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Artigos

 
  • JK volta a Brasília

    Folha Dirigida (RJ), em 29/11/2012

    Ao falar para alunos e professores do CEUB, em Brasília, a propósito do lançamento do livro “Memórias de um sobrevivente” (Editora Nova Fronteira), a convite do professor Edevaldo Alves da Silva, o primeiro fato que me chamou a atenção foi o grande interesse da enorme plateia por particularidades da vida de JK.  Temos a triste fama de ligar pouco para as questões da memória nacional, mas o que se sente é  exatamente o contrário.  Após a palestra, a maior parte das perguntas envolveu  o passado do construtor de Brasília, ao lado de figuras do porte de Israel Pinheiro, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.                                                                                        

  • Precedente perigoso

    O Globo, em 28/11/2012

    Muito além das questões econômicas envolvidas na redistribuição dos royalties do petróleo, com a ameaça de comprometer projetos já em andamento e planejamentos de longo prazo dos governos dos estados produtores, especialmente os dois maiores, Rio de Janeiro e Espírito Santo, um estudo do economista José Roberto Afonso, elaborado a pedido dos senadores Francisco Dornelles e Lindbergh Farias, que contou com o apoio da Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, demonstra como essa maneira de redistribuir as receitas entre os governos estaduais, obedecendo a uma “ditadura da maioria”, distorce a visão de conjunto, e até de nação.

  • Bocas de fumo

    Folha de S. Paulo, em 27/11/2012

    Durante os anos da ditadura, e depois de seis prisões em dependências militares, continuei trabalhando na imprensa, mas sem poder escrever sobre os temas que haviam me levado para as diversas celas que frequentei naqueles anos.

  • Situação delicada

    O Globo, em 27/11/2012

    A presidente Dilma fica em situação muito delicada toda vez que acontece um caso de corrupção no seu governo. Toma a decisão de demitir os envolvidos, passa a ideia ao grande público, por informações de anônimos assessores, de que não tem nada a ver com aquilo, que as pessoas foram nomeadas a pedido de Lula, a quem não poderia deixar de atender, mas que não tolera corrupção e, quando descobre, coloca fora do governo o acusado.

  • O Rio protesta

    O Globo, em 25/11/2012

    Dois acontecimentos correlatos colocam em discussão a questão dos royalties do petróleo. Amanhã, o governo do Estado do Rio, com o apoio do governo do Espírito Santo, os maiores estados produtores organiza uma passeata que partirá da Candelária, no Rio, para pedir que a presidente Dilma vete o projeto de lei aprovado no Congresso sobre a distribuição dos royalties do petróleo que, além de alterar as disposições previstas na Constituição, mexem também em contratos já existentes nos campos licitados pelo sistema de concessão, mesmo nos do pré-sal.

  • Itaparica outra vez na vanguarda

    O Globo, em 25/11/2012

    Embora fique com vontade, não preciso relembrar aqui o papel marcante desempenhado por Itaparica, em toda a História do Brasil. Já falei sobre isso muitas vezes, mas a ingratidão de uns e outros volta e meia me faz querer repetir o extenso e glorioso inventário de nossa participação nos grandes eventos nacionais, desde a época da chegada de Cabral. Nem é preciso dizer que o julgamento do mensalão tem tido muita repercussão na cidade e concentrou as atenções no Bar de Espanha, só perdendo para o Vitória e o Bahia. Já se fazia tardar um breve relato dessa repercussão e, pedindo desculpas pela demora, me apresso a narrar o que me deram a conhecer.

  • Estilos

    O Globo, em 24/11/2012

    Depois de uma presidência que deixou sua marca na história da instituição pelo encaminhamento de questões importantes e não pelo caráter personalista de sua gestão como a de Ayres Britto, teremos seguramente uma presidência mais ativista no biênio do ministro Joaquim Barbosa, que tem um estilo próprio de atuar e encaminhará os trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) e também do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de acordo com seus pontos de vista, não se deixando levar pelas circunstâncias do momento.

