado os seus méritos, sob a alegação de que a sua obra é eminentemente comunista. Falar em pão e trabalho, no seu afamado método, não pode ser pretexto para condená-lo. Ao contrário, devemos mais homenagens ao educador, agora que se comemoram os seus 100 anos de existência.

  • Cólera e algoritmos

    O Globo, em 28/10/2021

    A revelação de que o Facebook estimulava o compartilhamento de notícias cujos conteúdos geravam reações mais emocionais e provocativas nos usuários, por meio dos emojis que representavam as sensações pessoais ao lê-las, especialmente os que mostravam uma cara avermelhada de raiva, não apenas confirmou que durante anos Mark Zuckerberg e sua equipe manipulavam os usuários da rede social, como abriram um caminho vicioso para as campanhas políticas, até hoje explorado.

  • Presidente a ser impedido

    O Globo, em 26/10/2021

     O ex-presidente José Sarney cunhou a expressão “liturgia do cargo” para definir a responsabilidade perante a população de um presidente da República no cargo que ocupa. Das palavras ditas ao comportamento pessoal, tudo tem seu peso político. Mas há distinções entre comportamentos popularescos e aqueles espontâneos, especialmente quando a espontaneidade revela um político excêntrico, mas vencedor e com visão de história.

  • O Tempo e o Vento

    O Estado do Maranhão, em 24/10/2021

    O jornal sempre foi minha paixão. A palavra impressa, transmitindo sentimentos, fazendo história, no contar o dia a dia. Quando estava no Liceu Maranhense, aos quatorze anos, fundei a Folha do Estudante, que desejava ser a alma dos jovens colegas, expressas na poesia, na crônica, no desejo de deixar as palavras impressas, eternizadas. Ficamos no primeiro número.

  • Não aprenderam, nem esqueceram

    O Globo, em 24/10/2021

    Diante da crise que a cada dia se aprofunda no país, favorecida pela irresponsabilidade fiscal do presidente Bolsonaro e pela submissão das convicções do ministro da Economia Paulo Guedes às ambições políticas, tem importância didática relembrar as disputas da equipe que implantou o Plano Real com as forças políticas e econômicas que sustentavam a hiperinflação brasileira àquela altura.

  • Pátria amada

    O Globo, em 24/10/2021

    Quem quiser que não se importe, ninguém é obrigado. Mas já estamos a menos de um ano das eleições de 2022, a campanha já começou em uma porção de sentidos. E quem a inaugurou, desde que assumiu, foi o próprio presidente, que não pensa e nunca pensou em outra coisa. O que você acha que ele anda fazendo, às custas de dinheiro público, a semana inteira a visitar cidadezinhas do interior, sobretudo no Nordeste? Há sempre o pretexto de uma inauguração qualquer, mas no fundo o discurso é sobre o que ele já fez e quer continuar a fazer pelo Brasil. Como esse Auxílio aos que necessitam, cruel mentira na economia do país. E nós, fazemos o quê?

  • Crise anunciada

    O Globo, em 21/10/2021

    O ano eleitoral promete ser desastroso para a economia brasileira, a medir pelas decisões populistas que o governo Bolsonaro encomendou ao Ministério da Economia e que o favorito na eleição, o ex-presidente Lula, rebateu para o alto. O novo Auxílio Brasil será de “no mínimo” R$ 400 até dezembro de 2022, garantiu Bolsonaro. Ser mais explícito de que se trata de uma tentativa de compra de votos em troca de auxílio para as camadas mais pobres da população, não é possível. Lula aprovou, disse que o “povo merece”, mas criticou: deveria ser mais, de no mínimo R$ 600.

  • CPI da Covid e as eleições de 2022: competição ou carnificina?

    O Estado de S. Paulo, em 20/10/2021

    Óbvio ululante: a campanha eleitoral já começou. Desde o primeiro dia do atual governo. Nada surpreendente. O general Golbery Couto e Silva, estrategista do regime militar, dizia que um projeto de poder deveria durar vinte anos.

    A CPI faz parte da campanha em curso. Será esta campanha de matança geral como um filme de Quentin Tarantino?