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Artigo

  • É hoje só

    RIO DE JANEIRO - É hoje só, amanhã não tem mais. No Rio antigo, em toda terça-feira de Carnaval, um sujeito que se chamava Novidades passava pelas ruas gritando este aviso de duplo apelo: que hoje se fizesse tudo e amanhã nada mais se fizesse. Era a forma vernácula do poeta Horácio, "carpe diem quam minimum crédula postero". Aproveite o dia de hoje e crê o mínimo no dia seguinte.

  • Depois do Carnaval

    Em busca de tema para esta crônica, entrei no noticiário da Folha Online e digitei as palavras "Depois do Carnaval". Fiquei espantado com a quantidade de notícias sobre coisas que só vão acontecer depois do Carnaval. Lista dos 150 proprietários que mais devastaram a Floresta Amazônica? Depois do Carnaval. Decisão sobre a comercialização de milho transgênico? Depois do Carnaval. Abertura do ambulatório do Hospital de Clínicas de SP? Depois do Carnaval. Ou seja: o ano só começa mesmo depois do Carnaval. O que tem certa lógica, quando se considera a tradição carnavalesca do Brasil. Mas constata-se também que, quando é necessário e urgente, as coisas acontecem: o caso das medidas que agora regulam o uso de cartões de crédito por membros do governo, uma prática que ameaçava transformar a administração pública em festejo de Momo. Será que o Carnaval às vezes não serve de pretexto para empurrar coisas com a barriga (às vezes cheia de tapioca)? Respostas depois do Carnaval.

  • A hora do mestre

    Diz o velho ditado mágico: “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece. Pensando nisto, muitas pessoas passam a vida inteira se preparando para esse tal encontro. Quando elas cruzam com o mestre, se entregam completamente - por dias, semanas, meses, ou até mesmo anos. Mas terminam descobrindo que o mestre não é aquele ser perfeito que tinham imaginado - mas sim um homem igual a todos os outros, cuja única função é dividir aquilo que aprendeu.

  • Carnaval e Vieira

    LUÍS VIANA Filho, o grande biógrafo de Rui, Rio Branco, Eça e Nabuco, disse-me que, ao encontrar-se com o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil Lincoln Gordon -que se tornou célebre porque seu período coincidiu com a queda do Jango em 1964-, quando já não ocupava mais o posto, este lhe observou que uma coisa o impressionara muito na sua passagem aqui: as escolas de samba. Uma maravilha sem igual no mundo. Não sabia como era possível seu funcionamento. Era a alegria, a beleza, a diversidade de pessoas, uma Torre de Babel que oferecia uma impressão do caos, na chamada concentração. De repente, tudo se transformava. Tocava o apito com a ordem de entrar na avenida e, num movimento perfeito, o conjunto dava um banho em qualquer planejamento, e desfilavam como se tudo fosse milimetricamente orquestrado. A bendita improvisação brasileira, que do caos faz nascer a harmonia e o desfile. Isso explicava o Brasil.

  • No âmago dos conflitos do século XXI

    O fórum da Aliança das Civilizações, em Madri, deu início à nova etapa da preocupação das Nações Unidas com a profundidade dos conflitos globais, emergentes em nosso tempo. Da amplitude da hegemonia americana, levando às guerras preemptivas, à irrupção cada vez maior do terrorismo, desgarrado inclusive da Al-Qaeda, para a expressão sombria de um “mal-estar” crescente do inconsciente coletivo islâmico. A Aliança quer vencer a tentação, na diretriz do novo Comissário Geral, Jorge Sampaio, ex-Presidente de Portugal, do mero voluntarismo internacional, ou da retórica das boas intenções, impotentes no mundo prefigurado pela queda das torres de Manhattan.

  • Ainda a morte de Jango

    RIO DE JANEIRO - Não pretendia voltar ao assunto, mas o ministro da Justiça, Tarso Genro, na última terça-feira, mandou a Polícia Federal interrogar o ex-agente secreto uruguaio Mário Neira Barreiro, preso na penitenciária de Charqueadas (RS). Detido por diversos crimes, o prisioneiro fez declarações sobre a morte de João Goulart, atribuindo-a a um assassinato por ordem de autoridades brasileiras.

  • A doçura das flores

    Na sua epístola aos Coríntios, São Paulo nos fala que a doçura é uma das principais e mais importantes características do amor. Não esqueçamos nunca: o amor é pura ternura. Uma alma rígida não permite que a mão de Deus a molde de acordo com Seus desejos.

  • Mangá em tempos de mudança

    No imenso aeroporto de Tóquio, a espera é angustiante. Você entra e sai das mesmas lojas, diversas vezes. Enquanto não reabre o aeroporto de Nova Iorque, fechado em virtude de uma nevasca, não há como deixar a base em que nos encontramos. Na poltrona da sala VIP, refestelada, uma criança japonesa está inteiramente envolvida pela leitura de uma história em quadrinhos. Aliás, várias histórias e diversas revistas. Todas de mangá, a coqueluche do público infanto-juvenil.

  • A história de um jornal

    Além de vinculado a permanente atividade como jornalista, desde 1945, interessei-me sempre em discutir técnicas jornalísticas e sua afinidade com a literatura. Daí, meu livro "Jornalismo e Literatura", lançado há mais de 50 anos e hoje adotado em muitas escolas do setor. A definição básica - de que "jornalismo é literatura sob pressão dupla: do espaço e do tempo", isto é, tem de ser feito para cobrir um espaço determinado no jornal e precisa ser feito para sair amanhã ou dentro de prazo previsível.

  • Os ministros e a sucessão

    Para citar um único caso que o governo não dá solução, cito o desmatamento da Amazônia. Já foram desmatados mais de 3.233 km quadrados de mata virgem só no final do ano passado sem que o governo tomasse conhecimento dos vândalos que ocuparam aquele território para destruí-lo em nome da economia.

  • O roubo

    O mestre pediu aos seus discípulos que conseguissem comida. Os discípulos voltaram para encontrar o mestre no fim daquela tarde. Cada um deles trazia consigo um pouco dos alimentos obtidos pela caridade alheia: frutas podres, pães duros, vinho azedo... Um dos discípulos, porém, trazia uma sacola repleta de maçãs maduras.

  • A morte de Jango

    RIO DE JANEIRO - Simone Iglesias, repórter da Folha em Porto Alegre, entrevistou na prisão de segurança máxima de Charqueadas o ex-agente uruguaio Mário Neira Barreiro. Ele revelou detalhes sobre a morte de João Goulart. Anteriormente, fez o mesmo a João Vicente, filho de Jango, que já entrou na Justiça pedindo a reabertura do caso, uma vez que acredita no assassinato de seu pai. E, entre numerosas provas, transcreve as declarações do ex-agente do Serviço Secreto do Uruguai.

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