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Artigos

 
  • Mudança de tom

    O Globo, em 28/08/2014

    A entrada em cena da candidata Marina Silva com ares de favorita tornou a campanha eleitoral mais aberta e franca por parte dela e do candidato do PSDB Aécio Neves. É natural, os dois disputam o mesmo espaço, isto é, a possibilidade de derrotar a presidente Dilma no segundo turno. O próprio Eduardo Campos achava que quem fosse ao segundo turno contra a presidente venceria as eleições, diante do clamor da sociedade por mudanças.

  • Um pleito democrático

    Tribuna de Petrópolis (RJ), em 28/08/2014

    Vivemos muitos anos de angústia com as dúvidas do Conselho Nacional de Assistência Social a propósito dos certificados de filantropia, que chamamos de Cebas. A pretextos variados, esse órgão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome tem postergado a concessão dos certificados aos organismos vinculados ao sistema CIEE, de tantos e tão notórios serviços prestados aos jovens brasileiros. Para se ter ideia, em 2014, depois de 50 anos de frutíferas atividades, o Centro de Integração Empresa-Escola registra o atendimento a cerca de 13 milhões de estagiários, o que não deixa de ser um número altamente expressivo. Na verdade, um recorde.

  • A outra eleição

    O Globo, em 27/08/2014

    Sobrou até para o pastor Everaldo. Ele vinha bem, ali entre 3% e 4% das intenções de voto, e tinha planos de até dobrar essas intenções para se tornar um eleitor de peso no segundo turno da eleição presidencial. Veio o fenômeno eleitoral Marina Silva e tirou os votos evangélicos do pastor, um efeito colateral da verdadeira limpa que Marina fez, acrescentando nada menos que 20 pontos aos 9 que Eduardo Campos tinha na última pesquisa Ibope: Dilma e Aécio perderam 4 pontos cada; os candidatos nanicos perderam 3 pontos no seu conjunto; a taxa de votos nulos ou em branco caiu 6 pontos; e a de indecisos outros 3 pontos.

  • Maximiano Campos

    Folha de S. Paulo (RJ), em 26/08/2014

    Não costumo fazer necrológios e, quanto a temas políticos, só trato de determinado assunto, crise e personagem em poucas ocasiões, mesmo assim, com a má vontade que os eventuais leitores reclamam e eu próprio proclamo.

  • Revendo conceitos

    O Globo, em 26/08/2014

    Nos últimos 19 dias, muita coisa mudou para a candidata à presidência da República pelo PSB Marina Silva, inclusive algumas idéias. Para manter-se na condição em que deve aparecer na pesquisa Ibope/Estadão a ser divulgada hoje, à frente do tucano Aécio Neves e abrindo boa vantagem para a presidente Dilma no segundo turno, Marina está tendo que rever alguns de seus conceitos mais arraigados.

  • Getúlio, César e Brutus

    Folha de S. Paulo (RJ), em 24/08/2014

    Em 1950, ao decidir voltar ao poder em regime democrático, Getúlio Vargas recebeu a carta de um amigo (o mesmo que anos mais tarde escreveria com ele a Carta Testamento), com uma advertência sinistra: "os liberticidas serão sacrificados, o senhor escapou da primeira (1945), não escapará da segunda. Há sempre um Brutus ao lado de um César".

  • O papel dos partidos

    O Globo, em 24/08/2014

    Com o retorno da ex-senadora Marina Silva ao proscênio da vida política brasileira na disputa pela presidência da República, está em debate a importância dos partidos na democracia representativa. Marina, em reunião com aliados no primeiro dia de candidata, insistiu no descrédito do que chama de “velha política” junto à opinião pública e ressaltou que a aliança que importa neste momento da campanha é com a sociedade, não com os partidos.

  • Não vai ter eleição?

    O Globo, em 23/08/2014

    Diz-se em política que somente dois fatos são importantes: o fato novo e o fato consumado. O fato consumado da morte trágica do ex-governador Eduardo Campos produziu o fato novo da candidatura de Marina Silva, que mudou a eleição presidencial. Agora, outro fato novo pode interferir nas eleições de outubro. Atribui-se ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, a ameaça de que se abrir a boca, “não vai ter eleição”. Seria uma maneira de mandar um recado para seus muitos amigos políticos para que o tratassem bem, e à sua família.

  • A paz necessária

    Jornal do Commercio (RJ), em 22/08/2014

    Conheço o Estado de Israel de muitas visitas realizadas, a partir da primeira no ano de 1967.  Acompanhei de perto as atividades do Instituto Weizmann de Ciências, um dos grandes orgulhos da nação judaica.  Os seus feitos, em vários campos do conhecimento, servem de referência para a indústria internacional do conhecimento.  Diz-se até que a Jordânia, em termos reservados, é cliente do IWC sobretudo na compra de instrumentos de precisão.

