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Artigos

 
  • Guerra nas Estrelas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/05/2005

    Homem fantasiado de Darth Vader assalta cinema. Um homem com a máscara do vilão do filme "Star Wars" assaltou uma sala de cinema em uma cidade norte-americana. A polícia de Springfield (Illinois) informou que ele entrou no cinema, empurrou um funcionário e depois fugiu levando o dinheiro da bilheteria.

  • Os desafios da reforma

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 30/05/2005

    Antes mesmo que o MEC desse à luz a nova versão da reforma universitária, com 67 alterações no projeto original, o UniFMU de São Paulo, por intermédio do Imae, realizou um debate sobre os desafios prementes da educação brasileira. Dele participaram membros do Conselho Nacional de Educação, como os professores Roberto Bezerra (presidente) e Edson Nunes (presidente da Câmara de Ensino Superior), além do prof. Ronaldo Mota, diretor de educação à distância do MEC, e membros do Imae, que é presidido pelo prof. José Aristodemo Pinotti.

  • O monstro atraente

    Diário do Comércio (São Paulo), em 30/05/2005

    Não recorri à Enciclopédia para relembrar quando apareceu o dinheiro. Provavelmente foi inspiração diabólica o seu surgimento e sua entrada em circulação. Na China, no Egito, em Roma.

  • Mata e esfola

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/05/2005

    Recebo e-mail de um leitor, com a cópia da mensagem que enviou a um colunista da Folha, um dos mais ilustres, lidos e respeitados do país (evidente que não sou eu). O leitor reclama dele as restrições que faz ao governo Lula, atribuindo-lhe uma ligação inexistente com o governo do ex-presidente FHC, ligação que explicaria suas críticas ao atual governo.

  • Que tal uma tolerância zero para nós?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 29/05/2005

    Sei que não adianta, mas reitero minha rejeição ao rótulo de “formador de opinião” que a toda hora me pespegam. Não só o acho pretensioso, como não creio que seja verdade. O que acredito que faço com alguma freqüência é dar forma ao que muita gente já vinha pensando, ou veicular o que ela já trazia formadinho na cabeça e não tinha como manifestar. Não sou megalômano, para achar que, depois que dou um palpite - que, aliás, pode ser uma perfeita besteira, pois claro que digo besteiras como todo mundo, embora talvez não tão abundantemente quanto uns e outros, pelo menos em público -, vai aparecer um monte de gente querendo segui-lo. Só se for um palpite que já esteja dormindo ou armazenado na cabeça do pessoal e eu apenas o desperte, ou dê de cara com ele no fundo de uma gaveta que já desistimos de arrumar.

  • Atrás de seus sonhos

    O Globo (Rio de Janeiro), em 29/05/2005

    NASCI NA CASA DE SAÚDE SÃO JOSÉ, no Rio de Janeiro. Como foi um parto bastante complicado, minha mãe me consagrou ao santo, pedindo que me ajudasse a viver. José passou a ser uma referência para a minha vida, e desde 1987, ano seguinte à minha peregrinação a Santiago de Compostela, dou uma festa em sua homenagem, no dia 19 de março. Convido amigos, pessoas trabalhadoras e honestas, e antes do jantar, rezamos por todos aqueles que procuram manter a dignidade no que fazem. Oramos também pelos que se encontram desempregados, sem nenhuma perspectiva para o futuro.

  • Abusos do poder

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/05/2005

    Não espero muita coisa da CPI que acaba de ser aprovada para apurar o escândalo dos Correios. Primeiro, porque os escândalos deixaram de ser pontuais, criaram uma metástase no organismo nacional, não adianta extirpar um tumor aqui porque há outros ali, em diferentes órgãos, alguns detectados, outros crescendo na sombra.

  • A igreja adulta de Bento 16

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/05/2005

    A despedida na praça de São Pedro de João Paulo 2º numa unanimidade mundial só faz redobrar a atenção para o passo seguinte da igreja. A sideração desbordou toda volta à simples seqüência, de conservantismo ou mudança. Um aluvião de consenso criou uma expectativa única que redobra a escuta do mundo exposto à "civilização do medo" e das cruzadas para justificá-lo. É um próprio sinal dos tempos o acesso ao trono de Pedro de um teólogo e intelectual rigoroso, que tem o dever da autocrítica e se investe, agora, da mais radical humildade para a sua nova toma da palavra. Encontrar os ouvidos para o anúncio implica, ao mesmo tempo, fugir às retóricas do continuísmo como das repartidas fáceis.

