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Artigos

  • Escrevendo o futuro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 31/12/2004

    Há ingênuos de carteirinha que jogam sobre os ombros do Estado todos os seus sonhos de realização. Isso é coisa para o Governo, aquilo só sai se o Governo der dinheiro, vamos aguardar que o Governo se manifeste - e a vida não é bem assim. Como se afirma em nossa Constituição, as iniciativas pública e particular devem se dar as mãos, para que cada uma cumpra a sua parte, no desejo comum de tirar o País da miséria e do atraso. Potencial temos de sobra.

  • Emoções em Valença

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 24/12/2004

    A cidade fluminense de Valença, no Vale do Paraíba, tem excepcional valor histórico. Abrigou grandes fazendas de café, que atingiram o auge da produção entre 1830 e 1870, com reflexos na presença de nobres e escravos, além dos valentes índios coroados dos seus primeiros tempos.

  • D. Quixote e San Thiago

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 20/12/2004

    Foi realizado um Seminário intitulado "Atualidade de San Thiago Dantas", na Associação Comercial do Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e do Instituto San Thiago Dantas, a propósito dos 40 anos da morte daquele grande homem que nos deixou prematuramente aos 53 anos de idade.

  • A rota de San Tiago

    O Globo (Rio de Janeiro), em 14/12/2004

    Fui convidado, em 1962, pelo diplomata Marcílio Marques Moreira para conhecer San Tiago Dantas. Com a curiosidade natural de jornalista e professor, visitei-o na residência da Rua Dona Mariana, em Botafogo, onde havia pelo menos mais 20 pessoas com o mesmo propósito.

  • O melhor padrão mundial

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 13/12/2004

    Na rápida visita ao Brasil, o presidente Putin, da Rússia, conversou em alguma língua com o presidente Lula, bateu bola no Maracanã, espinafrou a sua segurança porque não o deixou ver a panturrilha do Romário, jantou num rodízio de carnes do Leme e voltou para o avião.Gostou da carne abundante e macia, o que não foi suficiente para eliminar as restrições do seu país à exportação desse nobre produto brasileiro. Desconfianças infundadas de febre aftosa, na verdade uma lamentável reserva de mercado, impediram o acordo, esperado quando se trata de uma visita de cortesia.

  • Estamos perto do lingüicídio?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 06/12/2004

    Há muitos brasileiros preocupados com o destino da língua portuguesa, ainda hoje inculta e bela. Se há um propósito deliberado de assassinar o português, não se pode garantir que o caminho inexorável seja o nosso improvável lingüicídio. Até porque registram-se reações muito importantes ao aparente descaso com que a matéria é tratada.

  • A grande escola da Barra da Tijuca

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 29/11/2004

    Em 2006, na Barra de Tijuca, no Rio de Janeiro, vai ser inaugurada uma escola média que terá a chancela do Sesc, o que por si só é uma garantia de cuidados especiais na sua montagem desde a origem.

  • Os devalidos da sorte

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 22/11/2004

    Estamos diante da expectativa de criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), em substituição ao Fundef. A emenda constitucional nem chegou ainda ao Congresso Nacional, para ser discutida e aprovada.Aliás, como é hábito nos temas que dependem do MEC. A sua burocracia é lenta e nem sempre das mais eficientes. Recorde-se o que houve, no governo passado, com tramitação do Plano Nacional de Educação. Chegou ao Congresso depois do prazo vencido. Um belo exemplo de prioridade às avessas.

  • Degradação da língua portuguesa

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 15/11/2004

    Há sinais de degradação da língua portuguesa, hoje confusa e com limites imprecisos entre a norma culta e a linguagem popular, o que a torna mais difícil de apreensão. Ser moderno não é só se vestir como recomendam os filmes, revistas e programas de televisão, mas também falar algo que se parece com o inglês, hoje primeira língua de 500 milhões de pessoas. Não custa insistir na barbaridade que é o batismo profano de pontos comerciais na Barra da Tijuca, com nomes que nada têm a ver com a nossa cultura.

  • Saudades de JK

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 08/11/2004

    Como estudante, combati o presidente JK por causa do aumento de um tostão nos bondes cariocas. O movimento foi fortíssimo, mereceu repreensão da polícia, mas levou as lideranças estudantis a decretar, com muito sucesso, a chamada "greve dos bondes". Na porta do Instituto La-Fayette, impedindo a passagem dos bondes, sentamos nos trilhos e ali jogamos dama e xadrez, diante do sorriso maroto dos motorneiros e condutores, alguns dos quais também sentaram no meio fio defronte à Igreja dos Capuchinhos.

  • Os bons ventos de São Fidélis

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 01/11/2004

    Quando chamado ao auditório do Colégio Estadual de São Fidélis, que funciona num antigo prédio da CNEC (saudades do professor Felipe Tiago Gomes), a primeira impressão foi de surpresa. Estava cheio de alunos e professores da região, por obra e graça da professora Fátima Panisset, coordenadora do Projeto de Incentivo à Leitura do Governo do Estado.Minha obrigação seria falar sobre o tema "Nós e a Poesia", mas antes haveria uma série de quadros culturais, incluindo a originalíssima peça "A Preta de Neve e os Sete Grandões", toda ela produzida na própria escola. Por artifício criado pelo professor de matemática, acabei virando um dos "grandões" da história. Assumi a função diante dos 300 assistentes com muita alegria. Nessas ocasiões, é melhor aderir ao espírito geral. Houve aplausos.

  • Castro Alves, nós e a poesia

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 27/10/2004

    Não é de hoje que se registra que o poeta é um pastor de almas. Por que não se pode afirmar o mesmo do professor? Só que este tem uma ação sistemática sobre o seu público cativo, que são os alunos, enquanto os vates operam de acordo com a sua inspiração - e para um público difuso, embora cada vez mais numeroso.

  • A enfermeira do futuro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 25/10/2004

    No 7º Congresso Brasileiro dos Profissionais de Enfermagem, evento realizado em Fortaleza, sob os auspícios do Cofen, discutimos o tema "O inefável poder do intelecto e capital humano da enfermagem: eis o caminho." Certamente, para o aperfeiçoamento do sistema, devemos conhecer os meandros da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e as modificações que estão ocorrendo na educação profissional, seus desafios e possibilidades.A começar pela sensibilidade do presidente Lula, que assinou o Decreto nº 5.154, anulando ato discricionário e antipedagógico do governo passado. Volta a ser permitida a articulação do ensino técnico de nível médio com o ensino médio.

  • Perto do lingüicídio?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 14/10/2004

    Há muitos brasileiros preocupados com o destino da língua portuguesa, ainda hoje inculta e bela. Se há um propósito deliberado de assassinar o português, não se pode garantir que o caminho inexorável seja o nosso improvável lingüicídio. Até porque registram-se reações muito importantes ao aparente descaso com que a matéria é tratada.

  • O embaixador do livro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/10/2004

    Quando se tem mais idade, é natural que decepções sejam muitas, mas elas perdem de longe quando comparadas com as alegrias que a vida nos proporciona. Seja pela família, seja pelos amigos. Entre estes, pude fazer um de que jamais esqueço. Alfredo Machado. Mais velho do que eu, mais importante, amigo íntimo do então governador Carlos Lacerda, exerceu forte influência na cultura da então Guanabara, que ele amava muito. Foi um bom amigo e a retribuição que encontrei para homenageá-lo aconteceu quando criamos a Biblioteca Pública de São Cristóvão, a primeira de toda a vida do bairro imperial. Ganhou o nome de Alfredo Machado.