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Artigos

 
  • O provão foi para o espaço

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 28/12/2003

    Quando nasceu a idéia do "Provão", no Governo passado, houve uma grande resistência. Entidades representativas de alunos e professores protestaram contra a sua implantação, no começo meio precária, exatamente porque não inspirava muita confiança. Autoridades do MEC de então esclareciam: "É só o começo do processo. Vamos completar a metodologia com uma série de outros elementos, como o exame de bibliotecas e laboratórios, para que a avaliação seja adequada."

  • O hábito que faz o monge

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 25/12/2003

    Mania antiga de imitar países mais desenvolvidos, não no que eles têm de bom ou melhor, mas de discutível e absurdo, o Brasil pode adotar o recente decreto do presidente Chirac, que proibiu o uso de símbolos ou vestimentas religiosas nas escolas públicas da França.

  • O natal no Brasil

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 23/12/2003

    Tem o Natal no Brasil, como festa popular, uma tradição de alegria pelo nascimento do Menino, em festejos que foram registrados por estudiosos de nossos costumes que se curvaram sobre o modo de o povo demonstrar seu regozijo nesse período. Entre os autores dessas pesquisas estão Luís da Câmara Cascudo em vários de seus livros, principalmente no "Dicionário do folclore brasileiro", Manuel Quirino em "A Bahia de outrora", Adelino Brandão em "Recortes de folclore", Théo Brandão em "O auto dos caboclinhos" e Sílvio Romero em "Cantos populares do Brasil".

  • O primeiro diploma

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 21/12/2003

    Estamos voltando aos bons tempos em que era possível chorar de verdadeira emoção, numa festa de formatura. Aconteceu em São Paulo, com a presença do ministro Cristovam Buarque (representando o presidente Lula), quando a primeira turma de alfabetizados jovens e adultos formou-se, no Centro Universitário FMU, depois de seis meses de duro trabalho de ensino e aprendizagem.

  • Saddam e Sofie

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 19/12/2003

    A única coisa boa que podia acontecer na Guerra do Iraque aconteceu: a prisão de Saddam. Ele foi um ditador cruel, uma sanguinária presença, invadiu o Irã e o Kuwait, usou armas químicas contra os curdos e provocou um terror internacional ameaçando com armas de destruição em massa, que não tinha. Esse blefe foi argumento para a invasão do seu país. Assassinou adversários e fez expurgos entre seus próprios adeptos, com a liquidação até mesmo de membros de sua família, como os genros. Deve ser julgado pelos crimes que cometeu, para exemplo de todos os tiranos. Na minha cabeça não passa a pena de morte, pois contra ela sou contra.

  • A sacralidade do réu

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 16/12/2003

    Com a captura de Saddam Hussein por tropas americanas, o ex-ditador do Iraque deixa de ser o inimigo para se tornar o réu - e moralmente, sobetudo juridicamente, sua condição muda de gênero e grau.

  • Alegria, alegria

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/12/2003

    Recebi reclamações sobre o domingo passado. Fui, principalmente, acusado de estar de mau humor. Vejo-me obrigado a concluir, como era costumeiro antigamente, que o freguês tem sempre razão. Que história é essa de fazer comentários desalentados sobre o mundo em que vivemos, quando basta mudar os filtros com que observamos a realidade? Grande verdade, que se incute em minha mente de maneira irrefutável, enquanto saio mais uma vez de uma sessão com um dos conceituados membros de minha malha médico-odontológica, onde apenas uma horinha de tortura me aguardava, como, aparentemente, me aguardarão muitas e muitas outras dessas ocasiões educativas, numa quadra da existência em que cada vez mais tempo é dedicado à manutenção. É, egoísta e autocentrado é o que sou. Fico chateado porque, seguindo a ordem natural das coisas, tudo em mim começa a despencar e, entre muitas outras medidas de contenção de encostas, atacam minha mandíbula com uma Black & Decker e aí desconto em cima dos leitores, que não têm nada a ver com isso.

  • Zoológico fantástico

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 12/12/2003

    Com este tema, Jorge Luís Borges publicou um livro sensacional, que nada tem a ver com os bichos da terra. Eram os dele bem mais fascinantes do que os nossos.

  • Poesia e palavra

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 10/12/2003

    Precisamos da poesia. Não só de tê-la, lê-la, mas também de a discutir. Nos momentos de crise geral, como os de agora, é o poeta quem primeiro descobre o sinal da mudança. Quando estudamos e discutimos os movimentos vanguardistas em poesia a partir do Século XIX - a partir, digamos, de Beaudelaire e Rimbaud - damo-nos conta que a tranqüilidade dos que detiveram, desde então, o poder, era falsa. De um lado, Kierkegaard - desconhecido ou mal-visto - expunha as angústias que não se notavam.

  • Os donos da verdade

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 09/12/2003

    A necessidade de encher espaços nos jornais, rádios e sobretudo nas TVs criou, ou melhor, ampliou o número de pessoas entrevistadas que prestam depoimentos ou testemunhos sobre determinados fatos, comentam situações, dão aquilo que, desde tempos imemoriais, chamamos de palpite.

  • Maior ou menor?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/12/2003

    Uma amiga das lides educacionais telefona e pede orientação. Ela não está entendendo mais nada, a respeito da discussão em torno da maioridade penal. Se deve ou não ser reduzida para 16 anos.

  • Um peru em Bagdá

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/12/2003

    Peço ao leitor que me perdoe. Ando tão por conta com o que o George W. Bush está fazendo com o seu país e conosco, que não consigo deixar de repicar o tema.

  • Canções do exílio

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 03/12/2003

    Uns dias entre Paris e Lyon, encontro e reencontro amigos que se auto-exilaram nos anos de chumbo e por lá ficaram, em parte porque se adaptaram, em parte porque desconfiam de um revertério que pode fazer o trem andar para trás.

  • Preparado para o combate, mas com dúvidas

    O Globo (Rio de Janeiro -RJ) em, em 30/11/2003

    Estou vestindo uma estranha farda verde, cheia de zippers, feita de tecido grosso. Minhas mãos estão com luvas, de modo a evitar ferimentos. Carrego comigo uma espécie de lança quase da minha altura: sua extremidade de metal possui um tridente de um lado e uma ponta afiada do outro.