A esperança e a vida real
Talvez por que tenhamos saído de um ano muito adverso, que ofereceu tão poucos motivos de satisfação, este começo de 2021 parece mais promissor.
Talvez por que tenhamos saído de um ano muito adverso, que ofereceu tão poucos motivos de satisfação, este começo de 2021 parece mais promissor.
A biografia do capitão Jair Messias Bolsonaro feita do CEPEDOC da Fundação Getúlio Vargas é uma exemplar sucessão de fatos que o levaram à presidência da República devido à leniência com que foi tratado, tanto no Exército quanto no Congresso, onde atuou como deputado federal por 27 anos.
O Brasil vai ficar, como se previa, isolado do mundo, pária na comunidade internacional, porque está na contra mão do mundo.
Em meio à confusão promovida pelo seu governo no início atrasado da vacinação nacional contra a Covid-19, o presidente Bolsonaro achou tempo para fazer o que mais gosta: ameaçar o país com uma intervenção militar.
‘O Brasil está quebrado, e eu não posso fazer nada’, afirmou o presidente.
Quem me lê sabe que não costumo publicar nem discutir na coluna mensagens de leitores.
Bolsonaro está se desmoralizando mais a cada dia.
Há a perspectiva de um novo atraso, esse ainda mais grave, no calendário nacional de vacinação, pois o envio do IFA ( Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a produção na Fiocruz das doses de vacinas da AstraZeneca/Oxford ainda não foi liberado pelas autoridades da China.
A paisagem mundial ainda está dominada pelas travessuras do Trump, que culminaram num episódio a que ninguém no mundo pensava assistir depois que os ingleses começaram a estruturar o governo democrático, há oitocentos anos, passando pela Carta do Rei João, a Revolução Gloriosa e a consolidação da Independência das Colônias Americanas
Nunca esqueço meu primeiro instante de terror na infância. Foi no Colégio Progresso, na aula de Daisi Albertini. Estará ela ainda viva em Rio Claro?
O dia D da vacinação no Brasil, anunciado finalmente pelo governo, pode vir a ser D + 1, ou D + 2, vai-se saber, por um problema de logística, que é exatamente a especialidade que fez o General Eduardo Pazuello ser nomeado ministro da Saúde depois que dois médicos foram sacrificados no altar do populismo bolsonariano.
A análise do Vice-presidente, Hamilton Mourão, que para ele é definitiva, além de ser preconceituosa, é impossível de ser testada.
Como a democracia nos Estados Unidos, apesar dos últimos acontecimentos, continua sólida, a notícia saiu na edição digital do New York Times sem grande destaque.
Só agora, com o início das obras de restauração do Cristo Redentor, é que me dei conta de que temos a mesma idade — somos, ele e eu, de 1931.