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Artigos

 
  • A União e a fome

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro -RJ) em, em 22/10/2003

    Há alguma coisa de errado nas relações da União com os estados e municípios. Embora nada entenda do assunto, sempre achei que a federação, como qualquer tipo de federação, situava-se no topo da pirâmide administrativa do País, sobretudo no setor mais importante, que são as cotas nas receitas e em inúmeros outros quesitos a que as partes (estados e municípios) têm direito a participar do grande bolo.

  • Um retrato do Brasil

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro -RJ) em, em 22/10/2003

    Do jornal como instrumento de mudança é tema que me empolga há mais de meio século. Exatamente em 1951, escrevi no jornal em que trabalhava, uma série de vinte artigos, subordinados ao título de "Jornalismo e Literatura", que depois ampliei para a edição de um pequeno volume lançado em 1954 pelo Ministério da Educação no setor dirigido por Simeão Leal. Comentando esse livro, em artigo saído no "Jornal do Brasil", opinou Alceu Amoroso Lima que o assunto merecia atenção, o que o levou a suas considerações, "Do Jornalismo como gênero literário".

  • E o magistério?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 20/10/2003

    O dia 15 de outubro - Dia do Mestre - ensejou que pensássemos ainda mais naqueles que elegeram o magistério como sua profissão de escolha. Infelizmente, o número está diminuindo.

  • Começa a construção da diferença

    Jornal do Commercio (RJ), em 17/10/2003

    Porto Alegre vem de acolher a reunião-monstro, de marco internacional, para discutir o direito à água como franquia do cidadão, e não expectativa e paga de um consumidor compulsório. A ocasião, em debate aberto pela Ministra Marina Silva, permitiu a análise mais funda, de até onde nos damos conta de que o mundo da globalização começa por se apossar do nosso inconsciente coletivo, e se impõe como uma lógica do pensamento. Tomamos, como nossos, interesses dominantes do mundo, que se transformam num estado do espírito, depois em imagem e, a seguir, no fato consumado de um comportamento social.

  • Assim não dá

    Jornal do Comeercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 15/10/2003

    Duas recentes declarações do presidente da República devem ser analisadas. Numa delas, confessou que nos noves meses de Governo mal conseguiu 1% do que pretendia. A humildade lhe faz bem, mas o pequeno percentual que ele se atribui não parece visível. E não é o cronista que constata a falta de visibilidade de seus feitos.

  • Em perigos e guerras esforçado

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 12/10/2003

    Algo me diz que já escrevi um ou mais textos com o título acima, talvez publicados aqui mesmo. Sabemos que Algo mente muito, mas é também freqüente que lhe assista razão, como suspeito ocorrer no presente caso. Disponho da desculpa meio esfarrapada de que são palavras de Camões e, portanto, sujeitas a freqüentes repetições, mas estaria mentindo se a usasse, porque o fato é que não me lembro e, assim, devo desculpas ao leitorado, que pelo menos tem o direito de não se defrontar, volta e meia, com a mesma coisa. Mas creio que a repetição se limita ao título. Bem verdade que, como vou fazer em seguida, falarei de novo na malha médica que me sitia. Mas é que tenho novidades. Não é que, inopinadamente, a dita malha médica acaba de aumentar? É o que estou lhes dizendo; sei que parece impossível, mas é a pura realidade. Estou agora de fisiatra e fisioterapeuta. Meu joelho esquerdo pifou e o direito parece disposto a seguir-lhe o exemplo. Ainda consigo andar, mas com a elegância de um pato caquético e sob a ameaça, em minha cabeça sempre delirante, de que ambos despenquem enquanto eu atravesso uma rua aqui perto de casa chamada pelos mais íntimos de Roleta Russa, dado o empenho com que os motoristas dos carros que nela entram procuram atropelar os passantes.

