
Da arte de falar mal
Durante anos, em minhas primeiras andanças no ofício de cronista, mantive no "Correio da Manhã" e quase simultaneamente na "Folha de S. Paulo", onde revezava com Cecília Meirelles dia sim, dia não, uma seção assim intitulada: "Da arte de falar mal". Não chegava a falar mal de ninguém, mas, genericamente, de tudo, o que até hoje faço, sem o mesmo vigor, é certo, mas com igual dose de razão. De lá para cá, o tempo não conseguiu melhorar nem a mim nem ao mundo.