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Quem tem medo de literatura?
Nunca usei o adjetivo “abjeto”. Mas foi o que me ocorreu quando vi um interrogado, numa CPI no Congresso, acusar uma jornalista de querer trocar sexo por falso testemunho.
Nunca usei o adjetivo “abjeto”. Mas foi o que me ocorreu quando vi um interrogado, numa CPI no Congresso, acusar uma jornalista de querer trocar sexo por falso testemunho.
O carnaval vem aí, começa no fim desta semana. Mesmo que você não esteja a fim desse barato, pegue uma carona nas ondas da alegria, como os surfistas campeões se deixam levar pelas de Pipeline e Nazaré. E esqueça, por algum momento, o que nos aborrece.
São muitas as referências ao liberalismo na pauta do debate público. Poucas as considerações mais satisfatórias e abrangentes sobre seu alcance, como expôs com densidade José Guilherme Merquior em O Liberalismo - Antigo e Moderno (1991).
A pergunta é simples e decisiva. A resposta deveria ser simples e precisa.
No meu último artigo sobre o meu governo do Maranhão, 1966-1970, terminei contando como constituímos um grupo de trabalho para planejar o que íamos fazer. Era o GTAP.
Na nossa profissão, Patrícia Campos Mello, enfrentamos multidões de energúmenos pela frente.
Pegou mal a reação de Regina Duarte. Como secretária de Cultura, seria de praxe que cumprimentasse a diretora do filme “Democracia em vertigem”, Petra Costa, pela indicação ao Oscar.
Foi o Modernismo de 1922 que introduziu, na cultura brasileira, o elogio da alegria. Não só a alegria funcional de estar experimentando uma estética nova, mais livre e mais aberta, mas a própria alegria de viver, de valorizar a existência por sua própria natureza, valorizá-la por existir.
O vídeo em que o jornalista Alexandre Garcia sugere que uma troca de população entre Brasil e Japão faria com que os japoneses transformassem o Brasil em potência mundial, e os brasileiros estragariam o Japão, só viralizou porque o presidente Bolsonaro avalizou, compartilhando-o em suas redes sociais.
O caso é conhecido e já entrou para a história política brasileira. Em 13 de dezembro de 1968, o governo Costa e Silva decretou o Ato Institucional 5, e na reunião ministerial, o único voto contrário foi do vice-presidente Pedro Aleixo, que alegou, premonitoriamente: “o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país.
O grande e sempre saudoso poeta José Chagas eternizou a ponte que ligaria o centro de São Luís ao São Francisco, num poema que até hoje é lembrado e ganhou lugar na literatura maranhense.
A crescente preponderância do Congresso no debate político está provocando uma relação conflituosa com os demais poderes. Ao mesmo tempo em que impõe sua pauta ao Executivo, ocupando espaços vazios deixados pela inépcia do governo Bolsonaro, vai também confrontando o Judiciário.
As implicações da condenação em segunda instância voltaram ao debate político em dois planos ontem. No Supremo Tribunal Federal (STF), com a decisão majoritária de que ela interrompe a prescrição da pena. Na Câmara, com as audiências públicas sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância na Comissão de Constituição e Justiça.
Quando a gente pensa que os atuais governos atingiram seus limites de insanidade, somos surpreendidos com mais uma barbaridade. Agora é o governo do Rio de Janeiro, que resolveu trocar nomes consagrados para homenagear policiais e bombeiros militares, na designação das chamadas escolas cívico-militares.
Uma febre revisionista toma conta do Congresso, que vem ocupando o espaço decisório deixado vazio pelo Executivo, comandado por um Bolsonaro completamente sem apetite para as coisas grandes, e voltado diuturnamente para as pequenezas.