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Artigos

 
  • Movimento da bolsa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/03/2005

    O presidente da Bolsa de Valores nasceu ouvindo falarem, até compreender, de títulos, cotações baixas e cotação do dólar. Seu pai foi um dos mais conceituados e acatados corretores de bolsa, dono de uma palavra de ouro, contra a qual ninguém ousava protestar ou tentar sair da linha reta da enérgica profissão. O filho não poderia ser diferente.

  • Vivaleitura

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 07/03/2005

    Enfim, uma boa idéia. Fala-se tanto na necessidade de criar um plano nacional de leitura, artigos são escritos com relativa abundância, mas na prática o que se vê são ações pontuais, que têm duração dos dias da sua realização. Ou seja, nada duradouro, definitivo, como se deve esperar de uma necessidade desse porte.

  • A tolice e o crime

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/03/2005

    Mais uma distorção do atual governo. Dando prioridade à economia, continua tratando o social de forma secundária, dando e tirando verbas ao sabor de uma demagogia eleitoreira (para 2006) e reforçando o caixa para apresentar índices com que os nossos guarda-livros provocam elogios aqui e no exterior.

  • A solução é clara

    O Globo (Rio de Janeiro), em 06/03/2005

    A julgar por muitas entrevistas, artigos, ensaios, poemas, discursos e outras manifestações a que tenho sido exposto, às vezes com requintes de crueldade mental, as tentativas de elucidação dos problemas brasileiros começaram desde Cabral, talvez até muito antes. Os índios parecem ser considerados por quase todo mundo os primeiros habitantes do Brasil, os verdadeiros brasileiros. Tenho que fazer considerável esforço para aceitar esse raciocínio que, acatado por tanta gente, deve estar certo. Eu é que sou tapado e já fui até chamado de racista e inimigo dos índios, pois a triste verdade é que ainda me atrevo a discordar, pela óbvia razão de que não existia Brasil nenhum, antes dos processos deflagrados pela colonização e não encerrados até hoje.

  • Pau para cada um

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/03/2005

    Começa a esquentar a briga entre Lula e FHC. Foram cordiais um com o outro até recentemente. No passado, estiveram juntos em diversos lances de nossa vida política. O rompimento, que ainda não parece definitivo, nada tem a ver nem com o passado nem com o presente, mas com o futuro, e atende pelo nome de sucessão presidencial.

  • As uvas da ausência

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/03/2005

    A morte de Guillermo Cabrera Infante, em Londres, na semana passada, após 40 anos de exílio, deveria servir de reflexão sobre as relações dos intelectuais com o regime cubano. Como se sabe à exaustão, há uma tendência de compromisso entre escritores e artistas com o socialismo implantado por Fidel Castro, que logo se tornou comunismo e sobrevive hoje sob a forma, sem dúvida simpática, de castrismo.

  • A bolsa e a vida Severina

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 04/03/2005

    O fracasso da eleição de Greenhalgh, no zênite do poder do PT, só demonstrou, ao mesmo tempo, como as raízes da força de Lula permanecem intactas por fora de qualquer agenda clássica de respostas à expectativa popular. Nos mesmos dias em que o PT foi varrido da Mesa da Câmara, continuam os percentuais do apoio básico ao presidente. Mais ainda, reforça-se a conclusão peremptória: continua imbatível para um segundo turno.

  • Por uma Federação de fato

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/03/2005

    Malgrado o Estado brasileiro ser, como é notório, uma República Federativa, ainda sofre de grande centralismo em torno da União e elevado grau de competitividade entre os Estados, Distrito Federal e municípios.

  • Vá tomar banho!

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/03/2005

    A característica mais forte da sociedade industrial foi a sua capacidade nunca prevista de provocar um êxodo das populações rurais para as cidades. A relação de outrora -de 80% das pessoas vivendo no campo e 20% nas cidades- inverteu-se vertiginosamente para, em média, 10% no campo e 90% nas cidades. O Brasil não ficou atrás e, hoje, é mais ou menos essa a proporção que apresenta.

  • O primeiro golpe contra o golpe

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/03/2005

    Em 31 de março de 1967, inaugurava-se no Brasil um tipo novo e complicado de poder: o marechal Castelo Branco entregava a Presidência da República ao também marechal Costa e Silva. Em cerimônias análogas, nos anos seguintes, o posto hierárquico baixaria para o de general-de-exército. Seguindo o exemplo dos rinocerontes, os marechais entravam em fase de extinção, o próprio Castelo Branco abolira o posto na pirâmide funcional.

  • É preciso autoridade

    Diário do Comércio (São Paulo), em 04/03/2005

    Os comentários sobre a eleição de Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara dos Deputados estão fervilhando. O dono, segundo a mídia, do baixo clero, faz lembrar a Revolução Francesa. Entre tantas traições, atitudes desencontradas de outras, na condução dos acontecimentos, o baixo clero não votou com o primeiro Estado, o clero, nem com o segundo, a nobreza, mas com o Terceiro Estado, o povo, entendida a palavra como todos os que não pertenciam a um dos dois outros Estados da representação. Severino Cavalcanti, um dos milhares de Cavalcantis ou Cavalcantes do Nordeste, principalmente de Pernambuco, soube dominar o baixo clero.

  • Começando a gostar

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 03/03/2005

    Não devo causar surpresa ao afirmar que estou começando a gostar do Severino. Fiz parte da turbamulta que esculhambou a sua eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, os métodos que usou e até mesmo alguns lances de seu passado reacionário.

  • Em torno do FMI

    Diário do Comércio (São Paulo), em 03/03/2005

    Os periodistas da minha geração, bem como os políticos de épocas passadas, lembram-se que Juscelino, a simpatia em pessoa, fechou carranca, que não era de seu hábito, contra o FMI, e rompeu relações com essa instituição, criada por Lord Keynes, em 1944, para enfrentar, com o apoio financeiro dos Estados Unidos, a catástrofe da guerra, que terminaria logo depois. Evidentemente, as esquerdas da época aplaudiram o risonho Juscelino mas o Brasil, pouco tempo depois, reatava relações com o FMI, e viveram muito bem até há pouco.

  • Mário Palmério, o romancista rural

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 02/03/2005

    À semelhança de Graciliano Ramos, com o seu livro São Bernardo, Mário Palmério também estreou na vida literária nem muito cedo, nem muito tarde, nem muito moço, nem velho ainda, mas naquela idade ideal, 40 anos, com o fruto quarentão de uma aventura intelectual: o livro Vila dos Confins, que ''nasceu relatório, cresceu crônica e acabou romance''.