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Artigos

 
  • Preparado para o combate, mas com dúvidas

    Diário do Nordeste , em 21/07/2018

    Estou vestindo uma estranha farda verde, cheia de zíperes, feita de tecido grosso. Minhas mãos estão com luvas, de modo a evitar ferimentos. Carrego comigo uma espécie de lança quase da minha altura: sua extremidade de metal possui um tridente de um lado e uma ponta afiada do outro.

  • Nada mais espanta

    O Globo, em 18/07/2018

    Não só não espanta como sequer surpreende. Se o Brasil é a terra dos contrastes e contradições, como já foi classificado, o Rio de Janeiro é a sua capital, onde o absurdo e o paradoxo são lugares-comuns. Aqui, o desvio é norma, o crime, uma rotina e o caos urbano, o pão nosso de cada dia. Em cinco meses, a intervenção federal, que veio para resolver a questão da segurança, não só não conseguiu, como permitiu que casos graves tenham aumentado. 

  • O Direito e seus problemas

    O Estadão, em 15/07/2018

    Tobias Barreto, adaptando formulação de Emerson, disse que no seu percurso arribou, como um canoeiro, em parte aonde pretendia arribar e em parte aonde o conduziu a força da correnteza.

  • Campeões do mundo

    O Globo, em 14/07/2018

    Durante 15 dias, entrelaçadas em tempo real, uma festa e uma tragédia se desenrolaram diante de bilhões de pessoas eletrizadas por emoções opostas: a festa da Copa do Mundo na Rússia e o drama dos meninos na Tailândia. Um inesperado reencontro da Humanidade consigo mesma.

  • Os novos empreendedores

    Diário do Nordeste , em 14/07/2018

    Pamela Hartigan, diretora da Fundação Schwab, desenvolveu uma lista de dez pontos comuns entre as pessoas que, insatisfeitas com o mundo a sua volta, resolveram criar seu próprio trabalho. Penso que a lista de Pamela vai mais além do empreendimento social (como é chamado esse novo mecanismo), e pode ser aplicada a muitas coisas que fazemos na nossa vida diária:

  • O fim do recreio

    O Globo, em 14/07/2018

    É hoje e amanhã só. Uma pena, porque mesmo sem contar com a seleção do Brasil na fase final, a Copa acabou servindo como distração desse nosso cotidiano tão cheio de más notícias. Segundo meu instituto de pesquisa, ficamos frustrados, tristes, um pouco irritados, mas não deprimidos. De repente, todos viramos croatas ou croativics e passamos a torcer com a maior intimidade por jogadores com essa rima insólita: Modric, Rakitic, Mandzukic, Perisic, Strinic, sem saber de seus gestos e atitudes nazifascisas.

  • Às favas os escrúpulos

    O Globo, em 11/07/2018

    Mesmo em época de despudor generalizado e condutas públicas inescrupulosas, Marcelo Crivella conseguiu se destacar, atraindo críticas, três pedidos de impeachment já protocolados na Câmara dos Vereadores, investigação do MP e o repúdio do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio), “pelo desrespeito a milhares de cidadãos que estão na fila aguardando cirurgias e outros procedimentos”. Como O GLOBO publicou, o prefeito reuniu secretamente no palácio 250 fiéis e pastores evangélicos para lhes apontar o caminho fácil de privilégios indevidos.

  • Acabou a brincadeira

    O Globo, em 08/07/2018

    No bom sentido, é claro, pois todo mundo sabe que futebol é coisa séria. E nada mais exemplar do que o jogo de ontem. Todos os ingredientes de uma decisão dramática estavam lá, desde o herói improvável que se transformou em vilão, o brasileiro Mario Fernandes, que abriu mão de jogar na seleção de seu país para se naturalizar russo, em agradecimento à recuperação do alcoolismo, logo na terra em que o índice de alcoolismo é um grave problema social.

  • Lembrando um mártir

    O Globo, em 07/07/2018

    A recente condenação do Estado brasileiro pela tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, durante a ditadura militar, veio lembrar o que alguns ainda querem negar — que crimes contra a humanidade eram então cometidos por torturadores, um dos quais é hoje exaltado por um candidato à Presidência da República.

  • Desespero e migrações

    O Globo, em 07/07/2018

    Cada vez mais, nesta Copa do Mundo, torna-se evidente: a globalização do futebol é uma realidade. Basta ver como as equipes europeias tradicionais incluem jogadores originários de famílias de outros países, sobretudo árabes ou africanos. Ou como, entre as seleções em condições de seguir adiante, várias são de regiões que raramente conseguiam se classificar e agora fizeram bonito, ameaçando favoritos.

  • De governantes e governados

    O Globo, em 07/07/2018

    Onde passar a noite - O famoso místico Ibrahim Adham entrou certa vez no palácio do governante local. Como era muito conhecido na região, nenhum guarda ousou detê-lo, e conseguiu chegar à presença do soberano.

  • Copa do Mundo e Educação

    O Dia, em 06/07/2018

    Estamos em plena realização da Copa do Mundo, mas temos que ficar atentos: a Educação brasileira merece ser também priorizada. Com um certo saudosismo, me vi relembrando as Copas anteriores e o que estava ocorrendo com a nossa educação, por ocasião de suas realizações.

  • A tensão do pênalti

    O Globo, em 05/07/2018

    “O pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube”. A frase famosa, atribuída ao treinador de futebol de praia no Rio e filósofo do futebol Neném Prancha, ganha dimensão nessa Copa da Rússia, que passou a ser a que mais teve pênaltis de todas já realizadas.  Foram marcados 24 pênaltis nos 48 jogos disputados na primeira fase, a de grupos. Nos Mundiais comparáveis, com 32 seleções a partir de 1998, o número máximo de penaltis foi de 18 nos 48 jogos realizados, como em 1998 e 2002.

  • Impunidade

    O Globo, em 04/07/2018

    Pesa um esquálido silêncio no coração do Rio. Nenhum sinal dos assassinos de Anderson e Marielle.  Um silêncio corrosivo tornou infinito o labirinto da investigação. Houve quem tentasse incriminar a vítima, talvez para emprestar algum lastro aos mandantes. A iniquidade desferiu um tiro na memória ao buscar uma segunda morte, como se não bastasse a primeira, para depois enredar-se num mutismo mafioso.

  • O ‘goooooool’ e o orgasmo

    O Globo, em 04/07/2018

    Durante a transmissão do jogo Brasil x México, um amigo de esquerda pedia, como se estivesse se dirigindo aos colegas mexicanos: “Já que vocês ganharam a eleição, deixem agora a gente ganhar o jogo”. Ainda estava 0 x 0, e ele se referia à histórica vitória, na véspera, do candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador (AMLO, como é chamado), o primeiro a chegar ao poder em seu país, contrariando a onda conservadora que varreu a América Latina.