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Artigos

 
  • Verdades e mentiras

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/09/2005

    Muita coisa acontecendo - e ao mesmo tempo. Um sinal dos tempos, um tempo que não deixa de ser chato, que não dá tempo para a gente ter tempo em pensar e se preocupar com outras coisas além do tempo.

  • A vez do álcool-motor

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/09/2005

    Vem de longe a expressão álcool-motor. Se não me falha a memória, vem de 1924, por terem alguns usineiros da época procurado o presidente do Estado, Washington Luís, para interessá-lo neste produto, como combustível sucedâneo da gasolina.

  • A mão no metrô

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/09/2005

    Metrô: Pesquisa aponta que 66% dos passageiros acham muito ruim ou ruim a prevenção contra as investidas nos vagões. As queixas femininas mais comuns envolvem as "encoxadas" e a "mão-boba". Folha Cotidiano, 05.09.2005 

  • A regra do jogo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/09/2005

    O visual não chega a ser agradável, agravado pelas fotos com que a imprensa, sobretudo a semanal, se esmera em apresentá-lo como um cangaceiro. Além disso, Severino é criticado pela mídia como representante de um Brasil retrógrado, fora do esquadro de um país que se julga moderno mas tem a pior distribuição de renda, os juros mais altos do mundo e outras misérias -não por culpa dele, mas por conta dos grupos que detêm o poder e se acreditam vestais, transparentes como os anjos.

  • A regra moral de um serviço

    Diário do Comércio (São Paulo), em 12/09/2005

    Quando a Associação Comercial de São Paulo cogitou de instituir um Serviço Central de Proteção ao Crédito - SCPC, não visou, especificamente, o freguês inadimplente, mas executar uma política empresarial-pedagógica de doutrinação da importância do crédito pelo bom pagamento dos débitos parcelados, segundo contrato com o vendedor.

  • A pequena notável

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/09/2005

    Uma das lembranças mais fortes que guardo refere-se à morte de Carmen Miranda. Foi um enterro como poucos, com o comparecimento em massa do povo entristecido. Ela repousa no Cemitério São João Batista, em Botafogo, perto de Francisco Alves, o Rei da Voz, outro que também é alvo de visitas estrondosas sobretudo no Dia de Finados. O que terá levado Carmen Miranda a tamanho sucesso? O fato de ter nascido em Portugal? Os inúmeros shows no Brasil? Um êxito ainda maior nos Estados Unidos? Deve ter sido a soma de tudo isso. Foi cantora, atriz e dançarina. Sua maior atração foi a música, estreando no disco em 1930, com Não vá simbora e Se o samba é moda. No carnaval desse mesmo ano, fez sucesso com a marcha Iaiá Ioiô, de Josué de Barros. Para ficar definitivamente famosa com a marchinha Taí, de Joubert de Carvalho.

  • Adote um tubarão

    O Globo (Rio de Janeiro), em 11/09/2005

    Creio que venho notando claros sinais de que o interesse público pelas CPIs, o mensalão e correlatos tem caído muito, nos últimos dias. Em primeiro lugar, o cheiro de pizza nos envolve as narinas e os que pensavam que iam mudar de cardápio já hesitam sobre se vão querer com calabresa, sem calabresa, ou mista. Não entendo muito de pizza, que costuma saber-me a papelão temperado, mas sei que ela vem aí. Bem verdade que a velocidade das CPIs não é das mais estonteantes, mas no fim vem pizza mesmo, no máximo com um garçom ou dois ficando sem gorjeta por uma semana e um boy de cara para a parede quatro horas. Até o pessoal do boteco, que deu para abandonar as novelas em favor dos canais do governo, está desistindo, não agüenta mais os artistas repetindo as mesmas falas e enrolando o máximo, para continuarem focados pelas câmeras. As cenas de sexo são intensas, é verdade, mas nós estamos sempre ? como direi? - no lado recebente; eu sei que tem quem goste, mas há de cansar um pouco até esses. E ficou clara a necessidade de instituírem, naturalmente que às nossas custas, um curso de artes cênicas para diversos parlamentares. Outro dia, quando uma representanta do povo (eu sei que a palavra não existe dessa forma, mas não convém facilitar, de repente tem uma lei aí que qualifica um casos desses como crime hediondo) passou 15 minutos explicando que ia fazer apenas uma perguntinha e, quando fez a perguntinha, descobriu que ela já tinha sido feita e respondida diversas vezes antes, devo confessar que me decepcionei um pouco com o roteirista.

  • Daqui a cinquenta anos...