  • Bethânia brilha na Fliporto

    Jornal do Commercio (RJ), em 23/11/2012

    O escritor Antônio Campos, criador e curador da Fliporto, que é a Feira do Livro Internacional de Pernambuco, já em sua 8ª. versão, não se conformou em trazer inúmeras atrações nacionais e internacionais para o evento.  Dessa vez, entrou firme na discussão sobre inclusão digital. 

  • Sem confrontos diretos

    O Globo, em 23/11/2012

    O julgamento do mensalão pairou sobre a cerimônia de posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal como uma nuvem que a qualquer momento poderia produzir chuvas e trovoadas, mas não houve por parte dele nenhuma palavra mais agressiva, e nem uma mera referência, mesmo indireta, ao processo que relata.

  • Do moralismo ao pós-mensalão

    Jornal do Commercio (RJ), em 23/11/2012

    A grande maioria das cartas dos leitores dos diferentes jornais brasileiros e os posts nas redes sociais sobre o julgamento do mensalão exaltam Joaquim Barbosa e a condenação de José Dirceu. Ao mesmo tempo, nos Arcos da Lapa, uma enorme faixa acusa o STF de falta de provas, pela voz da CUT. Para onde vai a nossa democracia profunda, que supõe a independência dos ministros, diante desta intolerabilidade do dissenso, em que ecoa o tribunal como a voz assente da opinião pública e os jogos feitos da mídia? Inquietam as fotografias do ministro Lewandowski, no dia das eleições, impossibilitado de ir à rua pela agressão dos populares, nesse escorraço do voto diferente da expectativa geral. Tal vem de par com esta instantânea elevação de Joaquim Barbosa a um novo mito nacional, juntando-se à sentença da dita recuperação da moralidade pública o tê-lo feito o membro negro da Corte, na afirmação definitiva da nossa democracia racial.

  • Pizza famiglia

    O Globo, em 22/11/2012

    A votação hoje do arremedo do relatório final da CPI do Cachoeira vai dar uma boa medida sobre a situação da moral vigente no Congresso Nacional. Ficará explícito se a maioria governista existe para coonestar qualquer ação fraudulenta liderada pelo PT ou se, pelo contrário, alguns dos partidos aliados ainda têm independência para não colocar seus nomes em documentos como aquele, que dá um fecho farsesco apropriado a todo um processo que nunca deixou de ser falso, a começar de sua gestação.

  • Os crimes

    O Globo, em 21/11/2012

    A discussão sobre as penas que estão sendo atribuídas aos réus condenados no processo do mensalão está fora de foco no entender de muitos especialistas e, sobretudo, do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, que hoje preside interinamente os trabalhos e na quinta-feira assume oficialmente a presidência do Supremo Tribunal Federal. Barbosa prefere discutir os crimes.

  • Lágrimas de Xerxes

    O Globo, em 21/11/2012

    A cidade do Rio de Janeiro vive um período de grandes mudanças. Promissoras, algumas, incertas e polêmicas, outras muitas, motivadas por gestos de resgate sócio-cultural, dentro de um novo desenho de deslocamento e ocupação do espaço urbano, além dos benefícios dos eventos esportivos a que a cidade se prepara. 

  • Nomes

    Folha de S. Paulo, em 20/11/2012

    Sou pessimista, adoto o lema que de hora em hora Deus piora. Isso vale para tudo, para mim e para o resto, quer dizer, o mundo, a galáxia e o trânsito do Leblon que será bagunçado pelas obras do metrô. Mas leio com atenção os comentários sobre o julgamento de mensalão, cujo resultado, segundo os entendidos, inaugura nova fase de nossa vida pública.

  • Um juiz na História

    O Globo, em 20/11/2012

    Quando retomar amanhã o julgamento do mensalão, o Supremo já não terá a presidi-lo o juiz que foi o responsável direto pela sua realização. Aposentado compulsoriamente aos 70 anos, Ayres Britto já deixou, porém, suas marcas não só neste que foi certamente o mais complexo da história recente do STF, mas também em outras decisões históricas como a derrubada da Lei de Imprensa dos tempos da ditadura, que, na sua opinião, foi, essa sim, a decisão mais importante da qual participou, por ter permitido a plenitude da liberdade de imprensa no país, inviabilizando qualquer tipo de censura.