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Artigos

 
  • FHC, Delfim e Lula

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/03/2005

    Semana passada, comentei a troca de críticas entre Lula e FHC, que não chega a ser ainda briga nem um rompimento formal. Sugeri que se desse um pau a cada um e que eles decidissem as divergências numa arena pública e com narração isenta do Galvão Bueno.

  • Moloch

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/03/2005

    Está nas locadoras um filme com esse título de mitologia para designar Hitler e seus companheiros e pessoal burocrático da sua residência na montanha. Como sabem todos que se informam sobre os problemas do país e do mundo, uma estranha simpatia está aproximando o gângster da Segunda Grande Guerra da juventude européia. É um fenômeno que deve dar o que pensar aos dirigentes de países não só da Europa, como de outros continentes, inclusive o Brasil.

  • Os prêmios e a valorização do escritor

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 16/03/2005

    Um dos mais ameaçadores adjetivos que, de vez em quando, rondam a vida de um escritor é ''simbólico'', sobretudo quando antecedido das palavras ''cachê'', ''pro-labore'' e similares. Para as intervenções de outros profissionais na esfera da arte, costuma-se estipular um pagamento, maior ou menor, sem que seja necessário recorrer ao anteparo do famigerado adjetivo. Porém, a ''remuneração'' do escritor que participa de um evento (em que ele mesmo, não raro, é a principal atração) às vezes reduz-se a uma cama de hotel, a um café da manhã, a uns trocados para o deslocamento - e estamos conversados. Mal lido e não pago, o autor brasileiro encontra poucos estímulos para a difusão e o conseqüente reconhecimento de sua obra, a partir da própria desconsideração e do viés amadorístico com que seu ofício é tratado.

  • Lula e os leões

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/03/2005

    Não tenho certeza, mas acho que entre as leituras de Lula ao longo da vida, está o "Tartarin de Tarascon", de Alphonse Daudet, uma das obras-primas que até hoje me encanta quando estou triste, triste de não ter jeito.

  • A volta de Marta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/03/2005

    Até há muito pouco tempo, o que se falava sobre a sucessão estadual era especulação, uma prática corrente nas colunas políticas da mídia impressa.

  • Precisa-se de um milagre na educação

    O Globo (Rio de Janeiro), em 15/03/2005

    O MEC, ao longo da história, sofreu todo tipo de influência. Quando era moda apresentar soluções de direita ou de esquerda, divertimo-nos bastante com idéias até generosas, mas que não entraram no domínio objetivo da prática.

  • Permanência de Jorge

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 15/03/2005

    Tenho para mim que três narrativas mais ou menos curtas serão, daqui a alguns séculos, consideradas típicas do clímax que a ficção em prosa alcançou, como sucessora do poema-que-conta-história, no período que veio de Tolstoi aos dias de agora. São "A morte de Ivan Ilyitch", do próprio Tolstoi, o "Velho e o mar", de Ernest Hemingway, e "A morte e a morte de Quincas Berro D'água", de Jorge Amado.

  • O demônio de Garanhuns

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/03/2005

    Não sei não, mas o presidente da República que mais mudou ministério foi JK. Dizia ele que não tinha compromisso com o erro: quando sentia que um ministro ou auxiliar não estavam dando conta da tarefa que lhe atribuíra (ele tinha 30 metas a cumprir), o mundo podia vir abaixo, mas ele substituía o ministro que não estivesse sintonizado com o seu ritmo de trabalho e as suas prioridades.

  • Sucessões familiares

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/03/2005

    Está se tornando regra no Brasil a contratação, pelas empresas, de administradores profissionais. São, em geral, administradores de empresas egressos da Fundação Getúlio Vargas ou de diferentes escolas, pois há muitas, recebendo, todos os anos, numerosos candidatos a futuros bons empregos.

  • Comunicação na língua portuguesa

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 14/03/2005

    Está em funcionamento, em Brasília o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, que hoje presido com muita honra. A ele incumbe zelar, como órgão auxiliar do Senado, pelas questões normativas que se referem à radiodifusão e às telecomunicações brasileiras.O nosso pensamento é comprometer o CCS com a valorização da língua portuguesa, hoje tão maltratada. Por que, por exemplo, não estimular a realização de programas de rádio e TV que abordem tal problema, de suma gravidade para a nossa cultura?

  • Limpeza de terreno

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/03/2005

    O governo federal decretou intervenção em hospitais da Prefeitura do Rio de Janeiro. O motivo não deixa de ser verdadeiro e grave: há descalabro nos hospitais municipais, mas há também descalabro na rede federal da saúde. As verbas da União são insuficientes, as existentes não são repassadas normalmente, o mesmo acontecendo com as verbas destinadas à educação.

  • Partido dos economistas

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/03/2005

    Dois articulistas da Folha de S.Paulo , Vinícius Torres Freire e meu confrade na Academia Carlos Heitor Cony, escreveram, por coincidência, sobre o mesmo assunto, o "Partido dos Economistas". Cada um no seu ponto de vista, mas coincidindo na tese. A da vitalidade do "partido" e sua ascendência sobre os governos, muito especialmente sobre o governo -acentuo eu - do presidente Lula.

  • Outros tempos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/03/2005

    Passamos duas semanas discutindo se os congressistas devem ter seus vencimentos aumentados. A mídia e a opinião pública estão esculhambando a pretensão, com argumentos mais do que manjados e repetidos à exaustão sempre que o tema entra em debate.

  • Considerações iatrofilosóficas

    O Globo (Rio de Janeiro), em 13/03/2005

    Realmente, como vocês devem estar cansados de me ver repetir, não se pode querer tudo neste mundo. Há gente, contudo, como eu, que continua neuroticamente tentando. E não consegue, claro. Por exemplo, aqui com o juízo coçando, eu ia falar mal do governo outra vez. Como também já disse, não é que eu goste de falar mal do governo. Pelo contrário, queria falar bem, mas sabem como é, às vezes fica difícil (lá ia eu de novo, mil perdões). Pronto, não vou falar mal do governo. Mas aí outro problema que me aflige se apresentou, como é também freqüente: um dos meus acessozinhos de pernosticismo, no título acima, com o uso de uma palavra que nem mesmo está registrada nos dicionários que consultei, embora sua formação me

  • O respeito ao mistério

    O Globo (Rio de Janeiro), em 13/03/2005

    OS GREGOS FORAM GRANDES mestres em descrever o comportamento humano através de pequenas histórias, que costumamos chamar de “mitos”. Todas as gerações que vieram depois deles - da psicanálise de Freud (com o complexo de Édipo, por exemplo) aos filmes de Hollywood (como o Morpheus, de “Matrix”) - terminaram por beber desta fonte.