    O Globo (Rio de Janeiro), em 11/09/2005

    TEREMOS FACULDADES DE MEDICINA, engenharia e direito. As outras sumirão do mapa, porque as atuais gerações estão se dando conta de que não adianta muito se formar em universidade e trabalhar em algo que nada tem a ver com o que se estudou. Continuarão a existir o ensino fundamental e médio.

  • O anjo exterminador

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/09/2005

    Que cada um de nós, individualmente ou em grupos indignados, éticos, escolha os seus vilões preferenciais. Numa lista apressada, atual e incompleta, aí vão alguns nomes: Delúbio, Severino, Marcos Valério, Zé Dirceu, Roberto Jefferson, Paulo Maluf e prole, Zé Genoino, Lula, os hierarcas do PT, o Duda Mendonça -e por aí vai, ao gosto ou desgosto de cada um.

  • Variações sobre o tédio

    www.miguelreale.com.br em, em 10/09/2005

    É nas “épocas de nojo”, como a que estamos vivendo, como conseqüência da clamorosa e criminosa tentativa do PT de apossar-se, como partido único, da totalidade dos quadros administrativos da Nação, que devemos analisar o fenômeno do tédio.

  • Mulheres nuas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/09/2005

    Na semana passada, falei do mago do Tibete, que, além de mago, era magro e tinha poderes para explicar o passado e adivinhar o futuro, além de possuir outros tantos poderes para transformar pedras em pães, água em vinho e, no terreno das amenidades, fazer qualquer mulher, de qualquer raça, língua, cor e crença, despir-se, dançar e transar à vontade do freguês.

  • Implosão petista e teimosa premiada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Lula prova toda a força da sua intuição política, fazendo o certo para vencer a crise. No refazer o contato direto com seu eleitorado de base, vai ao provérbio da frase certa, ao abraço e se reforça do tumulto de sempre à sua volta. O fracasso, reconhecido pela Folha de S. Paulo, da manifestação contra o presidente pela Força Sindical tornou também nítido o tira-teima dos prós e contras dos movimentos de massa começados nos últimos dias. Vencendo os contornos chapa-branca, o que apoiou Lula em Brasília deixa intocado o capital de mobilização popular que entra em jogo na superação da crise e no confinamento do escândalo ao Brasil oficial ou ao despeito e ao desencanto dos neolulistas no seu seio, os últimos a referendar a avalanche da chegada do PT ao Planalto.

  • Crise política e reforma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Se é verdade que a democracia, como observara atiladamente o senador Milton Campos, "começa no reino da consciência", seu fortalecimento, contudo, pressupõe uma conduta cotidiana da qual deve brotar a seiva que a robustece e propicia o seu ininterrupto aperfeiçoamento. Isso exige, pois, tanto do conjunto dos cidadãos quanto e sobretudo dos que transitoriamente estão investidos da titularidade do poder, o imprescindível concurso para que o nosso país venha a consolidar a República, enquanto "res publica", convertendo-a em sinônima da cidadania.

  • Da democracia e seus sonhos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/09/2005

    Há 2.600 anos , os gregos tentaram uma forma de auto-governo. Os cidadãos escolheriam os governantes e seriam responsáveis pelos rumos de sua cidade. As reformas de Sólon são a matriz da experiência a que se deu o nome de democracia. Depois ela desapareceu. Teve séculos de sombra. Ressurgiu algumas vezes até que se impôs definitivamente como a forma avançada de concluir-se a história.

  • O PT o mesmo e o autêntico

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 09/09/2005

    Poucas datas parecem mais críticas para o nosso futuro imediato que o da eleição da nova Presidência do PT. O cenário mais provável, há poucos dias, seria o de uma tripartição entre a persistência do Campo Majoritário, a purga dentro do partido pela iniciativa de Tarso Genro e o possível esfacelamento pelas dissidências, à busca de legendas sucessoras. Mediante a acomodação do Presidente interino a tendência dominante já vai à refundação, sem maior mossa, mantendo na chapa as figuras do situacionismo, a partir de José Dirceu. E como fica, diante do mesmo, a reivindicação pelo autêntico PT - à pique de dispersar-se em multifrações?Neste desenrolar, a atitude padrão parece ser a de Aloísio Mercadante, assumindo francamente o conflito, de par, entretanto, com a caução de permanência, e a expectativa de reassegurar a torna identitária primordial, até a Convenção. Desapareceu a síndrome efetiva, de ruptura imediata, criando-se sim, a partir inclusive das bancadas federais e a afirmação de um estado de rebeldia à disciplina partidária, sem entretanto chegar à desfiliação. Cristovam Buarque epitomizou esta atitude de descarte, como ainda limitada pelo afeto ao partido, fiel à ressonância de sua convocação original.