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O xadrez da sucessão
Existem no momento três candidatos naturais à presidência da República: Bolsonaro, Lula e Sérgio Moro. Os dois últimos dependem de condições fora de seus controles para se viabilizarem.
Existem no momento três candidatos naturais à presidência da República: Bolsonaro, Lula e Sérgio Moro. Os dois últimos dependem de condições fora de seus controles para se viabilizarem.
Cada flor jogada na água, cada pé molhado no mar é um gesto de esperança. Senão a multidão não cobriria as areias de Copacabana sussurrando desejos a Iemanjá. Fim de ano, fim de década.
Todo começo de ano, a mesma ladainha: feliz Ano Novo! É difícil escapar do lugar comum e não pretendo dele me afastar (pelo menos neste início de janeiro). Tenho boas razões para manter certo otimismo, pois chego aos quase 90 anos — que cumprirei no próximo ano se os fados assim dispuserem — mantendo o bem-estar, o que supõe certa autonomia pessoal.
O presidente Jair Bolsonaro, na tentativa de ficar bem com os dois lados, seus apoiadores que defendem o veto ao Fundo Eleitoral, e os congressistas, sairá chamuscado seja qual for a decisão que tomar.
As minas de ferro de Carajás determinaram uma guerra entre o Pará e Maranhão.
A reorganização partidária que já está em curso, com a fusão de algumas legendas devido às cláusulas de barreira introduzidas nas recentes eleições gerais, deve ser acelerada este ano, até seis meses antes das eleições municipais, prazo permitido pela legislação eleitoral para mudanças dos candidatos.
Primeiros dia pós Natal e Ano Novo. Ruas vazias, silenciosas. O que é estranho nesta cidade.
O novo ano começa como os últimos, com esperanças de que o país recupere sua capacidade de crescimento econômico.
Antes de viajar para passar fora o réveillon, e de decidir retornar a Brasília, o presidente Bolsonaro fez uma avaliação do seu primeiro ano de governo, anunciando, orgulhoso: “estamos terminando 2019 sem qualquer denúncia de corrupção”. Devido talvez à perda momentânea de memória por causa do tombo no banheiro, ele teve uma crise de amnésia ao fazer essa afirmação.
A lei anticrime sancionada pelo presidente Bolsonaro traz avanços importantes no combate ao crime organizado, com reflexos na segurança pública, não sendo estranho, portanto, que o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro tenha decidido dar mais ênfase a essa missão de seu ministério.
Ainda teremos muita discussão até a implantação do juiz de garantias, que vai dividir os processos criminais com um juiz de julgamento. Afinal, o diabo está nos detalhes, e é disso que tratam os membros do grupo de trabalho do Conselho Nacional de Justiça, reunidos pelo presidente Dias Toffoli para regulamentar a medida.
O Ano Novo pode marcar uma data histórica para o futuro e o progresso do Maranhão.
Foi a mais grave derrota do ministro Sérgio Moro, mas foi mais que isso. Foi a confirmação de que a luta contra a corrupção nunca foi um objetivo do presidente Bolsonaro, apenas uma desfaçatez eleitoreira que não resistiu a um ano de investigações sobre sua família.
As surpresas natalinas que Bolsonaro deu aos brasileiros, ao assinar indulto que, por vias tortuosas, coloca em vigor o excludente de ilicitude para os agentes de segurança, que fora barrado pelo Congresso, e também permitir a instalação do juiz de garantias que o ministro Sergio Moro havia pedido que vetasse...
O ano de 2019 semeou não pequenas surpresas. Diria ter sido aquela montanha russa do antigo parque de diversões.