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Artigos

  • O fato e a versão

    A mais recente trapalhada do Palácio do Planalto mostra bem como o governo Dilma está perdido na busca de aparentes respostas rápidas às manifestações populares. Depois de recuar em 24 horas da convocação de uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política, foram necessárias apenas quatro horas para que recuasse da realização do plebiscito para valer já em 2014 e voltasse atrás do recuo.

  • Negri e Chavez, tudo a ver

    Uma das mais importantes contribuições à integridade da democracia brasileira foi dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na nota oficial em que mostrou a impossibilidade de realizar o plebiscito sobre reforma política em tempo de obedecer aos prazos legais estabelecidos pela Constituição para valer na eleição de 2014.

  • Marina, a equilibrista

    A ex-senadora Marina Silva, que vem despontando como a grande beneficiada das manifestações “contra tudo o que está aí”, principalmente os políticos, tem nas ruas dois dos três segmentos detectados por seus analistas como sendo a base de sua votação de cerca de 20% dos votos em 2010: a classe média “iluminista” e a garotada das redes sociais.

  • Descaminhos do governo

    Quem está perdido não escolhe o caminho. Na ânsia de dar respostas aos anseios das ruas, a presidente Dilma se embrenha pelo perigoso caminho de tentar jogar sobre terceiras pessoas a responsabilidade pelas carências dos serviços públicos brasileiros, quando não busca respostas diversionistas para apresentar soluções fáceis para questões complexas.

  • Juízo é bom

    O plebiscito morreu, viva a reforma política. Se tiverem juízo, os políticos não darão por encerrado o assunto e tratarão de alcançar um consenso, inatingível nos anos anteriores, para reformar os sistemas eleitoral e partidário hoje vigentes, que favorecem o distanciamento entre o eleitor e o eleito, dando a sensação ao cidadão de que não está representado pelo Congresso e os partidos que nele atuam.

  • O fator Lula

    Na medida em que a fragilidade política da presidente Dilma vai ficando evidente, a expectativa de poder do PT e de partidos aliados transfere-se preferencialmente para o ex-presidente Lula, que está calado em público, mas agindo nos bastidores, dizem as boas almas para fortalecer a presidente Dilma. Os céticos vêem na ação do ex-presidente manobra para garanti-lo como a alternativa de poder quando chegar o momento certo.

  • Mal-entendido fatal

    O presidente da seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz nega que tenha feito um pacto com o comandante da Polícia Militar para que não fosse usado gás lacrimogêneo ou bombas de dispersão nas manifestações, mas admitiu que fez “algumas ponderações”.

  • Jogo zerado

    As pesquisas eleitorais continuam registrando a mudança de patamar para baixo dos índices de popularidade da presidente Dilma, aparentemente tendo como piso a média de 30% do eleitorado, que representa o eleitor cativo do PT. Antes de ampliar sua base eleitoral fazendo acordos políticos e transformando-se no personagem “Lulinha Paz e Amor” criado pelo marqueteiro Duda Mendonça, o ex-presidente Lula também atingia sempre essa faixa do eleitorado, e não conseguia vencer uma eleição.

  • Proselitismo religioso

    Pelo menos no seu primeiro pronunciamento em solo brasileiro o Papa Francisco não deu margem à politização de sua mensagem, como esperavam o governo brasileiro e os católicos ligados à Teologia da Libertação. Ao contrário da presidente Dilma, que aproveitou a ocasião para fazer um discurso de cunho eminentemente político, com auto-elogios aos 10 anos de governo do PT, o Papa ateve-se à exaltação da força dos jovens, tema específico da Jornada Mundial da Juventude: "Cristo bota fé nos jovens e confia-lhes o futuro e sua própria casa. E também os jovens botam fé em cristo", garantiu o Papa na cerimônia de boas-vindas no Palácio Guanabara.

  • Repressão na democracia

    Com a escalada de violência que acontece nos últimos dias, especialmente no Rio de Janeiro, com saques e depredações de patrimônio público e privado, ficou claro que as grandes manifestações de massas não somente representaram um terremoto na política nacional, mas estão a colocar novos desafios para o Estado Democrático de Direito.

  • Policiamento democrático

    A dificuldade em atuar na repressão a atos de vandalismo dentro das estritas normas legais, flagrante no decreto que criou no Rio de Janeiro a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), precisa ser superada com a adoção das melhores práticas já utilizadas em outros países.

  • Política com P maiúsculo

    O Papa Francisco fez ontem, na visita à favela da Varginha, seu discurso mais político, referindo-se às recentes manifestações ocorridas no país de maneira positiva, encorajando a que os jovens permaneçam na sua luta contra a corrupção. Com outras palavras, retomou análises que fizera anteriormente, desde que assumiu, sobre a nobreza da ação política. Para ele, envolver-se na política é a obrigação de um cristão, pois a ação política é “das formas mais altas de caridade”.

  • A máquina petista de Dilma

    Uma pesquisa acadêmica sobre a elite da administração pública, os ocupantes de cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) níveis 5 e 6 e de Natureza Especial (NE) - 1.146 nomeações nos governos Fernando Henrique, 1.150 no primeiro governo Lula da Silva e 1.198 no segundo e 1.233 nomeações entre 1º de janeiro de 2011 até o fim de dezembro de 2012 no governo Dilma Rousseff – coloca luz sobre as relações partidárias, sindicais e políticas das nomeações e traz uma novidade intrigante, diante da crise de relacionamento entre ela e o PT: a presidente Dilma fez o mais partidário dos governos petistas.

  • O Estado e a sociedade

    O primeiro governo Lula representou uma experiência inédita de inovação no recrutamento nas bases partidárias, sindicais e locais. Nas áreas de gênero e etnia (afrodescendentes) também iniciou um padrão de crescente participação, todavia, em patamares ainda irrisórios.

  • Qual o sentido?

    Minha primeira reação quando li a inacreditável declaração da presidente Dilma de que não haverá “volta Lula por que Lula nunca saiu”, na entrevista que concedeu a Monica Bergamo da Folha, pensei que ela caíra na própria armadilha. Ao tentar escapar de uma pergunta incômoda, fizera uma frase de efeito que acabou sendo uma admissão de submissão.