  • Polarizações

    O Globo, em 22/08/2014

    Esta sem dúvida será uma eleição diferente das demais. Estamos vendo se configurarem duas polarizações, uma, a tradicional, entre PT e PSDB. Outra, uma novidade, entre a autointitulada "nova política" e a política tradicional, que se esboçou em 2010 mas chega madura à eleição deste ano, com a mesma protagonista, Marina Silva, disputando espaço prioritariamente com o mesmo partido, o PSDB, para enfrentar o PT, de onde veio e que está no governo há doze anos, sendo que praticamente oito deles tendo em Marina uma de suas estrelas.   É de se notar que as polarizações se colocam entre partidos, mas não no caso de Marina, uma liderança individualista que tanto faz estar no Partido Verde, como em 2010, ou no PSB agora, sempre terá que ocupar todo espaço de comando, como se já estivesse na sua própria Rede, criada a sua imagem e semelhança, até mesmo na incapacidade de organização demonstrada ao não obter o registro a tempo e hora de disputar a eleição presidencial, o que só conseguiu graças à "providência divina".   

  • Presença e não herança de Eduardo

    Jornal do Commercio (RJ), em 22/08/2014

    Marina não é a herdeira natural de Campos, nem a sua sucessora lógica. Surge numa sequência eleitoral e, mesmo, contundente, mas não programática, no horizonte aberto pelo candidato do PSB. O poder de votos da ex-senadora não exprime uma visão de mudança, mas revide ao cansaço da permanência inédita, em nossa história, de um partido no poder pelo voto por 12 anos. Disso se dá conta, desde já, o Planalto, num empenho de recambiar ao partido-máter tantos filopetistas, na militância próxima e hesitante do PSB. A crise desencadeada pela morte de Eduardo forçaria o retorno à opção fundadora, não obstante o desgaste do partido de Lula, nesta inevitável usura pelo poder.

  • Rede na cabeça

    O Globo, em 21/08/2014

    Marina Silva está acreditando que já é um fenômeno eleitoral e dispensa apoios de indesejáveis. Segue assim o caminho que Eduardo Campos decidira trilhar, só que ele escolheu a dedo os seus indesejáveis: Renan Calheiros, José Sarney, Fernando Collor. Marina adicionou à lista o PSDB e o PT, firmando assim uma imagem de terceira via pela confrontação, e não pela negociação.   Se abre mão antecipadamente do PMDB - que Campos queria colocar na oposição a seu governo - mas também PT e PSDB, com quem Marina irá governar? A decisão de Marina Silva de recusar o apoio do PSDB de São Paulo mesmo com a aliança feita pelo PSB sob comando de Eduardo Campos, mostra bem o rumo que sua candidatura tomará.   Se anteriormente não faria muita diferença que ela não aparecesse em comícios ou reuniões da coligação pois Campos apareceria, agora sua ausência é uma afronta política a um governador que deve se eleger no primeiro turno no maior colégio eleitoral do país. E a recusa a apoiar Lindbergh Farias do PT no Rio fecha a porta também ao partido que está no governo, marcando uma posição firme de alternativa "a tudo o que está aí".

  • Voto útil

    O Globo, em 20/08/2014

    A pesquisa eleitoral com a presença de Marina Silva suscita discussão interessante sobre o voto útil. A perspectiva de que a presidente Dilma seja derrotada no segundo turno, possibilidade que já se observava em várias pesquisas anteriores, que chegaram a dar a Aécio Neves, do PSDB, um empate técnico com ela e registravam um crescimento potencializado de Eduardo Campos, abre caminho não apenas para o movimento “volta Lula”, que parece inócuo a essa altura da campanha, como mesmo para um realinhamento de apoios na base aliada.

  • Foi dada a largada

    O Globo, em 19/08/2014

    A presidente Dilma dormiu um dia com a possibilidade de vencer a eleição no primeiro turno, ou sendo a favorita para o segundo, e acordou ontem com o segundo turno praticamente selado e a possibilidade de perdê-lo para Marina Silva, que não estava no páreo e transformou-se do dia para a noite na favorita da eleição presidencial.

  • Sugestões cívicas

    Folha de S. Paulo (RJ), em 19/08/2014

    E quando não há onda contra ninguém ou nada, inventam onda contra o hino nacional. Há tempos, já houve até comissão para apurar irregularidades no pátrio hino. Mestre Vila e outros mestres debruçaram-se sobre o corpo de delito, pesquisaram a honestidade das colcheias, a colocação das fusas e as relações públicas das semifusas. Depois da parte musical investigaram a letra. Ai o negócio complicou cismaram com o "deitado eternamente em berço esplêndido". Uns queriam tirar o "deitado", desejavam o Brasil em pé. Outros aceitavam o "deitado", mas implicavam com o "eternamente".