  • Função social da família no código civil

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 11/10/2003

    É sabido que a maioria das alterações pertinentes ao Direito de Família, no novo Código Civil, provém da Constituição de 1988, a qual determina a igualdade absoluta dos cônjuges e dos filhos, não havendo mais diferenças de direitos e deveres entre o marido e a mulher, bem como entre os filhos havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, tendo os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.Também no que se refere à guarda, manutenção e educação da prole, são estabelecidas normas bem diferentes das vigentes na legislação anterior. Em primeiro lugar, desaparece a figura do "pátrio poder", o qual, por proposta por mim formulada, passa a denominar-se "poder familiar", que cabe igualmente a ambos os cônjuges. Havendo divergência, qualquer deles poderá recorrer ao juiz, que decidirá tendo em consideração tanto os interesses do casal como dos filhos.

  • Laranjas e livros

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/10/2003

    Nos tempos em que ia para Rodeio, nas velhas marias-fumaças, de repente deixávamos de sentir o cheiro do carvão queimado na caldeira da locomotiva. E um gostoso cheiro de laranja invadia os vagões. Joaquim Pinto Montenegro, meu tio, com a autoridade de quem se julgava dono de todos os dormentes, trilhos, equipamentos da antiga Central do Brasil, anunciava com a alegria severa de quem sentia aquele perfume todos os dias:

  • Compromisso com a natureza

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 06/10/2003

    Tivemos no Brasil uma longa fase amadorista no trato da questão ambiental. Era bonito ou feio tratar dessa ou daquela maneira o que se referisse ao meio ambiente, até que se tenha passado à fase profissional, séria, com o convencimento de que a preservação da natureza é essencial à vida. Veja-se o caso de Furnas, uma grande empresa, que criou este ano a Superintendência de Gestão Empresarial, elevando os cuidados do tema dentro e fora da empresa. Isso integra o seu esquema de responsabilidade social.

  • Sob o signo da música

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 30/09/2003

    A música, de qualquer gênero e para qualquer instrumento, a voz humana inclusive, é um mundo à parte, algo separado no alforje das coisas. Há nela um mistério que um Proust de vez em quando tenta explicar, através de uma sonata, inventada contudo real, de um Vinteil imaginado que se torna imortal.

  • Cada vez mais protegidos

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 28/09/2003

    Já foi moda chamar o Brasil de "país dos bacharéis". Mas as novas gerações, aparentemente, ficaram com os economistas, porque essa profissão, outrora pouco prestigiada, virou a nossa mentora mais visível. Temos sofrido, nas últimas décadas, todos os tipos de astros da ciência econômica.

  • A sociedade simples e a empresária no código civil

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 27/09/2003

    Uma das modificações básicas do novo Código Civil se refere ao Direito Empresarial, que constitui o objeto do Livro II de sua Parte Especial. Na realidade, a alteração começa na Parte Geral, com a distinção do artigo 53 entre sociedade e associação, aquela constituída pela união de pessoas que se organizam para fins econômicos e esta por terem outras finalidades.Abandonada, porém, essa sinonímia do código revogado, surge uma distinção essencial entre sociedade simples e sociedade empresária. Não define a nova Lei Civil o que seja "sociedade empresária", mas seu conceito resulta da definição dada à figura do empresário, assim considerado "quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços" (artigo 986).

  • MST e transgênicos

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 26/09/2003

    O Brasil está como o Criador o fez e a geografia o consagrou. Sua diversidade não é somente bio, mas política, cultural e surpreendente. Do futebol ao samba, somos todos naturais.

  • O cavalo na chuva

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 24/09/2003

    Como estão cansados de saber, não há almoço grátis, quer dizer, tudo tem o seu preço. São duas verdades óbvias que entram pelos olhos de todos nós, mas volta e meia aparece gente querendo comer de graça e não pagando o preço das coisas que consome - muitas vezes sem precisar.

  • Ensino médio: ainda órfão?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 22/09/2003

    O Brasil costuma dar saltos (às vezes no escuro) quando se trata do que se chamou ensino secundário, depois 2º grau e hoje é o ensino médio. Com tudo o que tem de implicação com a parte profissionalizante, laboratório de mirabolantes experiências pedagógicas. Não foi à toa que Anísio Teixeira, há pelo menos 40 anos, batizou de órfão o ensino médio. É preciso dar-lhe um tapa de modernidade.