  • O peru do Carnaval ou do Natal?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/05/2005

    O ex-presidente Fernando Henrique é um homem educado, amável, cordato, esperto, malicioso, simpático e sedutor. Nunca se revela a um adversário, e não sei se algumas vezes a algum amigo. Não o vejo com ares de confissões e de ter confidentes nem dado a confessor. O que o teria levado a entrar em metáfora dos bichos sem chegar à fábula, gênero que tem sempre uma conclusão moral? Disse ele, num rasgo que não é do seu cotidiano, que o governo era um "peru bêbado no Carnaval". A reação foi desproporcional à boutade. Afinal, um peru bêbado no Carnaval está no espírito da coisa, para brincar e divertir-se. Depois veio a correção: "Não é no Carnaval, é no Natal".

  • O castigo do aliancismo a todo custo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 27/05/2005

    A determinação do respaldo de Lula aos aliados contra a CPI no caso de Roberto Jefferson pode se ter transformado no meridiano invisível, de passagem para o longo prazo de sua presente estratégia de poder. Ou seja, a da absoluta prevalência da realpolitik sobre a volta à iniciativa programática, no a que veio ao Planalto o PT. É a pertinácia desta última crença, inclusive, que tem permitido a marcante disciplina, ainda, do partido. Seus próceres mais importantes querem a mudança de dentro, contra toda ruptura pelo purismo doutrinário. O PSOL, de Heloísa Helena, não fez verão, nem ampliou a fratura, acreditando num brusco amadurecimento do fator ideológico no alinhamento político do País. A própria idéia-mestra, original, da opção socialista parece esfumar-se, como remota estrela polar. Mais ainda, a própria articulação, a prazo médio, do querer político não marcha para um programa de onde se possam cobrar prioridades e, sobretudo, tempos definidos de expectativa. A candidatura Plínio Sampaio, por exemplo, para a próxima presidência do PT é exemplar na aposta pela superação da estrita realpolitik em novo mandato.

  • O palhaço Arrelia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/05/2005

    No início dos anos 30 eu morava com meus pais na avenida 8, entre as ruas 1 e 2, em Rio Claro, cidade de ruas numeradas, como as americanas.

  • Alfabeto Digital

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/05/2005

    Os modismos aqui chegam, mas em geral custam a pegar. Desde a época do Descobrimento, as cartas com as novidades demoravam mais de um mês, trazidas pelas valentes caravelas portuguesas. E alguma coisa para virar modismo, naqueles tempos, não era fácil. Como espalhar pela colônia?

  • Que sociedade?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/05/2005

    Não sei não, mas, pelo que se vê e se ouve por aí, a impressão é a de que o Estado não mais representa o povo. A constatação foi feita, recentemente, por Mauro Santayana, no "JB". E ele disse mais: o Estado é uma empresa em falência com os sócios disputando o que resta.De uma forma menos lúcida, o mesmo pensamento rola em editoriais, em colunas -especializadas ou não-, em debates e em mesas redondas na TV, onde nem mais aparece a mesa, que, redonda ou quadrada, foi abolida pelos cenógrafos.

  • A Escola de Morrer Cedo

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 25/05/2005

    Fomos morar no Rio, uma cidade nesse tempo tão fagueira e tão amena. Os sambistas cantavam ''a favela dos meus amores'', num tom ainda sentimental. Nem brincando se pensava então no ''crime organizado'' e, embora as desigualdades sociais fossem crescentes, a miséria não estava tão exposta. E os estudantes, embora meio amotinados, fizeram-me um convite lírico, para que eu fosse falar-lhes sobre os românticos.

  • Baixo astral

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/05/2005

    Nos últimos meses, a rigor desde o segundo mandato de FHC, o principal assunto que canaliza denúncias, cóleras, frustrações e desculpas é a corrupção -em suas diferentes modalidades. Se formos medir em centímetros quadrados de papel o que se publica atualmente, o tema ganha disparado de qualquer outro. Por um motivo simples: não há outro assunto que faça a sociedade discutir, aprovando ou recusando o que diariamente é revelado na vida nacional.Não adianta argumentar que a corrupção é antiga, vem lá de trás, da mais remota Antiguidade, e foi comum a todas as civilizações que se sucederam no palco da história. Acontece que, ao lado da corrupção, coisas importantes foram realizadas, e o mundo rolou para a frente. Só para dar um exemplo: no tempo de Napoleão, havia corrupção em tudo, mas os ideais da Revolução Francesa se expandiram, houve o Código Civil.