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Artigos

 
  • Agora é na política

    O Globo, em 13/09/2022

    Mais uma frustração para o presidente Bolsonaro. A nova pesquisa do Ipec não traz grandes mudanças e, quando elas acontecem, são a favor de Lula, que voltou a ter a possibilidade de vencer no primeiro turno pelos votos válidos: 51% a 35%. Bolsonaro ficou parado, e Ciro perdeu um ponto percentual para Lula. Nos segmentos em que Lula mais cresceu, como entre as mulheres, Bolsonaro também cresceu.

  • A boca do jacaré

    O Globo, em 11/09/2022

    Do jeito que as coisas vão, tudo indica que o eleitor que não é fanático por Lula nem Bolsonaro terá que enfrentar dilemas éticos e políticos na escolha de seu voto, até mesmo na decisão de anular ou votar em branco. Como o que conta para definir a vitória é ter 50% mais um dos votos válidos, o eleitor que invalidar seu voto estará permitindo que o vencedor precise de menos votos para se eleger.

  • Sem noção

    O Globo, em 08/09/2022

    Passou o 7 de Setembro sem maiores danos à democracia.

    Quer dizer que superamos mais um obstáculo rumo à eleição do próximo presidente da República. O presidente Jair Bolsonaro teve o razoável senso de evitar um enfrentamento com as instituições republicanas, o que mostra que ele não rasga dinheiro quando a situação se aproxima do limite possível dentro da democracia.

  • Retomar a Amazônia

    O Globo, em 04/09/2022

    Chama a atenção como os temas relacionados à Amazônia aparecem relativamente pouco nos debates dos candidatos à Presidência da República, pelo menos não com o protagonismo que merecem diante da crise permanente de desmatamento, das queimadas que se repetem em crescimento, da perda de controle da soberania nacional de partes da região para as mais diversas formas de crime organizado: do comércio ilegal de madeira ao garimpo em terras indígenas; da disputa do território entre quadrilhas internacionais na fronteira até todo tipo de contrabando.

  • O futuro do país

    O Globo, em 04/09/2022

    A gente sente sempre um certo orgulho pessoal quando alguém de valor reconhecido, alguém que pertence a um mundo ao qual você de algum modo deseja estar identificado, quando esse alguém diz alguma coisa que você aprova e com a qual se entusiasma. Desde que, em abril de 2019, fui aceito e recebido como membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), me sinto impregnado dessa síndrome, um jeito diferente de levar em frente certas emoções, através da cadeira número 7, cujo patrono é o grande Castro Alves.

  • Liberdades

    Jornal Folha de S. Paulo, em 02/09/2022

    Com um sorriso gracioso, o ex-senador Bernardo Cabral me ofereceu um exemplar do livro 'Liberdades', obra lançada no âmbito das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil. Patrocinada pelo Supremo Tribunal Federal, tem o objetivo de contribuir para a conformação do direito na construção da nossa democracia, como afirmou com propriedade o ministro Luiz Fux, presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O prefácio foi muito bem escrito pelo advogado Bernardo Cabral, relator da nossa Constituição.

  • O que vem por aí

    O Globo, em 01/09/2022

    O orçamento secreto tornou-se um dos pontos mais importantes do debate político na eleição presidencial justamente porque sua existência retirou do Executivo a possibilidade de comandar as políticas públicas, já que parte relevante do Orçamento da União é distribuída por deputados e senadores para suas bases eleitorais sem que haja visão do conjunto para que sejam alocadas nos projetos prioritários para o país, não para os individuais de parlamentares.

  • As marcas do passado

    O Globo, em 30/08/2022

    A nova pesquisa do Ipec, antigo Ibope, deve ter dado um alento aos dois candidatos que lideram a corrida presidencial. Lula e Bolsonaro foram bem na bancada do Jornal Nacional e mantiveram suas posições, mas devem ter perdido pontos no debate do pool da Bandeirantes no domingo. A audiência não foi comparável à do Jornal Nacional, mas grande o suficiente para ter deixado marcas negativas nas duas candidaturas.

  • Cabo de guerra

    O Globo, em 28/08/2022

    Entre os candidatos à Presidência da República, apenas o presidente Bolsonaro não critica o 'orçamento secreto'. E o seu mensalão. Os demais procuram jeito de se livrar da verdadeira tutela imposta ao Executivo pelo Legislativo, diga-se Centrão. Essa situação não nasceu da noite para o dia, deu-se como uma reação do Legislativo ao controle do Executivo sobre o Orçamento, mas acabou criando outra disfuncionalidade, o controle do Legislativo sobre o Executivo.

  • Jô 2: Ser H na vida

    O Estado de S. Paulo, em 28/08/2022

    As noites de nosso grupinho com Jô Soares começavam com um rabo de galo no 'Jeca', esquina da Ipiranga com São João, ainda não tanto celebrada. Aperitivo para diminuir o estresse do dia, se é que aquilo era estresse, adorávamos a tensão jornalística. Prosseguíamos com uma parada num banco da Praça da República para decidir onde ir. Ficávamos ali entre oito e meia e nove. Parece loucura, o tempo era outro. Hoje não atravesso praça ao meio-dia.

  • Política criação

    O Globo, em 28/08/2022

    O cinema brasileiro sempre teve problemas com o Estado e era normal que fosse assim. Os políticos sempre têm críticas à criação, pois cabe aos políticos tentar convencer a população de que ela se comporta do jeito que precisa se comportar; enquanto à criação cabe dizer que ainda há um futuro a percorrer. 

  • Hiroshima, meu amor

    Folha da Manhã (MG), em 27/08/2022

    O risco de explosões nucleares, nessa guerra da Ucrânia, volta nossos olhos para o passado. E começo por lembrar que Robert Oppenheimer passava horas vendo barcos navegar sem pressa, poeticamente, no Rio Potomac. Era uma pessoa sensível. Não só ele. O grupo do Projeto Manhattan gostava, especialmente, de ouvir música romântica - como o Fausto, de Gounoud. E de ver balé - como O Aprendiz de Feiticeiro, que assistiram um mês antes de explodir Hiroshima. Como se fosse premonição.

  • Falar não é fazer

    O Globo, em 25/08/2022

    Os diálogos publicados pelo portal Metrópoles não indicam crimes. Pode-se discordar do que eles pensam - acho um absurdo que empresários de tal porte tenham visão tão estreita do país e do mundo, não deem valor a direitos fundamentais como a liberdade, não entendam que uma ditadura não ajuda nunca os negócios. E, se a intenção deles é aproveitar-se de uma ditadura para dominar o mercado e fazer alguma ação difícil de fazer num ambiente democrático, é mais grave ainda.

  • A verdade distorcida

    O Globo, em 23/08/2022

    O presidente Jair Bolsonaro saiu da bancada do Jornal Nacional sem grandes prejuízos, embora tenha repetido afirmações inverídicas e dado números sobre a economia que não refletem a realidade. Sua grande virtude foi não ter perdido as estribeiras, como costuma fazer quando é contrariado.

  • Partidos Repartidos

    Os Divergentes, em 23/08/2022

    Volto ao tema da última semana. Os partidos no Brasil datam da primeira metade do século XIX. Os dois partidos do Império, Liberal e Conservador, de luzias e saquaremas, funcionaram sob o punho autocrático do Poder Moderador. Todas as vantagens do parlamentarismo ficavam nubladas por D. Pedro II quando dissolvia os ministérios não pela vontade da maioria, mas por seu próprio juízo. Foi a advertência que lhe fez Nabuco, que ninguém pode acusar de hostil ao regime.