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Artigos

 
  • O impeachment a sopapo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 18/11/2005

    O senador Bornhausen vem de conclamar os cidadãos a pedir o impeachment do presidente. Apela ao precedente de Collor. Mas, ao mesmo tempo, reconhece a inviabilidade de que, dentro do quadro partidário, a iniciativa possa ter qualquer chance. Esgota-se o maquinário da oposição no Congresso, tanto à falta de provas quanto à exaustão da crise.

  • Genealogia do nada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/11/2005

    Aprendi com um professor, lá no seminário em que estudei, que só há duas maneiras de enfrentar uma situação difícil como a que agora atravessamos, quando suspeitamos que tudo vai mal na vida pública, de tal forma que, independentemente de estarmos certos ou errados, de estarmos ou não envolvidos pessoalmente na crise, sempre sobra alguma coisa para o nosso lado.

  • Situação revolucionária

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/11/2005

    O mundo deriva perceptivelmente para uma situação revolucionária, que pode tornar incontornável o rastilho aceso na França e que já se espalhou pela Alemanha, Itália e Espanha.

  • Cassiano - Injustamente esquecido

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 16/11/2005

    Cassiano Ricardo foi um poeta que pertenceu a uma raça extinta de bandeirantes da palavra. Ele nasceu em São José dos Campos a 26 de julho de 1895 e, injustamente esquecido, morreu na cidade de São Paulo a 14 de janeiro de 1974.

  • A nudez paradisíaca do caixa 2

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 16/11/2005

    Arrastamo-nos esses meses pelo inédito da crise despertada pelo ''mensalão''. O espanto só cresceu por envolver o dito partido diferente, na sua promessa e fé de ofício petista. As últimas falas de Lula devolveram o sobressalto à sua velocidade de cruzeiro. Se pecou o PT o fez dentro do óbvio de uma mazela brasileira que vem do nepotismo da Velha República, passa pelas clientelas e valerioduto, apenas modernizou a corrupção. Seus respingos, agora simetricamente, caíram sobre os governos antecedentes e macularam tucanos impolutos, como petistas acima de qualquer suspeita. Anderson Adauto, ex ministro dos Transportes, não está não só no paraíso da corrupção. Ninguém precisou de folha de parreira para conviver na promiscuidade do caixa 2, de todos os tempos e todas as legendas. Atirem a primeira pedra - ou o lençol - as direções partidárias que não sabiam - ou deixaram de coletar - os dinheiros não contabilizados que são a segunda natureza do sistema, até hoje.

  • Textos & contextos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/11/2005

    Um filósofo, desses que abundam por nossas plagas, provou que Deus não existe. Descobriu um trecho na Bíblia que diz: "Deus não existe". Foi um pânico entre os devotos. Então o Livro dos Livros declarava a inexistência de Deus?

  • A reeleição

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/11/2005

    A tradição brasileira firmou-se nos mandatos de um só pleito em quatro anos, evidentemente decalcado dos Estados Unidos. Foi assim desde o primeiro mandato, do Marechal Deodoro da Fonseca. Depois da queda de Getúlio Vargas, em 45, foi adotado o mandato em cinco anos, prolongado para seis anos no último governo dos generais.

  • Sexualidade adulta

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 15/11/2005

    Era o ano de 1968. Mês de outubro, em cuja primeira ou segunda quintas-feiras a Academia Sueca faz a escolha do Prêmio Nobel de Literatura. Como responsável por uma sessão literária em jornal do Rio de Janeiro, quis saber que autores estariam numa lista de escolha. Só uma pessoa de minhas relações poderia dar-me tal informação: Alfred Knopf, editor americano ligado à literatura brasileira e meu amigo.

  • "Abram isso! Abram isso!"

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/11/2005

    Deodoro estava com uma crise, dizem que de hemorróidas. Não se trata de doença letal, mas aporrinha pra burro, dá um mau humor desgraçado. No mais, tudo estava bem para os lados dele, era o chefe inconteste do Exército Nacional, amigo de dom Pedro 2º (mas não aproveitador), respeitado pelos companheiros que nele viam realmente um chefe.

  • O carro com paixão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/11/2005

    Garagem na sala. Pode até parecer loucura, mas alguns motoristas cobiçam tanto um veículo que, quando conseguem comprá-lo, colocam-no dentro de casa. Classificados/Veículos, 6 de novembro de 2005 

  • Favas contadas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/11/2005

    É raro o dia em que, ao abrir minha caixa eletrônica, não encontre, ao lado de esculhambações diversas e merecidas, o pedido de gente aflita, recorrendo ao cronista em busca de uma solução para as coisas que estão acontecendo no Brasil e no mundo.

  • Palocci em questão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/11/2005

    No meio de chuvas e trovoadas, característica da crise política que envolveu o Brasil, vemos que um setor do governo está sendo protegido pela conduta do ministro Palocci e das autoridades que compõe a sua área, como a presidência do Banco Central.

  • A biblioteca do Século XXI

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 13/11/2005

    O Brasil passou a contar, a partir de setembro de 2005, com a sua mais moderna biblioteca inteligente, de início prevista para dispor de livros de filologia, mas depois se espraiando para outras áreas importantes do conhecimento, como é o caso da história, da literatura e do que chamamos de "brasiliana", livros basicamente destinados a contar e recontar o nosso País.

  • Admirável futebol novo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 13/11/2005

    Sou craque do passado, como sabem os persistentes e pacientes leitores desta coluna. Hoje em dia nem as posições dos times têm mais nomes fixos e todo dia aparece uma especialidade como, vamos dizer, “ala volante avançado rotativo”, que ninguém sabe o que é. Comecei na ponta direita, mas minha única jogada era dar um chutão para a frente perto da linha lateral e sair correndo atrás da bola (eu corria bem, esse negócio de o capenguinha me pegar no calçadão é porque ele pega qualquer um), para ver se a alcançava e conseguia centrar. Logo me puseram na posição mais ou menos equivalente à de zagueiro hoje em dia. Eu era beque direito no time de Itaparica contra os veranistas, de inesquecível trio defensivo: Nego Tóia, Delegado e Chico Gordo. Delegado era este ex-atleta que lhes fala.