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A farsa acabou
O risco que corre o povo brasileiro é desacreditar de suas esperanças e cair nos braços de outro aventureiro ou psicopata.
O risco que corre o povo brasileiro é desacreditar de suas esperanças e cair nos braços de outro aventureiro ou psicopata.
A situação patológica da política brasileira faz com que o presidente Michel Temer sinta-se seguro em relação à confusão instalada sobre os áudios de sua conversa com Joesley Batista e, ao mesmo tempo, esteja em perigo com as denúncias do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot contra a cúpula do PMDB, classificada como “organização criminosa”.
As próximas cenas do drama político brasileiro em curso terão o Supremo Tribunal Federal como protagonista, seja na definição de punições rigorosas aos irmãos Batista e seus delatores, um bando de caipiras metidos a espertos que tentaram desfazer do sistema jurídico brasileiro, quanto na decisão sobre o prosseguimento de processos contra o presidente Michel Temer baseados nas delações da JBS.
O seu sucesso se justifica pela mescla de um belo texto com uma admirável interpretação.
O Ministério Público Federal está empenhado nos últimos dias em encontrar na legislação de direito civil brasileira meios de retirar da família Batista o controle das empresas do grupo J&F, a partir da decisão de rescindir o acordo de colaboração premiada firmado com Joesley Batista.
O governo Temer assume uma atitude cada vez mais distante da realidade. Atribui a si mesmo o papel de novo redentor do Brasil. Pretende-se ilibado, como seus “apóstolos”, cuja sublime presença seria capaz de romper o círculo vicioso da crise, de que ele é parte não assumida.
Não há nos áudios divulgados da conversa entre Joesley Batista e seus advogados nenhuma acusação contra ministros do Supremo Tribunal Federal, somente tentativas de aproximação próprias do que chamam pejorativamente de lobistas, algumas delas de tão baixo nível que revelam a verdadeira face desse empresário, que não passa de um bandido sem escrúpulos, disposto a qualquer coisa para obter vantagens para si e seu grupo.
A grande novidade do Reage Rio 2017 talvez tenha sido despertar a consciência de que é preciso mais do que reclamar, protestar contra a violência e chorar as vítimas.
Depois de uma existência fecunda de mais de 20 anos (estive na cerimônia do seu lançamento), pode-se afirmar o sucesso do Canal Futura pelo fato de ser conhecido de 46% da nossa população, cumprindo o papel de uma verdadeira Escola sem Paredes. Sua programação é tão rica que ela foi licenciada para a veiculação em emissoras da Europa, África, Estados Unidos, Ásia e América do Sul, com ações de mobilização comunitária. Tem uma preocupação dominante com a formação social dos jovens, trabalhando nas áreas do empreendedorismo, lideranças e produção audiovisual, dando apoio a projetos em escolas e espaços comunitários, além de produção de peças que podem ser veiculadas no próprio Canal.
À medida que a campanha eleitoral começa a se definir com os candidatos a presidente da República mostrando as caras, as divergências internas nos partidos vão se cristalizando. Os principais partidos parecem dispostos a cometer os mesmos erros.
Lennon havia decretado o fim do sonho e a ambição, vencido as utopias. Nós, sonhadores, estávamos mais por fora do que poupança de chacrete.
O importante agora será constituir um polo democrático e popular que olhe para as eleições de 2018 com visão de futuro.
Os bons indicadores da economia, sinalizando o fim da recessão e uma retomada lenta do crescimento, chegaram em boa hora para o presidente Temer, às vésperas de enfrentar uma segunda denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.
O impacto da Lava Jato, envolvendo a prisão de múltiplos líderes partidários, levou, em toda tentativa de reorganização, ao estilhaço das siglas, ou às imitações estritas de legendas externas. Aí está o Podemos, a encarar uma possível “terceira via” de mobilização da política. Deparamos, ao mesmo tempo, a defesa dos minipartidos, no suposto de que a verdadeira diferença programática depende de minorias afinadas com o novo horizonte político. Aí está, por outro lado, a multiplicidade de possíveis aliciamentos no centro, vinda das migrações e conflitos oriundos de inevitáveis rusgas de um situacionismo enraizado no sistema.
O especialista Carlos Quesada, diretor dos Direitos Humanos, de Washington, afirma que “o debate racial nos Estados Unidos piorou. E há uma preocupação excessiva no assunto”. E as supremacias brancas recorrem a testes de DNA para determinar “pureza”.